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Prêmio Paralimpicos

Alan Fonteles e Terezinha Guilhermina desbancam nomes de peso e são eleitos os melhores deste ano no esporte paralímpico

Após conquistar grandes feitos em 2012, entre eles o maior, o sétimo lugar no quadro geral de medalhas nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, o Brasil tem muito a comemorar. Para celebrar todas as conquistas no ano, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) realizou nesta quarta-feira, 19, o segundo Prêmio Paralímpicos, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Sede dos próximos Jogos Paralímpicos, a cidade foi escolhida para encerrar o ciclo Pequim 2008 – Londres 2012 e abrir o novo Londres 2012 – Rio 2016.

“O Brasil ser sétima potência do mundo é uma grande conquista em qualquer área. Isso mostra que o esporte paralímpico brasileiro não é mais uma nação emergente. Estamos inseridos entre os maiores. Não fechamos o ano com chave de ouro, mas o ciclo. A segunda edição do Prêmio mostra que o paradesporto brasileiro ganhou maturidade e relevância graças aos atletas que nós temos”, exaltou Andrew Parsons, presidente do CPB.

Parsons destacou ainda as parcerias feitas pelo CPB com o Estado de São Paulo, a Prefeitura do Rio de Janeiro, o Ministério do Esporte e o Governo Federal, fundamentais para as conquistas do Brasil em 2012.

Além de presidente do Comitê Paralímpico, a festa contou com a atriz Daniele Suzuki e o cantor Gabriel “o Pensador” como mestres de cerimônia, e com presenças ilustres como o ministro do Esporte, Aldo Rebelo; a secretária Linamara Battistella, da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo; o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e dos Jogos Rio 2016, Carlos Nuzman; presidente da Autoridade Pública Olímpica, Márcio Fortes;, entre outros.

Escolhido para o Prêmio Personalidade Paralímpica, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ressaltou as vitórias do Brasil em 2012. “Nossos atletas representam disciplina, vitória do nosso povo e do nosso País. Sou ministro do Estado do Esporte, servidor público, brasileiro e em nome da sociedade brasileira tento fazer o que está ao alcance para que vocês tenham o melhor. Contem conosco, contem sempre”, disse.

O prêmio de Melhor Técnico de Esporte Individual foi entregue pela secretária Linamara à Marcos Rojo. “O esporte faz a diferença quando o que nós queremos é respeitar os direitos humanos. Marcos, você e Daniel formam uma dupla que fez o Brasil chorar de emoção”, disse.

Márcia Lins, secretária de Estado de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, entregou o prêmio de Melhor Técnico de Esporte Coletivo para Alessandro Tosim, do Goalball. “É uma emoção muito grande falar sobre Esporte Paralímpico. Estamos no Rio de Janeiro, que sediará os Jogos de 2016 e mais do que nunca precisamos dos técnicos e atletas para mostrarem ao mundo o momento que estamos vivendo. Certamente iremos comemorar muito juntos em 2016”, afirmou a secretária.

Entregue àqueles que se dedicam ao Movimento Paralímpico, o prêmio Aldo Miccollis foi entregue pelo vice-presidente do CPB Mizael Conrado a Rivaldo Araújo da Silva, coordenador geral de Paradesporto de Alto Rendimento no Ministério do Esporte. “Construir o futuro é reconhecer o passado e valorizar o presente. Várias pessoas ao longo de sua história estabeleceram grande compromisso com o paradesporto e o professor Rivaldo é uma delas. Sempre esteve envolvido”, destacou Mizael.

Eleito a Revelação de 2012, ouro na Bocha em Londres 2012, Maciel dos Santos recebeu o prêmio das mãos do vice-presidente do CPB, Luiz Cláudio Pereira. “É uma honra ganhar esse prêmio. Me dedicarei cada vez mais para representar bem o Brasil”, prometeu.

O PRÊMIO DA NOITE – Mais aguardado da noite, o Prêmio de Melhor Atleta pelo voto popular foi anunciado no fim da cerimônia. Em disputa acirrada, os velocistas Alan Fonteles e Terezinha Guilhermina venceram. “Este ano foi muito especial. Realizei muitos sonhos. Agradeço ao Guilherme, meu guia, ao meu treinador Amaury Veríssimo, meus patrocinadores, o Time São Paulo. Ser brasileira é uma honra”, disse Terezinha, vencedora com 44,45% dos votos.

Eleito com 39,76% dos votos no Masculino, Alan reforçou o agradecimento de Terezinha. “É um prazer imenso receber o prêmio de melhor atleta do Atletismo e do Ano. Agradeço ao Ministério do Esporte, CPB, Time São Paulo que me fizeram chegar como cheguei à Londres e conquistar o ouro”. Veja a festa que os dois fizeram no vídeo acima.

prêmio-2012

Confira abaixo os melhores de 2012 pelo voto popular:

Melhor Atleta Feminino

1º Terezinha Guilhermina, com 44,45%
2º Shirlene Coelho, com 29,5%
3º Lúcia Teixeira, com 26,05%

Melhor Atleta Masculino

1º Alan Fonteles, com 39,76%
2º Dirceu Pinto, com 30,34%
3º Daniel Dias, com 29,9%

MELHORES ATLETAS 2012

ATLETISMO: Alan Fonteles Cardoso de Oliveira

BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS: Lia Maria Soares Martins

BOCHA: Dirceu José Pinto

CANOAGEM: Fernando Fernandes de Padua.

CICLISMO: João Alberto Schwindt Filho

ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS: Jovane Silva Guissone

FUTEBOL DE 5: Ricardo Steinmetz Alves

FUTEBOL DE 7: Marcos Yuri Cabral da Costa

GOALBALL: Romário Diego Marques

HALTEROFILISMO: Rodrigo Rosa de Carvalho Marques

HIPISMO: Sérgio Fróes Ribeiro de Oliva

JUDÔ: Lúcia da Silva Teixeira

NATAÇÃO: Daniel de Faria Dias

REMO: Cláudia Cícero dos Santos

RUGBY EM CADEIRA DE RODAS: Alexandre Keiji Taniguchi

TÊNIS DE MESA: Bruna Costa Alexandre

TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS: Daniel Alves Rodrigues

TIRO COM ARCO: Francisco Macicledes Barbosa Cordeiro

TIRO ESPORTIVO: Carlos Henrique Prokopiak Garletti

TRIATLO: Rodrigo Feola Mandetta.

VELA: Elaine Pedroso da Cunha

VOLEIBOL SENTADO: Janaína Petit Cunha

Fonte: CPB

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Ajude a escolher o melhor atleta paralímpico brasileiro de 2012

Passo Firme – 19.12.2012
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prêmio-2012

Dois paratletas amputados – Daniel Dias e Alan Fonteles – estão no páreo este ano

A exemplo do que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) está fazendo, com a disputa do Prêmio Brasil Olímpico, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) também vai escolher os melhores atletas de 2012. A entrega da segunda edição do Prêmio Paraolímpicos será realizada no próximo dia 19, em cerimônia que acontecerá na Marina da Glória. Na ocasião, serão homenageados os 22 atletas que tiveram o maior destaque individual, além de serem revelados os nomes dos Melhores do Ano (masculino e feminino), escolhidos pelo voto popular. A eleição está ocorrendo no site do CPB.

“A edição deste ano ganha contornos mais importantes por acontecer no Rio de Janeiro, cidade sede dos Jogos Paralímpicos de 2016 e principalmente por premiar os melhores atletas em 2012, ano das Paralimpíada e em que o Brasil teve sua melhor performance de todos os tempos. A escolha da Marina da Glória não poderia ser melhor, já que o local receberá as disputas da Vela nos Jogos do Rio. Tenho certeza de que a noite será inesquecível por reunir todos esses elementos”, afirmou o presidente do CPB, Andrew Parsons.

Daniel Dias - mordendo medalha

Grande nome individual nas Paralimpíadas de Londres 2012, o nadador Daniel Dias é um dos favoritos ao prêmio de melhor atleta do Brasil em 2012

Além de premiar as atletas que se destacaram nas 22 das modalidades paralímpicas em 2012, o Prêmio Paralímpicos terá outras cinco categorias: Melhor Técnico em Modalidade Individual; Melhor Técnico em Modalidade Coletiva; Revelação 2012; e Melhor Atleta Feminino e Melhor Atleta Masculino, que serão definidos por votação popular aberta no Facebook, Twitter e site do CPB, até a meia-noite do dia 18. Todos os vencedores serão conhecidos apenas no dia 19 e foram indicados e escolhidos por federações e técnicos ligados ao Comitê.

Na categoria Melhor Atleta por voto popular concorrem no feminino Lúcia Teixeira (Judô), Shirlene Coelho (Atletismo) e Terezinha Guilhermina (Atletismo). No masculino, a disputa está entre Alan Fonteles (Atletismo), Daniel Dias (Natação) e Dirceu Pinto (Bocha).

O Prêmio homenageará ainda duas pessoas que contribuíram com o crescimento e fomento do paradesporto no ano de 2012 com os troféus Personalidade Paralímpica e Aldo Micolis – in memorian ao presidente de honra do CPB e um dos dirigentes que iniciou o Movimento Paralímpico no Brasil.

Até 2010, os atletas paralímpicos eram premiados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a partir do ano passado a premiação passou para o CPB, que abrangeu um maior número de categorias e trouxe maior visibilidade.

Fonte: CPB

Passo Firme – 11/12/2012
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Os 15 anos da mais tradicional publicação brasileira especializada em pessoas com deficiência foram comemorados com um coquetel e uma solenidade (foto) que reuniram mais de 650 pessoas no Memorial da América Latina, em São Paulo, no último dia 24 de outubro. Entre os presentes colaboradores, amigos, leitores, assinantes, parceiros e anunciantes, que lembraram a trajetória da publicação, desde o primeiro número, quando quase ninguém acreditava que ela pudesse ter sucesso.

Na época, o público composto pelas pessoas com algum tipo de deficiência era praticamente “invisível” aos olhos da mídia e da sociedade em geral, o que tem mudado nos dias atuais, mesmo que a passos lentos. Hoje, com 88 números publicados, ininterruptamente, desde seu lançamento em 1997, a revista tem tiragem de 20 mil exemplares e chega a assinantes em todo Brasil e mais de 15 países.

A festa foi aberta com a execução ao piano do Hino Nacional brasileiro por Júlio César de Souza, ex-jogador de futebol – Corinthians e Seleção Brasileira – que ficou surdo, ao lado do ex-narrador esportivo Osmar Santos. Em seguida, a cantora e compositora Celelê e suas alunas, Daniela, que tem Síndorme de Down e Yolanda, com deficiência visual, cantaram o “hino da pessoa com deficiência”, a música “Igual a você”, de sua autoria.

HOMENAGENS – No ponto alto da noite, uma homenagem a muitos que participaram da vida da Revista Reação em seus 15 anos de vida. Mais de 90 pessoas receberam uma placa comemorativa de honra ao mérito: “Juntos, estamos ajudando a mudar o Brasil e transformando uma nação. Com nosso trabalho, estamos construindo o futuro e um mundo melhor, em busca de uma sociedade plena e inclusiva”, dizia parte do texto da placa.

Entre os muitos agradecimentos dos homenageados, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, resumiu a importância da revista, lembrando que ele também está há 15 anos no CPB: “quando comecei, me socorri muito nas páginas da Reação, porque eu tinha uma história no esporte, mas faltava um conhecimento maior sobre as pessoas com deficiência e a revista me ajudou muito”.

‘DIVISOR DE ÁGUAS’ – Os presentes também puderam ver uma exposição de quadros pintados pelo ex-narrador esportivo Osmar Santos e de peças do escultor Toso, que tem como temática diferentes tipos de deficiências, além de conhecerem o trailer do filme “Colegas”, vencedor do Festival de Cinema de Gramado, que traz como protagonistas três atores com Síndrome de Down. A comemoração foi encerrada com um show do humorista cego Geraldo Magela.

“A festa, reunindo tanta gente, tantos amigos queridos e parceiros destes 15 anos, traduz o que a Revista Reação representa para o setor. Com muita honra, podemos afirmar que a publicação foi um divisor de águas no universo da pessoa com deficiência, e responsável por muito do respeito e reconhecimento conquistado por essa considerável parcela da população brasileira. A credibilidade que a publicação conquistou no decorrer dos anos, é fruto do trabalho sério, ético e do amor empregado em cada edição”, afirma Rodrigo Rosso, fundador e editor da Revista Reação.

Fonte: Assessoria

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Uma revista debutante!

Passo Firme – 29.10.2012
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Quando os atletas paralímpicos medalhistas em Londres foram recebidos, na último dia 13, 13, pela presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, o Governo aproveitou a ocasião para lançar o Plano Brasil Medalhas 2016, que prevê investimentos de R$ 2,5 bilhões e uma série de medidas para o desenvolvimento de modalidades paralímpicas e olímpicas com foco nos Jogos Rio 2016. O incentivo prevê ainda a construção do primeiro Centro de Treinamento Paralímpico.

De acordo com o ministro dos esportes, Aldo Rebelo, o objetivo é incluir o Brasil entre os dez primeiros no ranking olímpico e entre os cinco primeiros nos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro. “O Brasil Medalhas 2016 representa um recurso extraordinário de R$ 1 bilhão para os próximos quatro anos, além de R$ 1,5 bilhão que já estavam regularmente destinados ao esporte de alto rendimento”, disse o ministro.

Na opinião do velejador Bruno Prada, o incentivo veio na época certa. “É uma ajuda muito importante, principalmente para a vela, que precisa de uma estrutura específica”, avalia o velejador, que espera contar com os recursos para subir ao pódio mais uma vez no Rio, após ter obtido o bronze em Londres na classe star, ao lado de Robert Scheidt.

Para o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, é desafiadora a meta de passar do sétimo lugar no quadro de medalhas, conseguido em Londres, para o quinto lugar daqui a quatro anos. “Vai ser difícil, mas o Centro de Treinamento, que é um sonho da comunidade paraolímpica, vai fazer com que tenhamos condições de disputar com as grandes potências”, frisou o presidente do CPB, referindo-se ao projeto de apoio para a construção de um centro de treinamento para várias modalidades paraolímpicas, previsto no Brasil Medalhas.

MODALIDADES – O Ministério do Esporte vai priorizar os investimentos nas modalidades com mais chances de obter medalhas. Foram escolhidas 21 olímpicas e 15 paralímpicas. A estratégia é obter, paralelamente, crescimento intensivo e extensivo no desempenho esportivo. Isso significa conquistar mais medalhas nas modalidades que já as obtiveram e chegar ao pódio nas que ainda não conseguiram.

As modalidades olímpicas selecionadas são: águas abertas (novo nome para maratona aquática), atletismo, basquetebol, boxe, canoagem, ciclismo BMX, futebol feminino, ginástica artística, handebol, hipismo (saltos), judô, lutas, natação, pentatlo moderno, taekwondo, tênis, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia. As paralímpicas são: atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeiras de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, tênis de mesa e voleibol sentado.

As demais modalidades continuarão sendo apoiadas pelo Ministério do Esporte e seguirão recebendo recursos pelas fontes tradicionais de financiamento federal.

CENTROS DE TREINAMENTO – O Plano Brasil Medalhas 2016 destina R$ 310 milhões para construção, reforma e operação de 22 centros de treinamento, selecionados em conjunto com os comitês Olímpico e Paraolímpico, as confederações nacionais, clubes, estados e municípios. Desses, 21 são centros de modalidades olímpicas e um paraolímpico, seguindo a recomendação do Comitê Paraolímpico Brasileiro, que vai unificar todas as modalidades em um só local de treinamento. O apoio também prevê a aquisição de equipamentos esportivos.

Com informações: CPB e Boletim Em Questão

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Passo Firme – 19.09.2012
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Com 21 medalhas de ouro, país faz sua melhor campanha em Paralimpíadas; confira os destaques da competição, que chegou ao fim neste domingo

A alquimia nem sempre é a mais óbvia. Cada medalha de ouro dos Jogos Paralímpicos de Londres, assim como as olímpicas, é feita com apenas 1,34% de ouro, 92,5% de prata, 6,16% de cobre – e 100% de um esforço sobre-humano. O Brasil colheu 21 delas ao longo de 11 dias de competição na terra da Rainha e volta para casa com a campanha mais vitoriosa de sua história. A meta de ficar em sétimo lugar no quadro geral está cumprida, com 43 medalhas no total – 14 pratas e oito bronzes. O hábito de subir no pódio todo dia deve-se muito à natação e ao atletismo, mas não despreza a bocha, o futebol de 5, a esgrima, o judô e o goalball. Tem metal nobre à vontade para todos.

Com seis ouros de Daniel Dias e três de Andre Brasil, a natação volta de Londres como esporte brasieiro mais vitorioso – sem contar quatro pratas e um bronze. As 14 medalhas no total só perdem para o atletismo, que ganhou 18, sendo sete douradas. Os outros títulos paralímpicos do país vieram na bocha, em dose tripla, no futebol de 5 e na esgrima. Após superar Pequim 2008 (47 medalhas, 16 ouros), a meta agora é o milagre da multiplicação dos números para fazer mais bonito ainda dentro de casa, daqui a quatro anos, nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro. Enquanto o novo ciclo começa, confira os destaques da edição 2012.

Daniel Dias, uma usina de ouros

A piscina do Centro Aquático de Londres ficou pequena para ele. Nas seis provas individuais que disputou nas Paralimpíadas de 2012, Daniel Dias não quis saber de variar: faturou o ouro em todas. Foi o melhor do mundo nos 50m peito SB4 e em cinco provas da categoria S5: 50m borboleta, 50m costas, 50m livre, 100m livre e 200m livre. Com 15 medalhas em duas edições dos Jogos, sendo dez ouros, ele superou o nadador Clodoaldo Silva e a corredora Ádria Santos como maior medalhista paralímpico da história do país. O mais assustador é saber que a história ainda não acabou. Aos 24 anos, Daniel está apenas abrindo mais um ciclo olímpico, que vai terminar no Rio em 2016.

Alan Fonteles, o paraense de 20 anos que derrubou a lenda

Era noite de domingo em Londres, e Oscar Pistorius, a maior estrela dos Jogos, corria sozinho para o ouro nos 200m rasos T44. Quase sozinho. Com uma arrancada espetacular na reta final, um paraense de 20 anos correu como nunca e desbancou a lenda para ganhar um ouro histórico. E assim o mundo foi apresentado a Alan Fonteles. As próteses que impulsionaram sua reação foram alvos de críticas de Pistorius. E Pistorius foi alvo de críticas do planeta inteiro, que ameaçou vê-lo como mau perdedor. No dia seguinte, o sul-africano pediu desculpas, e tudo voltou ao normal: nas outras três provas, chegou à frente do brasileiro e fechou sua campanha com dois ouros e uma prata.

Terezinha Guilhermina e a maior lição de todas

Se há quem veja no atleta-guia apenas um coadjuvante nas competições de atletismo, Terezinha Guilhermina discorda. E mostrou isso para um Estádio Olímpico lotado. Já na parte final da prova de 400m T12, o guia Guilherme Santana tropeçou e foi ao chão. A cega mais rápida do mundo ainda tinha chances de pódio, mas optou pela solidariedade. Jogou-se na pista e lá ficou, até Guilherme levantar para os dois cruzarem juntos a linha de chegada em último lugar. O ato nobre foi recompensado no dia seguinte, quando a dupla ganhou o ouro e quebrou o recorde mundial nos 100m T11. Foi o segundo ouro de Terezinha, que também venceu nos 200m.

O futebol que tem o hábito de trazer medalhas de ouro

A derrota de Neymar & Cia para o México na final das Olimpíadas ainda estava fresca na memória quando a seleção brasileira de futebol de 5 abriu sua campanha nas Paralimpíadas. A busca do ouro não era exatamente uma pressão, estava mais para rotina, já que a luta era pelo tricampeonato. E assim foi. Com uma vitória por 2 a 0 sobre a França – algoz nos campos – aequipe verde-amarela garantiu o título. Festa principalmente para Marquinhos, Bill e o goleiro Fábio, que também estavam nas campanhas de Atenas 2004 e Pequim 2008.

Brasil, o país da bocha

Nas Olimpíadas, nem tem. Pouco popular no Brasil, a bocha verde-amarela surpreendeu o torcedor em Londres. Com três ouros e um bronze, foi o terceiro esporte mais laureado do país na campanha em Londres. A trajetória vitoriosa começou com Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos, que conquistaram o bicampeonato nas duplas. Depois, Dirceu repetiu a dose no individual, e Maciel Santos completou a trinca de ouros – Eliseu ainda ganhou um bronze.

Entre os gringos, o show dos super-humanos

Como era de se esperar, Oscar Pistorius atraiu todos os holofotes com os ouros nos 400m T44 e no revezamento 4x100m. Mas a maior coleção de ouros nas Paralimpíadas ficou com a australiana Jacqueline Freney. A rainha paralímpica da natação venceu todas as oito provas que disputou na piscina do Centro Aquático. No tênis de cadeira de rodas, o fenômeno atendia pelo nome de Esther Vergeer. A musa holandesa faturou mais um ouro e não perde uma partida desde 2003. No tênis de mesa, a polonesa Natalia Partyka venceu a disputa na classe 10. E lembra Pistorius por também competir nas Olimpíadas – tem duas participações.

Por fim, não dá para passar pelos Jogos de Londres sem citar a incrível história de Alessandro Zanardi. O italiano, que já foi piloto de Fórmula 1, sofreu um acidente grave aos 34 anos e teve de amputar as duas pernas. Sem esquecer a velocidade, abraçou o ciclismo paralímpico e brilhou ao conquistar dois ouros: na categoria H4 do contra-relógio e na prova de estrada. Para um evento de âmbito mundial marcado pela superação, difícil imaginar exemplo melhor.

Confira todas as medalhas do Brasil nas Paralimpíadas de Londres, dia a dia:

30 de setembro
Andre Brasil – prata nos 200m medley SM10
Daniel Dias – ouro nos 50m livre S5
Michele Ferreira – bronze no judô categoria até 52kg

31 de agosto
Lúcia Teixeira – prata no judô categoria até 57kg
Daniele Bernardes – bronze no judô categoria até 63kg
Andre Brasil ouro nos 50m livre S10
1º de setembro
Andre Brasil – ouro nos 100m borboleta S10
Antônio Tenório – bronze no judô da categoria até 100kg
Daniel Dias – ouro nos 200m livre da S5 de natação
2 de setembro
Yohansson Nascimento – ouro nos 200m T46
Alan Fonteles – ouro nos 200m T44
Terezinha Guilhermina e Jerusa Geber – ouro e prata nos 200m T11
3 de setembro
Odair Santos – prata nos 1.500m T11
4 de setembro
Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos – ouro na classe BC4 na disputa de pares mistos
Andre Brasil – prata nos 100m costas S10
Daniel Dias – ouro nos 100m peito SB4
Yohansson Nascimento – prata nos 400m T46
Felipe Gomes e Daniel Silva – ouro e prata nos 200m T11
Jonathan Santos – bronze no lançamento de disco F40
5 de setembro
Jovane Guissone – ouro na categoria B da esgrima
Terezinha, Jerusa Santos e Jhulia Santos – ouro, prata e bronze nos 100m rasos T11
6 de setembro
Edênia Garcia – prata nos 50m costas S4 da natação
Daniel Dias – ouro nos 50m costas da natação
Andre Brasil e Phelipe Rodrigues – ouro e prata nos 100m livre S10 da natação
7 de setembro
Daniel Dias – ouro nos 50m borboleta da natação
Joana Silva – bronze nos 50m borboleta na natação
Goalball – prata no masculino
Lucas Prado – prata nos 400m T11

8 de setembro
Shirlene Coelho – ouro no lançamento de dardo F37/38
Eliseu dos Santos – bronze na bocha BC4
Maciel Santos – ouro na bocha BC2
Brasil – ouro no futebol de 5 (tricampeonato)
Daniel Dias – ouro 100m livre S5 na natação
Dirceu Pinto – ouro na bocha BC4 (bicampeonato)
Lucas Prado e Felipe Gomes – prata e bronze nos 100m rasos T11
Claudiney Batista – prata no lançamento de dardo F57/58

9 de setembro
Tito Sena – ouro na maratona T46

Fonte: Globo Esporte

Passo Firme – 09.09.2012
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Corredor brasileiro Alan Fonteles despeja fúria na reta final da prova e ignora o favoritismo do sul-africano, que havia criticado suas próteses nas eliminatórias da classe T44

No meio do caminho, o ouro parecia impossível. Oscar Pistorius corria lá na frente, sem sentir nos ombros o peso do favoritismo nos 200m rasos T44. Várias passadas atrás dele, um brasileiro de 20 anos ainda não tinha desistido da ideia de ser o estraga-prazeres no Estádio Olímpico de Londres. Alan Fonteles acelerou. Agigantou-se e desbancou o rival famoso diante de um público atônito. Com uma arrancada espetacular na reta final, o velocista paraense despejou sua fúria nas próteses de fibra de carbono, criticadas por Pistorius na véspera. E arrancou uma medalha de ouro histórica para o Brasil nas Paralimpíadas.

Alan cruzou a linha de chegada com o tempo de 21s45, à frente dos 21s52 do sul-africano (veja o vídeo). O bronze ficou com o americano Blake Leeper, que fez 22s46. Com o ouro garantido, Alan nem chegou a abrir o sorriso. Com a fisionomia séria, foi cumprimentando os rivais, um a um. E o abraço tímido de Pistorius mostrou que o adversário não estava nem um pouco satisfeito com o resultado.

Pistorius terá mais três oportunidades de tentar uma revanche contra Alan. Os dois também dividirão as raias do Estádio Olímpico de Londres nos 100m e 400m T44 e no revezamento 4x100m T42/T46.

O clima de rivalidade nos 200m foi acirrado por Pistorius após as eliminatórias do sábado (1º), quando o corredor sul-africano criticou as próteses que o brasileiro estava usando para competir em Londres. O “Blade Runner” chegou a sugerir que Alan poderia ser beneficiado com as novas próteses. O treinador da equipe brasileira de atletismo, Ciro Winckler, confirmou que o paraense está mais alto, com 1.81m, contra 1.76m no Mundial da Nova Zelândia, no ano passado. Na ocasião, Alan ficou com o bronze nos 100m T44 e Pistorius foi prata. Mas, apesar das críticas de Pistorius, a mudança é permitida pelas regras do Comitê Paralímpico Internacional.

‘ENTREI PARA HISTÓRIA DO MOVIMENTO PARALÍMPICO’ – De sorriso aberto, Alan Fonteles (à esq. na foto) encarou um batalhão de jornalistas para comentar o feito que surpreendeu e calou todo o Estádio Olímpico. Enrolado a bandeira do Brasil, o jovem de 20 anos agradeceu o apoio do compatriotas recebido pela internet e mostrou ter consciência da grandeza de seu feito. “Estou muito feliz. Com certeza não vou dormir tão cedo. Recebi muitas mensagens de apoio, de força. Quero agradecer a todos. Quero também dizer para minha família que eu vim aqui, fiz o meu melhor, e entrei para história do movimento paralímpico”, disse.

O campeão deixou clara a decepção com as declarações de Oscar Pistorius, na véspera da decisão, que colocou em dúvida seu desempenho na semifinal. “Não tenho o que falar. Estou dentro das regras. Isso que eu tenho que dizer. Não preciso falar para ninguém se devo estar pequeno ou grande. A pessoa que se incomodou com isso… Eu não posso fazer nada”, ratificou.

Fã de Oscar Pistorius, a quem sempre apontou como inspiração, o paraense disse ainda que tudo que foi dito o motivou ainda mais para prova deste domingo, apesar de também tê-lo entristecido. “Me motivou. Ele queria jogar a responsabilidade para cima de mim de qualquer forma. Já tinha sido assim na coletiva (terça-feira passada). Para falar a verdade, fiquei um pouco triste com tudo que ele disse depois da semifinal. Mas isso para mim não importa. Vim para correr e fazer o meu melhor. Não vou ligar para o que atleta diz ou deixa de dizer. Entrei na pista para fazer essa história.”, concluiu.

MORDE E ASSOPRA – Visivelmente frustrado com o que tinha acontecido minutos antes na pista do Estádio Olímpico, Oscar Pistorius cogitou esquivar-se da imprensa. Após conceder a entrevista obrigatória ao canal detentor dos direitos de transmissão, seguiu para o vestiário sob a alegação de que trocaria as próteses de corrida pelas de passeio, até que minutos depois funcionários da organização chegaram com o recado de que o sul-africano não retornaria. Diante dos protestos, ele apareceu e voltou a colocar em dúvida os méritos de Alan Fonteles.

“Estou decepcionado. Fiz uma prova fantástica. Não acho que foi injusto, Alan jogou com as regras, mas ele nunca tinha corrido na casa dos 21 segundos. Isso é um fato. Ele fazia com dificuldade 23 há menos de um ano. Então, acho que devemos olhar apenas para os fatos do passado. Alan está jogando muito com as regras, é justo e ele fez uma grande prova. Parabéns pelo ouro”.

O sul-africano esclareceu que seus questionamentos não são a respeito da tecnologia utilizada por Alan – tema que ele tanto combateu para que pudesse disputar os Jogos Olímpicos –, mas o aumento de cinco centímetros do Mundial da Nova Zelândia, em 2011, para as Paralimpíadas.

“Não acho isso (ter sido injusto). Todos temos a mesma tecnologia, não há diferença neste sentido. Minha restrição é apenas por eles (Alan e Blake Leeper, bronze) se tornarem maiores nos últimos meses. Isso que temos que olhar. Alan é um grande atleta, tem tudo para se manter no topo. É um grande garoto, um grande atleta, mas nunca tinha corrido na casa dos 21”, frisou.

Pistorius se mostrou surpreso também com a recuperação de Alan nos 100m finais da prova. Após sair da curva em desvantagem, o paraense calou o Estádio Olímpico com um sprint sensacional. “Fiquei feliz com o meu tempo. Eu estava invicto, nunca tinha perdido uma prova de 200m rasos na carreira. Nunca tinha visto alguém virar uma prova no fim após estar oito metros atrás. Nunca na minha vida. Obviamente estou chateado, mas eu tentei”, disse.

Em todas as respostas, no entanto, o maior nome dos Jogos de Londres ficou em cima do muro. Ao mesmo tempo em que criticava e colocava em dúvida os méritos do brasileiro, amenizava com elogios e declarações de quem Alan está dentro das regras. Questionado pelo Globoesporte.com objetivamente se creditava a derrota mais ao aumento das próteses do que ao talento do brasileiro, no entanto, ele se irritou e se calou. “Muito obrigado a todos”, disse, encerrando a entrevista.

QUEM É O MENINO QUE VENCEU PISTORIUS? – Alan Fonteles teve as duas pernas amputadas com apenas 21 dias de vida, em consequência de uma série de manifestações graves causadas por uma infecção intestinal. Em Marabá (PA), sua cidade natal, Alan passou a se interessar por atletismo quando tinha apenas oito anos. A vontade de correr era tão grande que o garoto começou a treinar com as mesmas próteses de madeira que usava para andar, totalmente inadequadas à prática esportiva.

Mas Alan persistiu e, pouco depois de ganhar o primeiro par de próteses de fibra de carbono, chegou à primeira Paralimpíada, em Pequim. Com apenas 16 anos, o paraense ficou em sétimo nos 200m T44 (com 24s21) e viu o ídolo Pistorius levar o ouro com um recorde paralímpico (21s67). A medalha de prata no revezamento 4x100m, no entanto, já indicava que Alan estava apenas começando uma promissora carreira nas pistas mundiais.

Fonte: Globo Esportes

Passo Firme – 03.09.2012
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O velocista sul-africano Oscar Pistorius, primeiro paratleta do atletismo a participar de uma Olimpíada, apontou o brasileiro Alan Fonteles (foto) como um dos seus principais adversários nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012.

“O Alan é um grande competidor, muito forte. Ele apareceu a primeira vez há quatro, cinco anos e causou impacto. Desde então ele cresceu muito, ficou em terceiro no Mundial ano passado. Ontem, no jantar, eu cruzei com ele pela primeira vez aqui. Ele está muito mais forte”, disse Pistorius em entrevista coletiva nesta terça-feira (28).

Detentor do recorde mundial dos 100m, 200m e 400m T43, o sul-africano evitou falar em favoritismo. “Os 100m serão uma das provas mais difíceis, tem grandes competidores como o Jerome Singleton e o Alan. A diferença deve ser pequena. Eu ficarei feliz se conseguir ficar no Top 3. Será um grande desafio para mim”, afirmou.

Aos 20 anos, Alan recebeu bem os comentários do recordista mundial. “Fico muito feliz de receber elogios dele, que é um grande atleta e um amigo nas pistas”, disse, garantindo que vai dar trabalho. “Estou me sentindo bem para fazer o meu melhor. Nos 100m eu tenho grandes chances, mas como ele disse, são uns seis atletas brigando. Só dará para saber quem vai ganhar na hora.”

‘CASA DE TODOS OS BRASILEIROS’ – Local de promoção do Brasil e do esporte brasileiro no coração de Londres, a Casa Brasil vive o clima das Paralimpíadas de 2012. Em evento realizado nesta terça-feira (28), jornalistas brasileiros e estrangeiros tiveram a oportunidade de saber mais sobre as expectativas do Comitê Paralímpico Brasileiro para os Jogos Paralímpicos, que começam nesta quarta-feira, e dos preparativos do Comitê Organizador Rio 2016.

“Estar na Casa Brasil é algo muito especial. Ela funciona como um pedaço do Brasil em Londres, a gente se sente em casa aqui. Esta é a primeira vez em que a Casa Brasil fica aberta desde as Olimpíadas até as Paralimpíadas, para ser uma casa de todos os brasileiros, independentemente de serem deficientes ou não, de serem olímpicos ou paralímpicos. É um momento que coroa a aproximação entre o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o Comitê Organizador Rio 2016”, disse o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons.

A apresentação da casa ficou a cargo do diretor de comunicação do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Carlos Villanova, que guiou os visitantes pelas três exposições sobre o Brasil. A Casa Brasil foi montada na Somerset House, centro cultural localizado à beira do Rio Tâmisa na região central da capital inglesa. Mais de 25 mil pessoas já passaram pelas atrações gratuitas da Casa Brasil desde a abertura do local no dia 26 de julho de 2012.

Também estiveram presentes o diretor de esportes do Comitê Organizador Rio 2016, Agberto Guimarães, e a gerente de Integração Paralímpica do Rio 2016, Mariana Mello. Para Agberto Guimarães, o evento desta terça-feira foi uma maneira de mostrar ao público o bom entendimento entre o CPB, o COB e o Rio 2016.

”Nós, no dia a dia, sabemos que trabalhamos em grande sintonia, planejando cada passo juntos. Então esta é uma ocasião importante para que as pessoas também percebam isso, para que vejam o Rio 2016 como uma coisa só, Olimpíadas e Paralimpíadas como parte de um mesmo acontecimento”, afirmou Agberto Guimarães.

A um dia da cerimônia de abertura das Paralimpíadas de Londres, Mariana Mello destaca as semelhanças entre a parceria dos Comitês dos Jogos de 2016 e a bem sucedida integração ocorrida nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2012.

“O conceito é esse que foi implantado aqui em Londres, onde conseguiram fazer a integração paralímpica desde o início do planejamento. Estamos trabalhando para isso com a mesma postura, mostrando e educando em busca de um entendimento maior. A partir do fim dos Jogos Paralímpicos de Londres, a pressão estará sobre o Rio 2016 e isso é bom porque faz a gente crescer ainda mais”, disse Mariana Mello.

Fonte: CPB

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Passo Firme – 28.08.2012
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Delegação Brasileira finaliza seu período de aclimatação em Manchester nesta quarta-feira (22) e embarca para Londres

A nove dias do inicio dos Jogos Paralímpicos de Londres, a Delegação Brasileira está pronta para se despedir de Manchester, cidade inglesa escolhida para a aclimatação dos atletas que representarão o Brasil na maior competição do planeta para atletas de alto rendimento com deficiência. Das 18 modalidades que o País disputará nas Paralimpíadas, 16 viajaram mais cedo para finalizarem sua preparação no exterior.

Atletismo, Basquete em Cadeira de Rodas, Bocha, Ciclismo, Esgrima em Cadeira de Rodas, Futebol de 5, Futebol de 7, Goalball, Halterofilismo, Judô, Natação, Remo, Tênis em Cadeira de Rodas, Tênis de Mesa e Vôlei Sentado fizeram sua aclimatação em Manchester. Hipismo fez uma parte na França e outra em Bishop Burton (Inglaterra), com direito a competição com alguns dos países que disputarão os Jogos. Vela Adaptada e Tiro Esportivo embarcam nesta terça-feira (21), direto para Londres.

Desde o dia 14, mais de 200 atletas e técnicos brasileiros estão em Manchester. A cidade recebeu a Delegação Brasileira de braços abertos. Com instalações de ponta, os atletas realizam treinamentos em uma das melhores venues da Europa. Além da qualidade estrutural técnica, a alimentação dos atletas também foi planejada, mas exportada do Brasil.

Para amenizar a saudade de casa, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) levou para a aclimatação uma alimentação tipicamente brasileira. Com arroz, feijão, salada e tempero tipicamente nacionais, a Delegação conta com refeições balanceadas, elaboradas pela chef de cozinha Nara Codo e a nutricionista Flávia Figueiredo.

Nara Codo, de 36 anos, comanda a alimentação dos atletas com um currículo invejável: há mais de 14 anos à frente de cozinhas conceituadas pelo Brasil, já trabalhou com o famoso chef Alex Atala, proprietário do restaurante D.O.M, eleito um dos quatro melhores de todo o mundo.

Essa é a primeira vez que o Brasil proporciona a aclimatação para a Delegação Brasileira antes da disputa dos Jogos Paralímpicos, graças ao convênio feito pelo CPB com o Ministério do Esporte, via Sistema de Convênios do Governo Federal (Siconv). Em Pequim 2008, apenas Atletismo e Natação chegaram antes à China, com aclimatação em Macau. Os Jogos Paralímpicos de Londres acontecem entre os dias 29 de agosto e 9 de setembro.

O BRASIL EM LONDRES – O Brasil participará dos Jogos Paralímpicos de Londres com uma Delegação formada por 319 pessoas sendo 182 atletas (115 homens e 67 mulheres – 36,8% de mulheres na delegação, um aumento de 7,60% em relação a Pequim 2008), 16 acompanhantes de atletas (atletas-guia, calheiro e timoneiro), quatro tratadores de cavalos, 31 profissionais da área de saúde e 86 oficiais técnicos e administrativos.

O atleta mais novo da Delegação é a velocista Viviane Soares, com 16 anos, e o mais experiente é a mesa tenista Maria Luiza Passos, 61.

MAIOR EDIÇÃO – Os Jogos Paralímpicos continuam a crescer em tamanho e estrutura e a Grã-Bretanha, berço espiritual do Movimento Paralímpico, receberá a maior edição dos Jogos. A competição que teve sua primeira edição há 64 anos, no Hospital Stoke Mandeville, com 16 veteranos de guerra feridos, terá em 2012 mais de quatro mil atletas de elite.

As Paralimpíadas acontecem entre os dias 29 de agosto de 9 de setembro e terão a maior participação da história com 4.200 atletas de 165 países em 20 modalidades, além de seis mil voluntários, 2.250 oficiais técnicos, 1.200 árbitros, classificadores e delegados técnicos e força de trabalho.

Na última edição, em Pequim 2008, foram quebrados 279 recordes mundiais acompanhados por mais de 3,8 bilhões de expectadores no mundo inteiro e mais de 3,44 milhões de torcedores, que lotaram as arenas de competição. A expectativa é que os números sejam ainda maiores em Londres, já que foram vendidos mais de dois milhões de ingressos, esgotando as entradas para alguns eventos e modalidades, como Atletismo e Natação.

Fonte: CPB

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Daniel Dias será o porta-bandeira brasileiro na Paralimpíada de Londres

Passo Firme – 21.08.2012
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O nadador participou de apenas uma paralimpíada e já faturou quatro medalhas de ouro

O nadador Daniel Dias, 24 anos, será o porta-bandeira da delegação Paralímpica do Brasil nos Jogos de Londres. Ele conquistou no Parapan-Americano de Guadalajara 11 medalhas de ouros e se tornou o maior medalhista em uma única edição do evento. Em Paralimpíadas, o paulista estreou em Pequim, em 2008, e ganhou nove medalhas, sendo quatro ouros.

“Seus recordes mundiais e suas inúmeras vitórias, como a honra de ser um dos quatro brasileiros que já conquistaram o Laureus, credenciam Daniel Dias como o atleta que irá carregar a bandeira brasileira durante a abertura dos Jogos Paralímpicos de Londres”, afirmou Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.

“Recebi o convite neste fim de semana e realmente fiquei muito feliz. Foi uma surpresa maravilhosa. Confesso que a ficha ainda não caiu, mas estou extremamente honrado em poder representar todo o povo brasileiro, meus 181 amigos e companheiros de Paralimpíada”, disse Daniel.

A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos ocorrerá em 29 de agosto, 15 dias após a Olimpíada. O nadador irá participar de seis provas individuais, além de duas competições de revezamento. “Vou nadar ainda mais motivado em poder retribuir tanto carinho e torcida. Quero ajudar o Brasil a trazer para casa muitas medalhas”, finalizou Dias.

Fonte: Terra

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Brasileiro conquista título de melhor nadador com deficiência do mundo
Brasil convoca 182 atletas para a Paralimpíada de Londres

Passo Firme – 19.07.2012
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A delegação terá mais de 300 pessoas, entre competidores, guias, técnicos, auxiliares e profissionais da área de saúde

Faltando ainda mais de dois meses para o início dos Jogos Paralímpicos de Londres, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) anunciou na última quarta-feira (20) a convocação dos 182 atletas que representação o Brasil na competição, sendo 115 homens e 67 mulheres. A delegação terá mais de 300 pessoas, entre competidores, guias, técnicos, auxiliares e profissionais da área de saúde.

‘Com esta convocação, a delegação brasileira que disputará os Jogos Paralímpicos de Londres 2012 toma forma. A equipe será formada por atletas e comissão técnica de altíssimo nível. Tenho confiança extrema em cada integrante desta equipe. O CPB fará o possível para oferecer a melhor estrutura em Londres para que o Brasil alcance seu principal objetivo nesta edição das Paralimpíadas, que é levar o País ao seu melhor resultado de todos os tempos”, comentou o presidente do CPB, Andrew Parsons.

A maior parte da delegação brasileira está no atletismo, com 35 atletas e outros 14 atletas-guia, que acompanham os corredores que têm deficiência visual. A natação também terá equipe grande, com 20 atletas, entre eles, André Brasil e Clodoaldo Silva, dois maiores nomes do esporte paralímpico brasileiro na atualidade.

O Brasil será representado ainda no basquete em cadeira de rodas feminino (12 atletas), bocha (sete), ciclismo (dois), esgrima em cadeira de rodas (um), futebol de cinco (dez), futebol de sete (12), golball masculino e feminino (12), halterofilismo (cinco), hipismo (quatro), judô (10), remo (oito), tênis de mesa (14), tênis em cadeira de rodas (cinco), tiro esportivo (um), vela (dois) e voleibol sentado masculino e feminino (22).

Entre os brasileiros paralímpicos, destaque também para Bruno Langraf, ex-goleiro do São Paulo que sofreu um acidente de carro em 2006, na véspera da final da Libertadores daquele ano, e ficou tetraplégico. Ele estará em Londres na vela, classe Skud 18, ao lado de Elaine Cunha.

Fonte: RAC / Agência Estado

Passo Firme – 24.06.2012
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