Arquivo da categoria ‘Opinião’

feliz-ano-novo2 (1)

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Estes são os sinceros votos do Blog Passo Firme para o 2013 que se inicia!

Desejo a todos um ano novo muito abençoado, com muita paz, muito amor e Deus no coração sempre!

Passo Firme – 30.12.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

festas

Por que, afinal, é tão difícil beber com moderação, principalmente nesta temporada de festas de fim de ano? Para não ser “o inconveniente” ou “a garota dançando em cima da mesa” – afinal, ninguém quer isso, não é mesmo? – confira abaixo algumas dicas do site Hype Science para aumentar sua tolerância ao álcool e não se tornar o bêbado idiota da festa de fim de ano.

dica 1 - coma bem

DICA 1: COMA BEM

Comer é absolutamente essencial. Beber com o estômago vazio é uma receita para o desastre e um erro de principiante. Se não puder comer antes de sair de casa, leve um lanche ou coma onde estiver bebendo.

Como o conteúdo de álcool no sangue é afetado pelo conteúdo gástrico, tente comer algo mais substancial se for beber. Proteínas e gorduras demoram mais tempo para serem digeridas, assim ficarão em você por mais tempo e continuarão a lhe ajudar a não ver o mundo rodando. Se estiver em um coquetel, coma um canapé sempre que puder.

dica 2 - escolha sabiamente

DICA 2: ESCOLHA SABIAMENTE

O teor de álcool é fundamental para determinar quão bêbado você pode ficar, mas há outros fatores que você deve considerar ao escolher o que beber. Vinho tinto e destilados escuros como uísque geralmente contêm produtos químicos que podem lhe dar dor de cabeça e bagunçar seu senso de inibição depois de apenas uma ou duas horas. Cada pessoa reage a bebidas de forma diferente, de modo que você pode fazer alguns testes e ver como elas lhe afetam antes de beber descontroladamente em uma festa de fim de ano.

Além disso, evite bebidas açucaradas. Elas aumentam seus níveis de açúcar no sangue, levando-o a um pico de energia, seguido de cansaço e/ou dores de cabeça muito antes de a festa acabar. Além disso, elas lhe enchem e deixam menos espaço para consumir coisas melhores.

dica 3 - beba água

DICA 3: BEBA ÁGUA

O álcool é um diurético, o que significa que você vai fazer xixi para caramba, o que, por sua vez, pode levar à desidratação. Isso vai lhe causar uma bela ressaca. Além disso, um cérebro desidratado não funciona bem, o que irá agravar a sua sensação de embriaguez.

Lembre-se: a água é sua melhor amiga. Não refrigerantes ou outras bebidas não alcoólicas, água. O melhor é tomar um copo de água para cada bebida alcoólica que você consome. É difícil? Sim. Você vai fazer mais xixi ainda? Sim. Porém, você continuará pensando como uma pessoa sã e não como um bêbado atordoado.

dica 4 - descanse

DICA 4: DESCANSE ANTES DE BEBER

Você já reparou que, quando está cansado, uma bebida pode lhe acertar como se fosse três? Há fatores que contribuem para esse efeito. Para começar, quando estamos cansados, é mais difícil pensar claramente. Os sintomas do cansaço podem se manifestar de forma semelhante à embriaguez. Adicionar álcool real à equação só amplifica esse efeito.

Mais além, de acordo com a Universidade de Rochester (EUA), fadiga geral ou cansaço pode conduzir a um conteúdo de álcool no sangue mais elevado do que o normal, já que o fígado é menos eficiente no processamento e/ou eliminação de álcool quando o nível geral de energia é baixo. Depois, como o álcool é um depressor natural, consumir álcool quando cansado pode aumentar seu nível de cansaço e ampliar seus efeitos tradicionais. Embriaguez e cansaço = um bêbado chato e possivelmente incontrolável.

dica 5 - vitamine-se

DICA 5: VITAMINE-SE

Quando você está bebendo demais, você não só perde água, mas também alguns nutrientes importantes. A falta desses nutrientes pode levar a sintomas de ressaca enquanto você ainda está na festa, diminuindo drasticamente suas habilidades de beber (e suas habilidades sociais).

Vitaminas B são uma das primeiras coisas que o álcool chuta para fora de seu corpo. Você também vai precisar de alguns eletrólitos. Escolher algum suplemento natural – como os sucos energéticos, por exemplo – que contenha os dois e tomar antes da ou durante a festa pode lhe ajudar.

dica 6 - cafeína

DICA 6: ESQUEÇA A CAFEÍNA

Tomar café ou energético, ou outras bebidas com cafeína, não vão necessariamente lhe dar mais vitalidade ou tolerância. Embora seja verdade que a cafeína irá mantê-lo mais “acordado”, não vai mantê-lo mais sóbrio. Na verdade, isso lhe leva a artificialmente pensar que sim, o que por sua vez pode lhe levar a beber muito mais, mais rápido, gerando experiências horríveis para você.

Você também vai estar mais bêbado do que você pensa que está, portanto mais propenso a fazer algo estúpido. Além disso, a cafeína também é diurética, como o álcool, e vai desidratá-lo ainda mais e aumentar suas chances de passar mal.

dica 7 - tolerância

DICA 7: CONSIDERE SUA TOLERÂNCIA

Bebedores experientes geralmente aguentam beber mais. O álcool é uma toxina, e os nossos corpos se adaptam a metabolizar e lidar com ela. Esse tipo de adaptação leva tempo e repetição. Quanto mais tolerante estamos à toxina, mais lentamente nossos corpos tentam quebrá-la e, assim, mais lenta ela é absorvida na nossa corrente sanguínea. Esta taxa de absorção varia consideravelmente entre os indivíduos; experientes bebedores do sexo masculino, com massa corporal elevada, podem processar até 30 gramas (38 ml) por hora, mas um número mais típico é 10 gramas (12.7 ml) por hora.

Sendo assim, se você geralmente não bebe, melhor não querer beber demais no fim do ano. Não interessa quão bem hidratado ou alimentado você esteja, beber muito ainda vai provavelmente lhe cair mal. Outra opção é “treinar seu corpo” para ser tolerante, bebendo mais no período antes da festa para se acostumar com o álcool. Claro que você deve considerar as consequências disso. Alguns estudos dizem que o consumo moderado de álcool faz bem para a saúde, mas com certeza todos apontam que o consumo exagerado faz exatamente o contrário.

dica 8 - confraternizações

DICA 8: NÃO SEJA BESTA

Se você está tentando ser a “vida da festa” e não o “bêbado detestável”, por favor, raciocine. Por exemplo, não entre em algum tipo de competição de bebidas alcoólicas com seus colegas de trabalho ou parentes; essa é obviamente uma situação em que todos só têm a perder. Use sua cabeça, vá devagar, se divirta, e então volte para casa em um táxi. Essa receita deve garantir que você seja convidado para muitas outras festas nos próximos anos.

Consideradas estas dicas, boas festas!

Fonte: Hype Science

Leia também:

Dicas para manter a saúde nas festas de final de ano

Passo Firme – 29.12.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

Nick Newell, lutador sem a mão e parte do antebraço esquerdos, está invicto no MMA

Nick Newell, lutador sem a mão e parte do antebraço esquerdos, está invicto no MMA

Presidente do Ultimate Fighting Championship (UFC) se diz “cauteloso sobre ida do atleta amputado Nick Newell ao Ultimate, mesmo com oito vitórias em oito lutas

Nick Newell (foto) chocou o mundo em 2012, mantendo sua série invicta no MMA mesmo tendo de superar uma amputação congênita que fez com que ele não tenha uma mão e parte de um dos braços. O norte-americano superou a deficiência e conquistou em dezembro seu primeiro cinturão no XFC (Xtreme Fighting Championship) – uma organização similar ao UFC que organiza os combates de MMA e tem cinturão próprio –, lutando contra outro atleta que não possui nenhuma deficiência física. Mesmo assim, o presidente do UFC, Dana White (foto abaixo), ainda é cauteloso em falar sobre as chances de ele ser contratado pela organização no futuro.

Dana-WhiteNewell já afirmou – em entrevista ao UOL Esporte – que seu sonho é lutar no Ultimate. Mas, se depender de Dana White, o cinturão peso leve do XFC não garante que ele está pronto para duelar com os melhores do planeta. “Talvez, não sei”, disse Dana White, em tom desconfiado. “Há caras que trazemos que são considerados ótimos para o (reality show) The Ultimate Fighter e que não vão bem. Lutar com os dois braços já é complicado, e nós estamos no topo do MMA”, disse.

Apesar de não ter parte do braço, Newell mostra grande agilidade nas lutas, tem poder de nocaute e ainda coleciona vitórias por finalização (veja no vídeo abaixo a última luta dele). “Lutar com um braço é algo maluco para mim. Eu nem sei bem o que dizer sobre isso, é algo doido”, afirmou Dana White, que vê também um problema legal para isso. “Talvez em outros estados seja mais fácil, temos de ver se estados realmente grandes, como Califórnia e Nevada o deixariam competir.”

OPINIÃO – Com oito vitórias em oito combates, é bastante provável que o americano Nick Newell venha a fazer história. Sim, ele pode! O atleta de MMA afirmou que seu principal objetivo na carreira é se tornar o lutador número um do planeta. Fato é que ele já é o melhor do mundo, diante das limitações físicas que enfrenta. Se não ainda reconhecidamente por ser um “Anderson Silva” da vida, repleto dos luxos, fama e campanhas de publicidade, mas pela garra, vontade e amor demonstrados ao esporte.

opiniaoO que nos podemos aprender do Newell é que a verdadeira vitória não vem de superamos apenas os nossos adversários, mas de conseguimos superar nossas próprias limitações nessa batalha chamada vida. E você, o que acha das afirmações do presidente do UFC? Tal prudência é necessária ou reflete preconceito com as pessoas com deficiência? Deixe sua opinião.

Com informações: UOL Esportes

Leia também:

Lutador com amputação congênita vai disputar o primeiro título da carreira
Atleta com amputação congênita pede chance no UFC

Passo Firme – 28.12.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

O programa Cenas do Brasil, produzido pela TV NBR, discutiu recentemente o Plano de Reabilitação que está sendo preparado pelo governo federal para reinserção no mercado de trabalho de pessoas afastadas definitivamente do serviço em função de doenças ou acidentes.

Antes do debate, o programa exibe o documentário “Mundo do Trabalho – Reabilitação Profissional”, realizado por especialistas em TV, Cinema e Mídias Digitais da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Vale a pena conferir!

Previdência

TV NBR – Com a missão de informar e noticiar as ações do Poder Executivo, a TV NBR está no ar desde 1998. Além de cobrir a agenda da presidenta da República, a tevê do Governo Federal é responsável por veicular programas, reportagens especiais e entrevistas sobre políticas públicas. A TV pode ser captada por cabo ou por parabólica, além de ter sua programação retransmitida por emissoras de sinal aberto em várias localidades do País.

Fonte: TV NBR

Leia também:

Governo prepara programa para reabilitação de trabalhadores
Governo quer criar cadastro de trabalhador reabilitado pelo INSS

Passo Firme – 22.12.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

Dilma - Café com a Presidenta

Juros de financiamento de produtos de tecnologia assistiva serão menores. Ônibus e casas adaptados do Minha Casa Minha Vida estão entre ações.

Na manhã desta segunda-feira (17), a presidente Dilma Rousseff disse, durante seu programa de rádio “Café com a presidenta”, que uma linha de crédito do Banco do Brasil vai ajudar pessoas com deficiência a adquirir produtos de tecnologia assistiva a juros menores. A lista inclui próteses oculares, softwares que convertem texto em voz e lupas eletrônicas, por exemplo. A ação faz parte do programa Viver sem Limite, que tem o objetivo de reduzir obstáculos e superar barreiras de quem vive com algum tipo de deficiência.

De acordo com Dilma, o governo federal também já comprou 1.279 ônibus adaptados para fazer o transporte escolar de crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência e, desde o ano passado, as casas do programa federal Minha Casa, Minha Vida, estão sendo entregues com plantas adaptáveis.

No caso dos produtos de tecnologia assistiva, o governo listou 250 produtos que poderão ser financiados a juros mais baixos. “São equipamentos que vão ajudar a melhorar a vida dessas pessoas”, disse a presidente.

EDUCAÇÃO E MORADIA – No caso dos ônibus escolares, a presidente disse que a ação poderá ajudar a manter crianças e adolescentes nas salas de aula. “Sabemos que muitas crianças com deficiência deixam de frequentar a escola por falta de transporte adequado”, falou. Os 1.279 ônibus já comprados estarão circulando a partir de março do ano que vem, disse Dilma.

Além dos ônibus escolares, as casas do programa Minha Casa, Minha Vida, para quem ganha até R$ 1.600, já são adaptáveis. “Elas são entregues com portas mais largas, banheiros mais espaçosos e corredores mais amplos”, disse Dilma.

Outra medida é entregar um kit de acessibilidade aos moradores. “Se a pessoa tiver uma deficiência auditiva, instalamos equipamentos luminosos; se ela tiver uma deficiência visual, colocamos a sinalização em Braille nos interruptores. Já as barras fixadas no banheiro ajudam quem tem dificuldade de locomoção”, explicou Dilma.

Fonte: G1

Leia mais:

Banco do Brasil já conta com linha de crédito a para pessoas com deficiência
Como o “Viver sem Limite” vai beneficiar amputados e demais pessoas com mobilidade reduzida

Passo Firme – 17.12.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

CMW - dicas alimentação

Não é preciso passar por privação social para ter boa saúde e qualidade de vida. Confira três dicas que podem te ajudar.

Nos meses de dezembro e janeiro, as empresas e as famílias iniciam os rituais de confraternizações regadas a comidinhas deliciosas, porém, calóricas, gordurosas, e cheias de açúcares. Para quem precisa controlar o peso de maneira mais sistemática, como quem sofre de diabetes, os cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida, tais encontros podem tornar-se verdadeiros vilões da saúde, da boa forma e da qualidade de vida que precisa ser mantida a qualquer preço.

No entanto, com moderação e algumas adaptações, é possível, sim, manter a forma mesmo nessa época do ano. É o que garante o programa “Meu Prato Saudável”, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto do Coração (Incor), maior projeto de reorientação alimentar do país.

Normalmente as confraternizações são marcadas em bares ou espaços de eventos, logo depois do horário de trabalho, e vêm acompanhadas de petiscos e drinques diversos. “Apesar das comidas mais gordurosas, das bebidas alcoólicas, o que as pessoas menos querem nesta época do ano é engordar. Tudo para manter o corpo e a saúde em dia para o verão”, afirma a médica Elizabete Almeida, diretora-executiva do programa.

Segundo ela, uma alimentação balanceada é essencial para que os momentos de festa e descontração não comprometam a saúde e a qualidade de vida. “Não é preciso passar por privação social para ter boa saúde. Algumas mudanças simples podem garantir a diversão e ao mesmo tempo a boa forma”, afirma a nutricionista Elizabete.

CMW - fome1. Nunca chegue com fome à próxima refeição.

A fome facilita a perda do controle do que se come, tanto na escola do que comer quanto na quantidade. A tendência é comer rápido e além do necessário. A dica é fazer um lanche saudável antes de ir aos encontros onde não se sabe qual será o cardápio. A nutricionista sugere como opções um sanduíche natural, com muita salada e patê de atum ou peito de peru com queijo magro. Também pode ser uma fruta, cereal integral, nozes ou frutas secas.

CMW - frituras2. Evite frituras

Frituras são muito calóricas e podem dificultar a circulação, aumentando os níveis de colesterol. Boas opções de petiscos podem ser, por exemplo, palitinhos de vegetais (cenoura, erva-doce, pepino), bruschetas de tomate com manjericão, tremoço ou tomates cereja.

CMW - alcool3. Não exagere no álcool

Uma das principais vilãs nesta época são as bebidas alcoólicas. Segundo a médica, o consumo máximo diário, conforme preconiza a OMS, é de duas latas de cerveja ou duas taças de vinho para os homens e uma lata de cerveja ou uma taça de vinho para as mulheres.Uma boa dica para diminuir o consumo e melhorar a hidratação é usar copos pequenos (isso ajuda a manter a bebida gelada também) e sempre alternar um copo da bebida com um copo grande de água.

MEU PRATO SAUDÁVEL – O programa Meu Prato Saudável é o maior projeto de reorientação alimentar do país, idealizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e o Incor, ambos ligados à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. O programa mostra que é possível manter uma boa alimentação, em qualquer época do ano.

A ideia é mudar, sem muitas restrições, os hábitos alimentares da população, por meio de orientações de como se alimentar de forma saudável em todas as refeições do dia, e assim, manter um peso saudável ou até mesmo reduzi-lo, evitando, desta forma, doenças relacionadas à má alimentação, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.

Fonte: CMW

Passo Firme – 16.12.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

abotec-100anos

Apesar do histórico e tradição, profissão ainda não foi reconhecida e regulamentada

Completar 100 é um evento a ser celebrado. É um momento para relembrar com orgulho como tudo começou e, ao mesmo tempo, pensar no futuro. Em 2012, a profissão de ortesista e protesista ortopédico chega à marca centenária no Brasil, e embora tenha muitos motivos para comemorar, entre eles resistir ao tempo, evoluir junto com a humanidade, mostrando a mesma eficiência e importância para o público que atende, no Brasil, nem tudo são flores.

De acordo com dados da última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2010, existem 45,6 milhões de pessoas com deficiência e que precisam de algum tipo de serviço especializado assistivo, o que representa 23,9% da população.

Para atendê-los, há apenas em torno de mil ortesistas e protesistas ortopédicos capacitados, número que se mostra inferior extremamente inferior à demanda. Para fazer com que o número da demanda e de profissionais capacitados estejam em sincronia, faz-se necessária a regulamentação da profissão de ortesista e protesista ortopédico, bandeira que a Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec) defende desde sua criação há mais de 20 anos e desde 2005, com o Projeto de Lei nº 5.635-A, elaborado com a colaboração do deputado Onix Lorenzoni.

A associação entende como consequência que o trabalho exercido pela categoria é tão importante quanto o de cirurgiões, e que a regularização das atividades de ortesistas e protesistas ortopédicos podem beneficiar diretamente os usuários, trazendo mais qualidade para o atendimento de pessoas em reabilitação e para produção e manutenção de produtos de tecnologia assistiva.

Outro impacto positivo é a melhoria na fiscalização, que atualmente é realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelas Vigilâncias Sanitárias regionais. Embora esses órgãos se esforcem, o trabalho de fiscalização ainda é insuficiente e não há especialização necessária. Com a regulamentação da profissão, será possível ser um Conselho de Classe que poderá atuar firmemente nesta questão.

A ABOTEC tem realizado diversas ações, como o envio de cartas para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara e petições online para que a aprovação do projeto de lei tenha andamento, mas a caminhada ainda será longa. O PL terá que passar pelo plenário da Câmara e pelo Senado Federal.

Até agora, todos os processos de tramitação do PL já somam sete anos e tendo em vista que o Brasil será sede dos Jogos Paraolímpicos de 2016, é imprescindível que haja uma mobilização da sociedade e, principalmente, do poder público, para acelerar o processo de aprovação do PL, bem como repensar em ações que beneficiem direta ou indiretamente os usuários de órteses e próteses ortopédicas.

Fonte: ABOTEC

Passo Firme – 15.12.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

siocxÉ incrível como, mesmo após um ano, as pessoas ainda me cobram notícias de minha adaptação à prótese. Constantemente recebo e-mails, comentários pelo blog ou sou abordado nas redes sociais por pessoas interessadas em saber como lido com os percalços comuns ao processo de reabilitação com prótese. Isso é um sinal de que, de certo modo, virei referência, pois além do interesse por parte de quem acompanha o blog com frequência,  passei a ser constantemente monitorado, sobretudo por amputados em situações semelhantes.

Estive no Centro Marian Weiss (CMW) em agosto, para confecção do terceiro encaixe de prova desde que iniciei o processo, em novembro do ano passado. Na ocasião, em razão da redução de medidas no coto – é bom deixar claro que não houve perda ou ganho de peso, apenas o coto atrofiou um pouco mais – tive que substituir o liner Seal-In tamanho 36 que usava por outro tamanho 28 (veja a matéria).

Mesmo com o liner novo, porém, cerca de três meses depois o coto voltou a soltar do encaixe, principalmente quando ficava muito tempo sentando. Qualquer contração muscular e puff!… o liner se desprendia do encaixe, me obrigando a levantar, descarregar o peso do corpo sobre a prótese para tê-la novamente presa ao coto. Volto a salientar que, neste período, não perdi peso e nem sentia entrada de ar quando caminhava, como das outras vezes.

Cópia de Lázaro 004Será que não me adaptei ao sistema? Não sei. O pessoal da clínica, ao ficar a par da situação, solicitou minha minha presença para reavaliar o que está acontecendo e ajustar o encaixe e/ou o alinhamento da prótese, mas até agora não ajustei minha agenda para esta esta viajem, prevista agora para o final de janeiro, por conta da premiação do blog. Se não resolver, a proposta é a confecção de um novo encaixe, seja no mesmo sistema (Seal-In) ou em um novo sistema que a clínica começou a usar recentemente, desta vez da Ottobock, chamado SiOCX (foto acima), que dispensa o uso do liner.

Para lidar com a situação até encontrar tempo para retornar a São Paulo, estou usando um acessório (foto ao lado) gentilmente cedido por Val, uma amiga biamputada que mora no interior do Espírito Santo. A peça, em neoprene e elastano reforçado, lembra um cinturão, mas comprime demais o abdome – não sei se por razão de tamanho – mas mesmo assim tem se revelado uma verdadeira “mão na roda” no que se refere à auxiliar na fixação da prótese.

É meus amigos, como bem disse o Bial na mensagem “Filtro Solar” (veja o vídeo)…

…“A peleja é longa e, no fim, é só você contra você mesmo.”

O importante é não desistir!

Leia também:

“Uma verdadeira drenagem linfática…”

Passo Firme – 14.12.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

reabilitacao_profissional
Governo quer cortar 40% das aposentadorias por invalidez e devolver trabalhadores ao mercado

O governo quer reduzir as despesas com aposentadorias por invalidez e estuda fixar uma meta de corte de 40% na quantidade de benefícios até 2019. Para alcançar essa meta, está elaborando um plano de reabilitação dos segurados, tanto do ponto de vista da saúde quanto da profissão, que permita a reinserção dos profissionais no mercado de trabalho. De acordo com estimativas da Previdência, a medida levará a uma economia de R$ 25 bilhões por ano, quando todo o sistema estiver funcionando.

Estimativas indicam que, sem uma reforma na Previdência, os gastos só com o pagamento de aposentadorias públicas vão consumir 46% do PIB em 2030. O percentual hoje é de 18,7%. As projeções levam em conta o envelhecimento da população, que ocorre em ritmo mais intenso que o previsto. Em relação às aposentadorias por invalidez, o cálculo do governo inclui, além dos gastos com trabalhadores da iniciativa privada, os funcionários públicos e ações específicas na concessão de auxílio-doença por prazos mais longos, entre quatro e seis meses.

Dados da Previdência mostram que o gasto com trabalhadores afastados definitivamente do serviço em função de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais mais que quadruplicaram entre 2002 e 2011, de R$ 8,2 bilhões para R$ 34,8 bilhões. As concessões de aposentadorias subiram quase 30%, de 2,4 milhões para 3,1 milhões, no mesmo período. E as despesas com auxílio-doença aumentaram de R$ 5,4 bilhões em 2002 para R$ 18,1 bilhões em 2011.

Um grupo de trabalho formado pelos Ministérios da Previdência, Saúde, Planejamento e Trabalho tem até 10 de janeiro para concluir o projeto, que será apresentado à presidente Dilma Rousseff. Na prática, a proposta é fazer uma triagem no universo dos aposentados por invalidez para verificar a possibilidade de reabilitação, com doação de próteses, por exemplo, e encaminhamento a curso de qualificação e treinamento para inserção no mercado.

Quem der entrada a pedido de auxílio-doença também será reavaliado dentro da perspectiva de troca de função, caso a previsão seja de afastamento prolongado. A proposta prevê integração dos ministérios com o setor privado, via sistema “S”, e a inclusão do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que reserva 5% das vagas para deficientes.

A legislação atual já prevê revisão das aposentadorias por invalidez a cada dois anos, mas dificuldades na implantação de um sistema de reabilitação e falta de entrosamento entre órgãos públicos dificultam o cumprimento da exigência. Desta vez, segundo o secretário de Previdência Social, Leonardo Rolim, há disposição de pôr em prática uma política de reabilitação e de fazer controle mais rigoroso dos benefícios.

“Estamos trabalhando numa proposta concreta para reabilitar os trabalhadores e reduzir os gastos com aposentadoria por invalidez”, disse. Segundo ele, as aposentadorias por invalidez no Brasil representam 18% do total de afastamentos definitivos pagos pelo INSS, e a ideia é reduzir essa proporção para 10%, patamar semelhante ao de países que executam políticas de reabilitação, como Espanha e Holanda.

Para o gerente-executivo de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Emerson Casali, a falta de um programa de reabilitação leva ao aumento de custos, tanto para a Previdência quanto para as empresas e para os próprios trabalhadores. “Todos ganham com uma política de reabilitação”, afirma Casali.

Para João Barbosa, diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Brasília, a proposta do governo será mais uma forma de negar o direito dos trabalhadores. Ele disse que hoje, quando sofrem um acidente relacionado à ocupação, os funcionários do setor de construção têm dificuldade para conseguir atendimento na perícia do INSS. “A perícia tem negado benefício até mesmo para quem está em cadeira de rodas. O governo tem é de investir em segurança, contratar mais auditores e aumentar a fiscalização de obras irregulares para evitar acidentes”, opinou.

invalidezOpinião: a reabilitação profissional como paliativo para a questão

A intenção do governo de intensificar e investir na reabilitação profissional não tem nada de proativo e acaba reafirmando a condição de um país com dados catastróficos de acidentes do trabalho. Reabilitar é importante, mas há que se pensar em resolver o problema em sua raiz e não depois do ocorrido, com todas as consequências que o cercam.

O investimento em prevenção, já está provado, é muito mais barato e menos danoso para a máquina pública, para o trabalhador e também para o empregador. Só em 2011 foram 711.164 acidentes contra 709.474 no ano anterior. São bilhões gastos com benefícios e tratamentos de saúde. Será que haverá suporte para reabilitação de tantos trabalhadores? E esses trabalhadores voltarão ao mercado de trabalho realmente aptos? Essas questões são básicas para que um plano de reabilitação funcione.

Para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), antes de reabilitar é necessário investir em meios que impeçam os acidentes de acontecer, e volta a insistir que a ampliação do número de auditores-fiscais do Trabalho, que são os especialistas em fiscalizar e cobrar o cumprimento das normas que garantem a segurança e saúde aos trabalhadores, é o caminho mais curto e eficaz para minimizar o alarmante índice de acidentes.

Embargo de obras, interdição de equipamentos de empresas que não observam as normas de segurança, além de multas trabalhistas para as irregularidades, são meios eficientes dos quais os Auditores-Fiscais do Trabalho se utilizam para proteger os trabalhadores. Porém, o universo a ser fiscalizado é tão amplo quanto o número de acidentes e esta é a maior dificuldade enfrentada por um corpo de fiscalização de pouco mais de 2.900 Auditores-Fiscais do Trabalho.

Concurso para 629 vagas, este foi o compromisso firmado entre a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Brizola, segundo o que ele mesmo afirmou para a diretoria do Sinait. O ideal, entretanto, é que seja um número maior e que haja um planejamento para os próximos anos, pois, do contrário, o risco é de continuar no mesmo patamar, levando-se em consideração que o número de Auditores-Fiscais do Trabalho em condições de se aposentar é grande. É fundamental que a autorização para o certame seja efetivada ainda em 2012, para que, devido à burocracia que envolve o processo, seja realizado em meados de 2013.

Fonte: O Globo / Sinait

Leia mais:

Governo prepara programa para reabilitação de trabalhadores

Passo Firme – 07/12/2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

TRM-6

Recentemente, o Instituto de Reabilitação de Chicago (RIC) apresentou o caso do engenheiro de software Zac Vawter (foto), de 31 anos, o primeiro americano amputado de perna que conseguiu subir 103 andares de um dos maiores arranha-céus do mundo, o Willis Tower, antiga Sears Tower, em Chicago, com o uso de uma prótese biônica controlada pelo cérebro. Zac perdeu uma das pernas num acidente de moto em 2009.

Antes disso, o mesmo instituto americano havia apresentado Claudia Mitchell (foto), a primeira mulher a receber a tecnologia do “braço biônico”. Ela teve o braço esquerdo amputado até o ombro depois de um acidente de moto e agora consegue segurar um puxador de gaveta com sua mão artificial por meio do pensamento “segurar o puxador de gaveta”.

First "Bionic Woman" Demonstrates Thought-Controlled Prostheses

O fato de uma pessoa conseguir controlar com êxito vários e complexos movimentos de um membro postiço com seus pensamentos abre um mundo de possibilidades para os amputados. A estrutura, tanto cirúrgica quanto tecnológica, que torna esse feito possível é quase tão incrível quanto os resultados do procedimento.

Tanto Claudia Mitchell quanto Zac Vawter são exemplos de pacientes submetidos ao procedimento cirúrgico chamado “Targeted Muscle Reinnervation” nos EUA (Reinervação Muscular Dirigida ou Orientada), que redireciona os sinais do cérebro dos nervos cortados durante a amputação para músculos intactos, permitindo ao paciente controlar sua prótese intuitivamente.

TRM-2

A TÉCNICA – A tecnologia do “braço biônico” é possível basicamente por causa de dois fatos da amputação. Em primeiro lugar, o córtex motor no cérebro (a área que controla movimentos voluntários dos músculos) ainda envia sinais de controle mesmo que certos músculos voluntários não estejam mais presentes para serem controlados. Em segundo lugar, quando os médicos amputam um membro, eles não removem todos os nervos que antes transmitiam sinais para esse membro.

Então, se o braço da pessoa foi amputado, existem nervos que terminam no ombro e simplesmente não têm mais lugar para enviar suas informações. Se essas terminações nervosas puderem ser redirecionadas para um grupo muscular que funcione, a pessoa pensa “segurar a maçaneta com a mão” e o cérebro envia os sinais correspondentes para os nervos que deveriam se comunicar com a mão, e esses sinais acabam no grupo muscular que funciona em vez de irem para as terminações do ombro.

TRM-7Redirecionar esses nervos não é uma tarefa simples. O Dr. Todd Kuiken (foto), do Instituto de Reabilitação de Chicago, é o criador da técnica denominada Targeted Muscle Reinnervation (TMR), ou Reinervação Muscular Dirigida. Os cirurgiões basicamente operam o ombro para ter acesso às terminações nervosas que controlam os movimentos das articulações do braço, como cotovelo, pulso e mão. Em seguida, sem danificar os nervos, eles redirecionam as terminações para um grupo muscular que funciona.

No caso do “braço biônico” do Instituto, os cirurgiões ligaram as terminações nervosas a um grupo de músculos peitorais. São necessários vários meses para que os nervos se juntem a esses músculos e se tornem totalmente integrados. O resultado final é um redirecionamento dos sinais de controle: o córtex motor envia sinais para o braço e mão através de ligações nervosas, como sempre fez, mas em vez de esses sinais acabarem no ombro, eles acabam no peito.

Para usar esses sinais no controle do braço biônico, a parafernália do Instituto coloca eletrodos na superfície dos músculos peitorais. Cada eletrodo controla um dos seis motores que movimentam as articulações do braço postiço. Quando a pessoa pensa “abrir a mão,” o cérebro envia o sinal de “abrir a mão” para o nervo apropriado, agora localizado no peito.

Quando as terminações nervosas recebem o sinal, o músculo peitoral em que estão ligadas se contrai. Quando o músculo peitoral responsável por “abrir a mão” se contrai, o eletrodo nesse músculo detecta a ativação e faz com que o motor que controla a mão biônica se abra. E como cada terminação nervosa está integrada a partes diferentes do músculo peitoral, uma pessoa com um braço biônico pode mover os seis motores ao mesmo tempo, o que resulta em uma série de movimentos bastante naturais para a prótese.

Fonte: Como Tudo Funciona / HowStuffWorks Brasil

Leia também:

Homem-máquina – até que ponto a tecnologia deve ser usada para melhorar a condição humana?
“Reinervação Muscular Dirigida” – será este o futuro que a tecnologia biônica reserva para milhões de amputados em todo o mundo?

Passo Firme – 27.11.2012
Curta e compartilhe a página do Passo Firme no Facebook!