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Conferência Nacional

De 3 a 6 de dezembro acontece em Brasília a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Com o tema: “Um olhar através da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, da ONU: novas perspectivas e desafios”, as preparatórias municipais, estaduais e distrital vão debater, em quatro eixos temáticos, assuntos relativos às pessoas com deficiência. São eles:

Eixo I – Educação, esporte, trabalho e reabilitação profissional;
Eixo II – Acessibilidade, comunicação, transporte e moradia;
Eixo III – Saúde, prevenção, reabilitação, órteses e próteses;
Eixo IV – Segurança, acesso à justiça, padrão de vida e proteção social adequados.

As etapas regionais tiveram início em novembro de 2011 e foram até setembro deste ano. Cada conselho municipal, estadual e distrital apresentou até 40 propostas, dez de cada temática para etapa nacional. Os resultados dessas atividades no Brasil serão levantados na 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Confira aqui a programação e participe!

Fonte: Portal da Pessoa com Deficiência

Passo Firme – 29.11.2012
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Os 15 anos da mais tradicional publicação brasileira especializada em pessoas com deficiência foram comemorados com um coquetel e uma solenidade (foto) que reuniram mais de 650 pessoas no Memorial da América Latina, em São Paulo, no último dia 24 de outubro. Entre os presentes colaboradores, amigos, leitores, assinantes, parceiros e anunciantes, que lembraram a trajetória da publicação, desde o primeiro número, quando quase ninguém acreditava que ela pudesse ter sucesso.

Na época, o público composto pelas pessoas com algum tipo de deficiência era praticamente “invisível” aos olhos da mídia e da sociedade em geral, o que tem mudado nos dias atuais, mesmo que a passos lentos. Hoje, com 88 números publicados, ininterruptamente, desde seu lançamento em 1997, a revista tem tiragem de 20 mil exemplares e chega a assinantes em todo Brasil e mais de 15 países.

A festa foi aberta com a execução ao piano do Hino Nacional brasileiro por Júlio César de Souza, ex-jogador de futebol – Corinthians e Seleção Brasileira – que ficou surdo, ao lado do ex-narrador esportivo Osmar Santos. Em seguida, a cantora e compositora Celelê e suas alunas, Daniela, que tem Síndorme de Down e Yolanda, com deficiência visual, cantaram o “hino da pessoa com deficiência”, a música “Igual a você”, de sua autoria.

HOMENAGENS – No ponto alto da noite, uma homenagem a muitos que participaram da vida da Revista Reação em seus 15 anos de vida. Mais de 90 pessoas receberam uma placa comemorativa de honra ao mérito: “Juntos, estamos ajudando a mudar o Brasil e transformando uma nação. Com nosso trabalho, estamos construindo o futuro e um mundo melhor, em busca de uma sociedade plena e inclusiva”, dizia parte do texto da placa.

Entre os muitos agradecimentos dos homenageados, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, resumiu a importância da revista, lembrando que ele também está há 15 anos no CPB: “quando comecei, me socorri muito nas páginas da Reação, porque eu tinha uma história no esporte, mas faltava um conhecimento maior sobre as pessoas com deficiência e a revista me ajudou muito”.

‘DIVISOR DE ÁGUAS’ – Os presentes também puderam ver uma exposição de quadros pintados pelo ex-narrador esportivo Osmar Santos e de peças do escultor Toso, que tem como temática diferentes tipos de deficiências, além de conhecerem o trailer do filme “Colegas”, vencedor do Festival de Cinema de Gramado, que traz como protagonistas três atores com Síndrome de Down. A comemoração foi encerrada com um show do humorista cego Geraldo Magela.

“A festa, reunindo tanta gente, tantos amigos queridos e parceiros destes 15 anos, traduz o que a Revista Reação representa para o setor. Com muita honra, podemos afirmar que a publicação foi um divisor de águas no universo da pessoa com deficiência, e responsável por muito do respeito e reconhecimento conquistado por essa considerável parcela da população brasileira. A credibilidade que a publicação conquistou no decorrer dos anos, é fruto do trabalho sério, ético e do amor empregado em cada edição”, afirma Rodrigo Rosso, fundador e editor da Revista Reação.

Fonte: Assessoria

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Uma revista debutante!

Passo Firme – 29.10.2012
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Revista Reação comemora seus 15 anos de publicação com grande festa em São Paulo

A Revista Nacional de Reabilitação (foto), conhecida simplesmente como Revista Reação, acaba de completar 15 anos de publicação. O aniversário será marcado por uma festa que vai ser realizada no Memorial da América Latina, em São Paulo, na próxima quarta-feira (24). Editada pela C & G 12 Comunicação e Marketing, a Reação tem uma trajetória de empenho na defesa dos interesses do setor, espelhando as principais lutas e conquistas das pessoas com deficiência.

Em 1997, quando a revista começou a ser editada, as pessoas com deficiência eram praticamente invisíveis aos olhos da sociedade. Muita coisa mudou desde aquela época. Educação, saúde, trabalho, esporte, sexualidade, direito, inclusão e acessibilidade, são alguns dos temas que a revista acompanha a cada bimestre. O que permanece, desde a fundação, é a maneira pela qual a questão é tratada, sem paternalismo nem sensacionalismo, com dignidade e respeito.

Nos 88 números editados até agora, a revista quis marcar uma posição: “Tenho consciência que a revista contribuiu, e muito, para que a sociedade e o mercado começassem a ver as pessoas com deficiência como cidadãos e consumidores”, afirma o editor Rodrigo Rosso.

Com tiragem de 20 mil exemplares e leitores em 15 países, a revista chega diretamente na casa dos assinantes, já que não tem venda em banca, tendo se tornado uma referência na imprensa brasileira ao tratar especificamente desse segmento da população: pessoas com deficiências físicas, auditivas, visuais, intelectuais e múltiplas, mobilidade reduzida, seus familiares e profissionais do setor.

A FESTA – Na confraternização do próximo dia 24 haverá show com o humorista cego Geraldo Magela; exposição de telas pintadas por Osmar Santos e de esculturas de Toso, com temática sobre deficiências; projeção do trailer do filme “Colegas”, vencedor do Festival de Gramado, estrelado por atores com Síndrome de Down; o ex-jogador da Selação Brasileira e do Corinthians, Júlio César de Souza, hoje surdo, tocará o Hino Nacional ao piano e a cantora e compositora Celelê apresentará o Hino da Pessoa com Deficiência.

O ponto alto da noite será a homenagem a cerca de 90 personalidades e empresas que se destacaram no setor. Receberão placas comemorativas o assinante número 1 da Revista Reação, Klaus Baumrgart; o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira; o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), Moisés Bauer; a secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Batistella; as deputadas federais Mara Gabrilli e Rosinha da Adefal; o deputado federal Otávio Leite, a deputada estadual Célia Leão e o deputado Rafael Silva; o cartunista Ricardo Ferraz, o Maestro João Carlos Martins e o jornalista Jairo Marques, entre outros.

Haverá, ainda, uma exposição das capas das revistas publicadas até agora e um coquetel de confraternização.

Serviço:

Quem: Revista Reação
O quê: Aniversário de 15 anos
Quando: Quarta-feira, dia 24/10, às 19h30
Onde: Memorial da América Latina – Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – portão 12 – São Paulo/SP. Obs.: entrada mediante confirmação de presença em contato@revistareacao.com.br

Passo Firme – 20.10.2012
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Realizado no Riocentro de sexta-feira (29) até domingo (1°), a feira de tecnologia em reabilitação recebeu mais de nove mil pessoas nos três dias do evento

O Rio de Janeiro sediou, entre os dias 29/6 a 1º/7, a 4ª Feira Nacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reacess). O evento teve como objetivo apresentar novidades em produtos e serviços, bem como as novas tecnologias na área de reabilitação visual, sonora e intelectual, para melhorar a acessibilidade de pessoas com deficiência no Brasil, que atualmente somam 45,6 milhões ou 23,92% da população, segundo dados do último censo do IBGE.

Entre serviços, entretenimento e novidades do setor de reabilitação, a feira promoveu discussões inovadoras e a disseminação de informações destinadas as pessoas com deficiências físicas, mentais, visuais, auditivas e múltiplas e também aos visitantes e profissionais do setor. Cerca de 90 expositores apresentaram mais de 1.500 itens que podem melhorar a qualidade de vida dos portadores de deficiência.

Estiveram presentes expositores de agências de emprego, instituições financeiras, fabricantes de cadeiras de rodas, departamentos de recursos humanos, indústrias farmacêuticas e dos segmentos de animais treinados, aparelhos auditivos, equipamentos especiais, materiais hospitalares, próteses, dentre outros.

Com informações do G1

Passo Firme – 02.07.2012
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A incapacidade e a invalidez para o trabalho vêm aumentando nos países desenvolvidos. Essa situação preocupa, tendo em vista o caráter humanitário e previdenciário, somada à necessidade do nosso país em contar com sua força de trabalho operante e qualificada. Para atender a demanda por atualização profissional em gestão dos afastamentos do trabalho, reintegração laboral do trabalhador afastado, reabilitação profissional, atendimento da Lei de Cotas, entre outros pontos, o Centro Brasileiro de Segurança e Saúde Industrial (CBSSI) realizará nos dias 15 e 16 de agosto, juntamente com o Serviço Social da Indústria de São Paulo (SESI-SP), o 6º Congresso de Reabilitação Profissional.

O Congresso acontece durante a Reabilitação Feira + Fórum, em São Paulo, e sediará a cerimônia de assinatura de uma parceria histórica entre o Brasil e a Alemanha na área de segurança e saúde no trabalho. “No dia 17, realizaremos o workshop CUELA oportunidade para discutir as ferramentas utilizadas na avaliação de riscos ergonômicos. O equipamento alemão quantifica esses riscos e é uma novidade tecnológica aguardada com grande expectativa pelo mercado brasileiro”, afirma o diretor do Projeto Pró-Reabilitação, Paulo Dias de Campos.

De acordo com Campos, o fato do Congresso estar dentro da Reabilitação Feira + Fórum oferece aos visitantes a oportunidade de conhecer os prestadores de serviços, produtos e fornecedores envolvidos neste setor. “A expectativa é que um número cada vez maior de pessoas se beneficie com as ações conjuntas das organizações em prol do desenvolvimento deste mercado”, avalia.

Durante o 6º Congresso também será realizada a cerimônia de entrega dos troféus aos vencedores do 3º Prêmio de Reabilitação Profissional. Haverá ainda, sessão de pôster para exibição de trabalhos e projetos nas áreas de reabilitação profissional, acessibilidade e inclusão social.

Informações sobre o programa e inscrições podem ser adquiridas no site www.proreabilitacao.com.br ou pelo telefone (19) 3251-5194.

Fonte: Assessoria

Passo Firme – 19.06.2012
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Bens e serviços de tecnologia assistiva movimentaram R$ 1,5 bi no país em 2011; perspectiva é favorável, sobretudo, por apoio de novas linhas de crédito

O Brasil acostumou-se nos últimos anos a notícias sobre a pujança da economia doméstica. Dentre tantos setores beneficiados um se destaca pelo fato de que seu avanço é sinônimo de inclusão e melhoria da qualidade de vida de uma enorme população que, há décadas, esteve marginalizada: as pessoas com deficiência (PcD). O mercado de bens e serviços de tecnologia assistiva – voltado não apenas ao público que nasceu ou adquiriu ao longo da vida algum problema físico, visual, auditivo, etc, mas também ao crescente número de idosos no país – movimentou cerca de 1,5 bilhão de reais em 2011. A projeção em 2012 é de elevação de 20% do faturamento. Os dados são do Grupo Cipa Fiera Milano, organizador da XI Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech), que acontece até este final de semana em São Paulo. Com 300 expositores, a estimativa é que aproximadamente 50 mil pessoas passem pelos estandes do Centro de Exposições Imigrantes nos quatro dias de evento, que termina neste domingo (15).

O crescimento do mercado de tecnologia assistiva deve-se a uma conjunção de fatores: desde a melhoria geral do ambiente econômico, passando pelo aumento do emprego das pessoas com deficiência, até a oferta de crédito especial por alguns bancos (veja matéria com mais detalhes). Há ainda grande expectativa no setor em 2012 com o impacto do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Viver sem Limite), lançado em novembro pelo governo federal. No Brasil, segundo dados preliminares do Censo de 2010, existem cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência, o equivalente a 23% da população.

AUTOMÓVEIS – O segmento de automóveis é um dos que mais tem se beneficiado com o interesse das pessoas com deficiência. Do total movimentado pelo mercado de produtos de tecnologia assistiva no ano passado, cerca de 800 milhões de reais originaram-se apenas da compra e adaptação de veículos. Além do desejo natural de conquistar independência de locomoção, as vendas são favorecidas por preços mais convidativos. Afinal, as PcD’s podem comprar carros com isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

A Cavenaghi – empresa do ramo de adaptações veiculares, que possui duas lojas e 40 concessionárias autorizadas no Brasil – prevê expansão de 20% no faturamento neste ano. Hoje a companhia adapta e transforma anualmente cerca de cinco mil carros. Cada consumidor gasta entre R$ 800 e R$ 6 mil em produtos da linha de direção, por exemplo. “O mercado está sofrendo muita mudança, principalmente graças à Lei de Cotas. Quando essas pessoas entram no mercado de trabalho, elas começam a ser remuneradas e a consumir”, diz Monica Cavenaghi, diretora comercial da empresa, que planeja abrir mais seis lojas até o final do ano em cidades-sede da Copa do Mundo. Criada em 1991 e regulamentada em 1999, a lei determina que empresas com mais de 100 colaboradores têm de incluir homens e mulheres com deficiência em seus quadros de profissionais. Do total de pessoas nesta condição no país, cerca de 11 milhões têm capacidade laboral, segundo estimativas do Ministério do Trabalho (MTE).

ESTRANGEIRAS DE OLHO – Diante da perspectiva de crescimento bastante limitado dos mercados tradicionais de bens e serviços para PcD’s, como a Europa e os Estados Unidos, algumas empresas estrangeiras começam a traçar projetos de longo prazo para países emergentes como o Brasil. A prestigiada alemã Otto Bock – presente no mercado doméstico há 37 anos como fornecedora de próteses – começou a trazer mais recentemente para o país cadeiras de rodas e órteses (estruturas que auxiliam na melhoria das funções do corpo) e já faz novos planos. “Estudamos a possibilidade de ter uma produção local com o objetivo de fazer produtos mais adequados ao perfil do brasileiro”, afirma Wilson Zampini, diretor da empresa na América Latina.

Enquanto não tem fábrica no país, a companhia reclama da demora para obter autorização de importação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo que, muitas vezes, seus produtos já possuam certificações europeias e americanas, a demora do órgão para liberar um bem que se almeja trazer do exterior pode levar de seis meses a um ano. Procurada pelo site de VEJA, a agência explica que a demora na aprovação geralmente ocorre pelo não cumprimento das exigências.

VIVER SEM LIMITES – Especialistas ouvidos pelo site de VEJA afirmam que o programa “Viver sem Limite” de 2011 coroa quase duas décadas de paulatino amadurecimento institucional em prol da inclusão plena da pessoa com deficiência na sociedade – e também na economia.  Com previsão orçamentária de 7,6 bilhões de reais até 2014, o plano inclui linhas de financiamento para empresas especializadas em tecnologia assistiva, crédito para o consumidor final com juros inferiores aos de mercado, compras governamentais para adequação de escolas e moradias populares, além do fortalecimento de ações de reabilitação.

As mudanças legais e econômicas nesta área são merecedoras de comemoração, mas ainda há muito a evoluir. “Os avanços são inegáveis, mas as condições de trabalho para as pessoas com deficiência, por exemplo, podem melhorar sobremaneira”, diz a consultora Carolina Ignara, da Talento Incluir, que ajuda empresas a contratar PcD’s. De acordo com ela, as principais dificuldades enfrentadas são a falta de cultura inclusiva no país, o reduzido entendimento sobre a Lei de Cotas e o déficit sociocultural da pessoa com deficiência. “Gestores despreparados pela cultura social, empresas contratando para cumprir cota e pessoas com deficiência sem saber seus direitos e deveres. Por isso, defendo que a inclusão deve investir em cultura. O entendimento leva ao respeito e aumenta as chances de sucesso”, completa.

DEFICIÊNCIA X RENDA – De acordo com o Relatório Mundial Sobre Deficiência, da Organização Mundial de Saúde (OMS), há uma prevalência maior de deficiência em países de renda baixa que em nações de rendimento mais elevado. Grosso modo, os mais pobres, desempregados e com baixa qualificação profissional estão expostos a um risco mais alto de se enquadrar também nesta condição. “É preciso entender a deficiência como um fator que se insere na relação entre a limitação funcional e o ambiente em que ela está inserida”, diz Luis Mauch, coordenador-geral da Mais Diferenças, organização da Sociedade Civil (OSCIP) especializada em educação e cultura inclusivas. Na avaliação dele, esse mercado ainda tem muito a se expandir no Brasil em comparação a economias mais maduras, como a Alemanha, por exemplo, que investiu muito em políticas e tecnologia para inserir pessoas com deficiência no pós-guerra. “Quanto mais adequado for o ambiente, melhores ficam as condições para as pessoas com deficiência. Entender isso gera oportunidades e é bom para a economia. Essas pessoas querem ser incluídas e cobradas”, acrescenta.

IMPOSTOS – Renato Laurenti, cadeirante há 28 anos e sócio da Comoir, empresa de e-commerce especializada em produtos para pessoas com deficiência, afirma que o poder público pode contribuir muito para esse mercado por meio da redução de impostos e desoneração da cadeia produtiva. Para ele, o número de empresas no mercado nacional ainda é restrito e, por isso, muitos artigos têm de ser importados. “Esse tipo de produto é prioritário, pois garante qualidade de vida e independência para essas pessoas, mas alguns ainda são muito caros”, diz. “Fico o dia inteiro sentado na minha cadeira. Se ela não for bem feita, com boa almofada, não aguento ficar. As cadeiras nacionais vêm melhorando, mas ainda não se comparam com as importadas em atributos como peso, conforto e mobilidade”, lamenta.

O empresário Vitor Hugo Silveira, da Altra Importação & Exportação, que traz do exterior produtos de uso diário, como talheres e alcançadores, concorda que a tributação é um grande problema. “Alguns produtos que não têm sofisticação, mas que ajudam na rotina, como talheres, acabam taxados na mesma categoria de produtos normais”, explica. Um exemplo dado por ele é um prato com bordas mais altas e ventosas para prender na mesa. A empresa o compra da China por cerca de 7 reais (4 dólares) e é obrigada a revendê-lo por 42 reais no mercado interno. Vinte reais do preço total referem-se apenas à tributação.

A despeito de tantos problemas, cegos, surdos, pessoas com deficiência física, idosos com problemas de mobilidade, etc, conseguem viver melhor hoje que décadas atrás. A conquista é mérito de todos: legisladores, governos, entidades sociais, empresários e das próprias pessoas com deficiência. O futuro inspira esperança. Contudo, cabe ao poder público – municipal, estadual e federal – papel ainda mais destacado. Como muitos bens e serviços, pela combinação de oferta restrita e impostos altos, ainda têm preços proibitivos para a maioria da população com deficiência, os governos poderiam guardar parcela da exorbitante arrecadação de impostos para apoiar este grupo com políticas públicas. Na Europa, não é raro que um cadeirante vá a uma feira como a Reatech, escolha a cadeira de seus sonhos e volte para casa, onde redige o pedido para compra do equipamento a ser endereçado ao governante local. E o mais interessante é que ele é atendido. O Brasil ainda tem de avançar muito para chegar lá.

Fonte: Veja

Passo Firme – 15.04.2012
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Veículos adaptados, atividades esportivas, elevador para piscinas, desfiles de moda com modelagem especial, computador controlado pelo movimento dos olhos, livros infantis impressos em braile e com imagens em relevo: tudo isso pode ser encontrado a partir desta quinta-feira (12), na 11ª Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (ReaTech), a segunda maior feira de acessibilidade do mundo, que ocorre até domingo (15) no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.

O operador de caixa e estudante de fisioterapia, Bruno Ricardo Rodrigues da Silva, pela primeira vez visitando a feira, decidiu participar de uma corrida em cadeira de rodas para sentir a dificuldade que um cadeirante tem ao usar esse tipo de equipamento. “Nunca tinha sentado em uma cadeira de rodas. É bem gostoso, bem diferente. É uma sensação estranha no começo, sem poder mexer as pernas para poder virar a cadeira de rodas ou poder olhar para trás. Foi bem interessante porque vi a dificuldade deles [das pessoas com deficiência]. Participando disso, percebi quais as dificuldades que eles têm”, disse.

Uma arena esportiva foi montada pela Associação Desportiva para Deficientes (ADD), entidade sem fins lucrativos que tem o objetivo de promover o desenvolvimento da pessoa com deficiência por meio do esporte e da educação. “Desenvolvemos atividades de quadra, convidando entidades de todo o Brasil para fazer apresentações de várias modalidades paraolímpicas como vôlei, basquete e futebol. Assim, podemos contribuir para que as pessoas tenham a oportunidade de praticar alguma modalidade”, declarou Sileno Santos, coordenador de Esportes da ADD.

No estande da Fundação Dorina Nowill para Cegos, os visitantes são convidados a “ver a vida com outros olhos”. A ideia da fundação foi instalar diversas atividades sensoriais para estimular os cinco sentidos. “Assim, a gente começa a perceber que, sem a visão, há outras possibilidades também”, disse Adriana Kravchenko, gerente de Marketing e de Comunicação da fundação. Anderson Luis Nascimento, funcionário público e deficiente visual, foi um dos participantes da atividade que estimulava o olfato. “Foi um exercício legal. A gente aguça mais o olfato”, disse. A fundação também colocou á disposição dos visitantes uma coleção de livros voltados para as crianças.

“Uma grande novidade da feira são os livros infantis em textos ampliados e em braille, além de ilustrações em relevo. É uma coleção de dez livros para todas as crianças, não somente para as que têm deficiência visual. São livros que servem para os pais lerem para as crianças, com deficiência ou não, para os professores aplicarem em salas de aula e para as próprias crianças”, explicou Adriana Kravchenko. Todos os livros foram distribuídos para cinco mil bibliotecas públicas de todo o país.

“A criança com deficiência visual só consegue ter uma percepção da letra e da parte de alfabetização por meio do braille. Tendo recursos para poder ler, ela consegue se alfabetizar. Por isso, é muito importante ter livros em braile para crianças”, ressaltou. O livro atraiu a curiosidade de Elaine Alves da Silva, de 23 anos, que tem deficiência visual e não escuta por um dos ouvidos. Tateando o livro, Elaine disse tê-lo achado ‘muito lindo’. “Um livro como este ajuda na educação porque incentiva a criança a aprender a ler e a escrever”, disse. “Amo [ler]. Só não leio mais porque não há livros [adaptados]”, disse.

A mãe de Elaine, Severina Farias da Silva, lembrou que o processo de alfabetização da filha ocorreu com muita dificuldade por causa da falta de material escolar adaptado. “Acho isso [livro infantil em braille] muito importante, principalmente para as crianças que estão vindo agora. Na época dela não tinham esses livros”, declarou.

ESTATÍSTICAS – Dados do Censo de 2010 indicam que 23,9% da população brasileira têm algum tipo de deficiência, o que representa um universo superior a 45 milhões de pessoas. Na cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida decidiu fazer um censo, este ano, para conhecer as regiões com o maior número de pessoas com deficiência. Os dados serão usados para a criação de políticas públicas voltadas para a acessibilidade e a inclusão.

“O censo vai nos dar a fotografia de como se encontra o deficiente na cidade, em que lugar e em que região [está instalado] e sobre a sua família. [O levantamento vai informar] se ele tem escolaridade, o tipo de deficiência, a renda e os problemas de acessibilidade que ele encontra no bairro”, disse o secretário Antonino Grasso.

A secretaria já está enviando formulários a todas as residências cadastradas no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Segundo o secretário, foram expedidas 2,4 milhões de correspondências contendo um formulário de apenas uma página que deve ser preenchido e devolvido pelos Correios, sem custo para as famílias. Os formulários também podem ser encontrados nas subprefeituras e no endereço eletrônico www.censoinclusao.sp.gov.br.

“Temos 93 bairros na cidade de São Paulo. Se pudermos saber quantos deficientes tem na Vila Prudente, por exemplo, vamos ter condições de criar políticas públicas que virem realidade e não fiquem só no papel. Poderemos ver se lá têm escolas e postos de saúde suficientes e se há transporte público adequado, por exemplo”, disse.

No ano passado, o setor de produtos e serviços para reabilitação movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão. Desse total, R$ 200 milhões foram só com a comercialização de de cadeiras de rodas e R$ 800 milhões em automóveis e adaptações para veículos.

Veja na reportagem abaixo, feita na Reatech 2012 pelo programa Hoje em Dia da Rede Record, com o deficiente físico Ronaldo Denardo dirigindo e testando adaptações veiculares.

Fonte: Agência Brasil

Passo Firme – 12.04.2012
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A partir desta quinta-feira (12) e até o próximo domingo (15), o Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (Rodovia dos Imigrantes, km 1,5), será palco da 11ª Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech). O evento, que é o maior e mais importante do segmento de tecnologias em reabilitação da América Latina, espera receber um público de 50 mil pessoas nos quatro dias de exposições. A entrada é gratuita.

O objetivo do evento é apresentar novas tecnologias que contribuem para melhorar a acessibilidade de pessoas com algum tipo de deficiência. Entre os cerca de 300 expositores da feira, o público terá acesso às novidades em tecnologia em reabilitação e acessibilidade, assim como a fóruns e palestras sobre inclusão em diversas áreas.

Nos dias 12 e 13, a feira estará em funcionamento das 13h às 21h. Nos dias 14 e 15, o público poderá frequentar o espaço entre 10h e 19h. A entrada é gratuita e há transporte gratuito a partir da estação Jabaquara do metrô. As vans saem da Rua Nelson Fernandes, 400. Para quem for de carro, o estacionamento custa R$ 25. Confira o site da mostra.

REABILITAÇÃO DE AMPUTADOS – Profissionais de saúde da rede pública ou privada que atuam na área específica de reabilitação de amputados – como médicos,  psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, ortoprotesistas, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais – terão acesso a cursos e palestras sobre as principais novidades da área no Reabilitar, encontro científico itinerante promovido pela Otto Bock, uma das maiores fabricantes de órteses e próteses do mundo. (veja a programação completa abaixo)

Entre os temas abordados: etiologia e técnicas cirúrgicas para amputações, adequação postural, próteses e órteses de membros inferiores, bem como formas de prevenção e tratamento de pés diabéticos. De acordo com os organizadores, o objetivo é levar à comunidade científica e demais profissionais ligados ao setor de reabilitação o que existe de mais moderno no mundo, além de promover a troca de experiências e conhecimentos entre os participantes.

Passo Firme – 09.04.2012
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