Arquivo da categoria ‘Saúde & Tecnologia’

Sempre ouvir dizer que os homens sofriam mais com a do que as mulheres. Não é o que revelou uma pesquisa realizada pela Universidade de Stanford. O estudo sugere que mesmo quando homens e mulheres têm a mesma doença, as mulheres parecem sofrer mais com a dor.

A ciência está comprovando o que milênios de experiência já indicavam: as mulheres sentem mais dor do que homens. Há muito se sabe que certas condições relacionadas com a dor, como fibromialgia, enxaqueca e síndrome do intestino irritável, são mais comuns em mulheres do que em homens. E a dor crônica após o parto é surpreendentemente comum. É o que revela pesquisa do Instituto de Medicina da Universidade de Stanford, nos EUA. Segundo os pesquisadores do instituto 18% das mulheres que passam por cesariana e 10% das que têm partos naturais continuam sentindo dor um ano depois.

Há uma epidemia de dor crônica: No ano passado, o Instituto de Medicina estimou que dores crônicas afligiram 116 milhões de americanos, muito mais do que se acreditava anteriormente. Mas, com estas últimas descobertas daquele que, acredita-se, é o maior estudo já feito para comparar os níveis de dor em homens e mulheres, surgem novas questões sobre se as mulheres assumem um encargo desproporcional da dor crônica e sugere-se a necessidade de investigação da dor mais específica do gênero feminino.

O estudo, publicado no “The Journal of Pain”, analisa os dados dos registros médicos eletrônicos de 11.000 pacientes cuja sensibilidade e níveis de dor foram registrados como parte da rotina de seus cuidados diários. Para fazer o comparativo dos níveis de dor os médicos pediram que os pacientes descrevessem a dor em uma escala de zero (para ausência de dor) a dez (“a pior dor imaginável”).

Para 21 de 22 doenças, com número de amostra em quantidade grande o suficiente para fazer uma comparação significativa, os pesquisadores descobriram que as mulheres apresentaram níveis mais elevados de dor que os homens. Para dor nas costas, as mulheres relataram uma pontuação de 6,03, contra 5,53 dos homens. Para dores nas articulações e inflamatórias, a média foi 6,00 para mulheres e para os homens 4,93. Mulheres relataram níveis de dor significativamente maiores com diabetes (especialmente neuropatia diabética, que inflama os nervos), episódios de hipertensão, lesões (sobretudo de tornozelo) e até sinusite.

Para vários diagnósticos, a pontuação média das mulheres para a dor foi de, pelo menos, um ponto maior que a dos homens, o que é considerado uma diferença clinicamente significativa. Acima de tudo, os níveis de dor foram cerca de 20% maior que a dos homens.

Infelizmente, os dados não oferecem nenhuma pista a respeito de porque as mulheres relatam níveis mais elevados de dor. Uma possibilidade é que os homens têm sido socializados para serem mais resistentes, mais estóicos, e por isto deixarem de queixar-se de dor. Mas o autor do estudo, Atul Butte, professor associado da Faculdade de Medicina de Stanford, disse que esta explicação provavelmente não serve para explicar o tamanho do hiato entre os gêneros.

“É possível especular sobre este viés, mas quando se trata do depoimento de milhares de pacientes é difícil acreditar que todos homens sejam assim resistentes. Os depoimentos e os contrastes de pontuação levam a pensar que há causas biológicas para a diferença”, avalia Butte. Um relatório de 2007 feito pela Associação Internacional para o Estudo da Dor citou estudos que mostram que os hormônios sexuais podem desempenhar um papel na resposta à dor. De fato, algumas das diferenças de gênero, particularmente em relação cefaléia e dor abdominal, começam a diminuir depois que as mulheres chegam à menopausa.

A pesquisa também sugere que homens e mulheres têm diferentes respostas à anestesia e a medicamentos contra a dor, relatando diferentes níveis de eficácia e diversos efeitos colaterais. E reforça a idéia de que homens e mulheres sentem dor de formas diferentes.
Uma das razões para a falta de informações sobre as diferenças sexuais é que a maioria dos estudos sobre sensibilidade à dor, tanto em animais quanto em seres humanos, foi feita levando em conta apenas a anatomia masculina.

Uma análise constatou que 79% dos estudos sobre dor, feitos com cobaias e publicados em uma revista especializada por mais de uma década, incluíram apenas indivíduos do sexo masculino, em comparação com 8% que utilizou fêmeas como cobaias. Além disso, experimentos testando a dor em homens e mulheres têm mostrado que eles normalmente têm limites diferentes para vários tipos de dor.

Em geral, as mulheres relatam níveis mais elevados de dor relacionadas à pressão e à estimulação elétrica, e menos dor quando a fonte é o calor. Melanie Thernstrom, representante dos pacientes do Instituto de Medicina de Vancouver, disse que a mais recente pesquisa “realmente destaca a necessidade de um tratamento mais específico em termos de gênero, e a urgência de uma investigação para realmente compreender porque o cérebro feminino processa a dor de forma diferente do que os dos homens”.

Alguns pesquisadores acreditam que a experiência da dor para as mulheres pode ser ainda mais complicada. Mulheres que deram à luz, por exemplo, podem ter um limite diferente para “a pior dor existente”, levando-as a deixar de relatar a certos tipos de dor.
O importante, segundo o Dr. Butte, é que muito pouco se sabe sobre como homens e mulheres reagem à dor e que mais estudos são necessários para que, em última análise, tratamentos da dor podem ser personalizados para as necessidades de cada paciente.

“Se os médicos têm um limite para dar uma dose ou iniciar uma medicação, é possível imaginar que o número que eles estão usando é muito alto ou muito baixo, porque uma pessoa pode estar sentindo dor mais forte do que está dizendo. E, no final, tudo se resume ao que o cérebro percebe como dor”, avalia Butte.

Fonte: Agência O Globo

Passo Firme – 29.01.2012
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Um militar britânico ferido no Afeganistão iniciou uma série de procedimentos para receber um braço biônico controlado diretamente pelo cérebro.

Andrew Garthwaite, 24 anos, perdeu o braço direito durante uma operação em Helmand e já usa um dos últimos modelos de braço biônico. O britânico foi selecionado para receber o novo modelo, desenvolvido na Áustria por médicos e por uma companhia de robótica.

Garthwaite estima que serão necessários entre quatro e seis meses para ele aprender a controlar o novo braço e, dentro de pouco mais de um ano, ele poderá operar o braço normalmente. Veja a reportagem produzida pela BBC.

Fonte: BBC BRasil

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Cientistas ligam mão biônica diretamente ao cérebro de tetraplégico

Passo Firme – 28.01.2012
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Com a ajuda de um programa de computador, uma perna biônica, em testes nos EUA, pode “aprender” os movimentos mais comuns da pessoa e reproduzi-los com leves estímulos da coxa. Além de exigir menos esforço, a prótese é totalmente articulada, o que permite dobrar e esticar os joelhos e tornozelos de forma natural.

O mecanismo de funcionamento almejado é bastante simples: eletrodos conectados a nove músculos da coxa funcionam como antenas, captando sinais elétricos dos nervos. “É uma aproximação do que os nossos membros fazem”, diz Levi Hargrove (foto), pesquisador do Center for Bionic Medicine, em Chicago, instituição que conduz o projeto.

A prótese ainda está em testes, mas já tem bons resultados. A estudante Hailey Daniwicz (foto), 20 anos, treina no computador desde janeiro e já consegue dobrar e esticar os joelhos e tornozelos. A próxima etapa é começar a dar os primeiros passos. Hargrove espera que isso aconteça até o fim do ano.

Apesar do otimismo, ainda é cedo para dizer quando a prótese chegará ao mercado.

Fonte: Folha.com / Agência Reuters

Passo Firme – 22.01.2012
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Com a ajuda de próteses e muito treinamento, o atleta biamputado Robson Santos Almeida tornou-se um grande corredor e coleciona prêmios em atletismo.

A tradicional corrida da São Silvestre, que acontece no último dia do ano, atrai pessoas do mundo todo e pára as ruas da maior cidade da América do Sul. Há categorias e horários diferenciados para atender os diferentes públicos. A Associaçaõ Desportiva para deficientes alimenta os sonhos dos futuros campeões.

Por causa de uma leptospirose, Robson Santos Almeida teve os pés e as mãos amputados. Ele parece ter muita intimidade com as próteses. Para quem não o conhece, fica até difícil de acreditar na sua história de vida. “Quando eu acordei do coma, comecei a esticar as mãos tentando abrir as mãos e senti como se elas estivessem enfaixadas. Eu tentei abrir as mãos e não consegui”, lembra Robson.

Em pouco mais de um ano, a vida dele mudou completamente. Trocou a rotina dos tratamentos em hospitais para a dos treinos em academias. Ele começou a treinar em fevereiro e em cima da sua mesa já tem muitas medalhas e prêmios.

Para participar de maratonas, de corridas, o Robson tem que treinar e muito. Três vezes por semana ele vai para a academia fazer musculação e puxar ferro durante duas horas. “Tem que treinar bastante para o corpo ficar habituado a aquilo que a gente faz todo dia. Quando chega na hora da maratona a gente não tem como ficar com medo nem se afobar”, diz Robson.

O atleta participou da maratona de Nova York, de 42 quilômetros. “Foi um sonho, eu não esperava chegar lá. Foi muito gostoso participar da prova de Nova York”. “O Robson fez em 8 horas e 26 minutos a maratona. E através disso, a gente pode mostrar para a sociedade que esse cara pode tudo. Se pode correr oito horas, ele pode trabalhar oito horas, pode estudar oito horas e ter uma vida normal”, conta Paulo de Almeida, ultramaratonista.

Atletas com deficiência e cadeirantes participam de uma prova especial. O Parque do Ibirapuera, em São Paulo, é um dos locais de treinamento. Uma das turmas é da escola de esporte adaptado da ADD, Associação Desportiva para Deficientes. Uma das maneiras de incentivar as crianças é participar de competições. A última foi a São Silvestrinha no dia 27 de dezembro. “É uma oportunidade bem bacana porque elas estão competindo com outras crianças, sem deficiência. O evento por si só é bastante estimulante para eles”, diz Eliana Miada, fundadora e gestora da ADD.

“Antigamente, minha filha ela era mais fechada e hoje ela sabe que não é só ela que é uma cadeirante. Está se incluindo num mundo em que existem muitas crianças como ela”, diz Cheila Queiroz dos Santos, mãe de Ester, que participou da corrida.

Fonte: Ação

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Exemplos de vida e superação

Passo Firme – 12.01.2012
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Apesar de não serem tão novas quanto o ano… tecnologias como joelho com Bluetooth e pé protético que responde automaticamente aos desníveis de solo estão disponíveis no mercado e ainda são novidades para muita gente.

Graças à pesquisa e à alta tecnologia aplicadas ao mundo das próteses, tanto o risco como as diferenças entre as funções naturais do corpo humano e a substituição artificial se reduzem assombrosamente, até um ponto que muitos o acham ficção científica. Jens Müller (foto), especialista em próteses e figura muito reconhecida no setor, mostra à Agência Efe o que há de mais inovador no mercado.

PÉ INTELIGENTE – O “Pie Proprio” da empresa Ossur é um dos avanços que Jens Müller nos mostra em sua clínica ortopédica. O primeiro pé inteligente do mundo que responde instantaneamente a mudanças em desníveis do solo, modificando seu ângulo de inclinação. Até agora, as próteses de pé eram fixas em 90 graus. Esta novidade, como se fosse um tornozelo real, se adapta aos diferentes terrenos ao andar.

“Isto para os amputados é muito importante porque anteriormente, com os 90 graus fixos, a maioria tinha que fazer mais esforço e levantar a perna muito mais. Com este novo pé a elevação da prótese é menor, já que ao levantar eles podem arrastar a ponta no chão”, comenta Müller. “Um dos grandes problemas dos pés protéticos é o calçado. Quando o paciente muda os sapatos por outros de maior ou menor altura, automaticamente o resto da prótese já não serve”, diz o especialista.

O usuário, sobretudo, estava quase condenado a usar sempre o mesmo tipo de calçado com exatamente a mesma altura. O pé “inteligente” se ajusta, com um sistema de equilíbrio, ao salto do sapato.

BLUETOOTH PARA JOELHOS – A mesma empresa lançou a segunda geração de joelhos “Rheo”, que conta com a incorporação de Bluetooth para realizar ajustes e medições por computador, apresentando um melhor sistema para o controle e estudo do paciente. “A prótese controla perfeitamente cada passo no qual se encontra o paciente”, diz Müller. Um exemplo mais de inovação vem da companhia Otto Bock. Com o joelho “C-Leg Genium” os amputados poderão, pela primeira vez, imitar um passo da maneira mais parecida à forma biológica natural.

Segundo afirma Müller, “é mais um passo, a grande diferença está em que os usuários podem ter mais amplitude de atividade. Havia muitos obstáculos que eram impossíveis de resolver até esta última geração”. O aparelho tem uma posição de bloqueio e de marcha. Graças a bandas de dilatação, que mudam ao se pressionar o calcanhar e a ponta do pé, o joelho se bloqueia ou desbloqueia. Também tem a possibilidade de ser ativado mediante um comando à distância.

Como se fosse o Homem de Ferro, a tecnologia apresenta ao mundo o exoesqueleto, uma armação metálica externo, colocada por todo o corpo, que ajuda seu beneficiado a se movimentar. É um grande passo em pesquisa, mas ainda existem limitações. São lentos, volumosos e, sobretudo, caros. “Eles têm muita razão de existir para centros de reabilitação, já que ajuda muito o organismo o poder se movimentar, mas para o uso diário vejo que ainda há muitíssimo a fazer. Olhando para um futuro muito distante pode existir a possibilidade de realizar uma mistura pessoa-robô”, comenta o especialista.

O ortoprotético, que mostra uma grande preocupação com a integração social dos amputados, diz “o quanto são caras estas novidades e que para muitos são realmente obra de ficção”.

TECNOLOGIA BIÔNICA – Caminhar é algo que fazemos automaticamente mas, para usuários de próteses, é necessário pensar em como se caminha, especialmente sobre essas superfícies irregulares ou áreas não familiares. Segundo os especialistas é necessário um alto nível de aprendizagem. Para Müller este problema “deixaria de existir se puséssemos um microchip no cérebro conectado à prótese eletrônica, transmitindo informação, deixando-a agir sozinha, como se fosse uma perna saudável”. Realidade ou ficção? A resposta é “Tecnologia biônica”.

Em qualquer reviravolta do setor ortopédico se escuta falar da biônica. O objetivo é fazer trabalhar juntos sistemas biológicos e eletrônicos.

Daniel García Jurado, professor de desenho ortoprotético da Escola de Formação Ortoprotética da Andaluzia, sul da Espanha, explica: “A tecnologia biônica aplicada ao campo da protética tenta solucionar um problema que surge após a amputação de um membro. O cérebro manda informação ao membro e este atua. Em uma amputação, esta via de comunicação é cortada e a informação não flui. A biónica protética tenta reparar e tornar compatível um sistema mecânico-elétrico que restabeleça o “feedback” de informação”.

Embora já existam protótipos e a pesquisa tem focado nesta direção, por enquanto é uma opção distante no mercado, já que são projetos de grande envergadura financiados por entidades de renome como o projeto Darpa do Governo americano ou grandes multinacionais. Daniel destaca que em toda pesquisa haverá sistemas que acabarão sendo comercializados no futuro. “O desenvolvimento destas virá através da eletrônica e da vontade dos Governos e seguradoras de assumir o custo da inovação tecnológica”.

Respondendo à pergunta: “Algum dia um amputado poderá andar perfeitamente?” O professor diz: “Acho que a osteointegração (união diretamente do osso e da prótese mediante cirurgia) e a protética assistida, serão a culminação da protética perfeita. Isto nos aproximará mais do cinema de ficção”.

Embora seja muito pouco provável que a biônica proporcione poderes sobre-humanos, nos últimos 30 anos se avançou de forma espetacular no campo da tecnologia protética. O que uma vez parecia ficção científica está se tornando realidade de uma maneira vertiginosa. A emocionante fusão entre biônica e protética promete o surgimento de tecnologias que melhorarão em grande medida a mobilidade e o rendimento energético.

As pessoas que hoje em dia “caminham com o coração” poderão ver uma mudança em suas vidas em um futuro não tão distante.

Fonte: Agência EFE / (Via Yahoo Notícia)

Passo Firme – 03.01.2012
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A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), acaba de lançar uma chamada pública para Tecnologia Assistiva, em conformidade com o Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência – o Viver sem Limite – lançado pelo Governo Federal no no mês de novembro.

Serão R$ 20 milhões em recursos não reembolsáveis, ou seja, que não precisam ser devolvidos, para financiamento de projetos cooperativos entre empresas brasileiras e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs). O objetivo é o desenvolvimento de produtos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que aumentem a autonomia e a qualidade de vida de idosos, pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Há quatro linhas temáticas e cada uma é voltada para um tipo específico de deficiência: visual, auditiva, física e múltipla (que abrange dois ou mais tipos de deficiência). Softwares de reconhecimento de voz, impressoras Braille, tecnologia nanoeletrônica aplicada a aparelhos auditivos e próteses para articulações são alguns exemplos de produtos que podem ser viabilizados por meio deste edital.

A seleção de projetos se realizará em duas etapas. Na primeira, a empresa proponente, de forma individual ou em associação com outras empresas, deverá apresentar uma Carta de Manifestação de Interesse. O envio poderá ser feito até o dia 3 de fevereiro de 2012. A segunda etapa consiste na apresentação da proposta completa submetida pela ICT parceira. As instituições participantes precisam ter, no mínimo, três anos de existência.

Os recursos financeiros são oriundos do FNDCT e pelo menos 30% serão aplicados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Caso o valor total das propostas selecionadas para aprovação, oriundas dessas regiões, seja inferior a esse percentual, os recursos não aplicados serão automaticamente transferidos às propostas de outras regiões com melhor classificação.

A data prevista para a divulgação do resultado final é 10 de julho de 2012. Veja a nota do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloízio Mercadante, sobre o edital.

Fonte: Portal Finep

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Como o “Viver sem Limite” vai beneficiar amputados e demais pessoas com mobilidade reduzida

Passo Firme – 02.01.2012
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Dois corredores amputados brasileiros – Paulo Almeida e Robson Santos (ambos de preto na foto acima) – respiram o esporte e dão lição de vida e superação a atletas e paraatletas na Maratona de Nova York 

Com o objetivo de superar as suas dificuldades, o ultramaratonista Paulo Almeida, 44 anos, viu na corrida uma forma de mostrar para a sociedade o que um indivíduo sem um membro é capaz de fazer e servir de exemplo para todos aqueles que estão inconformados e desanimados com a vida. Paulo perdeu a perna há doze anos em um grave acidente de trabalho, e hoje é tetracampeão da Maratona de Nova York (NY).

“A corrida era a oportunidade que eu tinha de compartilhar com outras pessoas uma atividade no mesmo nível, de igual para igual”, disse Paulo. Há doze anos, Paulo Almeida sofreu um grave acidente de trabalho. Uma empilhadeira caiu sobre seu pé direito e, infelizmente, teve que amputar a perna. Passou por cirurgias, fisioterapias, momentos de angústia e depressão, até que, um dia, assistindo a um paraatleta competir no triatlo, resolveu usar uma prótese e voltar a viver.

O atleta correu em três ultramaratonas na África do Sul (Comrades), na qual foi o único com prótese a disputar a competição, é vencedor das maratonas de Chicago e da Disney e, no Brasil, medalhista de ouro nas maratonas de São Paulo e Rio de Janeiro, todas na categoria amputados. Em novembro, consagrou-se tetracampeão da Maratona de NY, na categoria amputados, com tempo de 4h23m. Essa competição foi especial porque ele pode contar com a companhia de Robson Santos Almeida, recém-amputado das duas pernas e, juntos, participaram do evento.

PARCERIA – “O Robson apareceu na minha vida de uma forma muito especial, mostrando não só para mim, mas para todas as pessoas, que todos nós temos limitações e que temos que superá-las”, concluiu Paulo, emocionado. “Conheci o Robson na clínica de reabilitação Centro Marian Weiss (CMW), na Vila Madalena, em São Paulo. Ele havia acabado de ter os membros superiores e inferiores amputados e estava em choque com a nova fase. Tive a oportunidade de ajudá-lo a enfrentar esse momento difícil com a minha experiência de superação e motivação. E assim comecei a animá-lo e treiná-lo”, explicou o ultramaratonista.

Robson Santos, 35 anos, teve, há um ano e meio, leptospirose (doença da urina do rato);  pneumonia aguda; infecção hospitalar e meningococcemia, uma bactéria que entra no organismo e provoca infarto na circulação de extremidades, muitas vezes, nos braços, nas pernas, ponta de nariz, ponta de orelha,  extremidades do organismo. Mesmo com todas as dificuldades, Robson deu a volta por cima e, com meses de protetização, já participou de maratona fora do país.

AÇÃO – Tive a honra de conhecer o Paulo e o Robson no CMW, quando soube do próprio Robson Santos que eles participaram recentemente de uma gravação do programa AÇÃO, da TV Globo, para falar de suas experiências no esporte adaptado como atletas amputados. A entrevosta, concedida à jornalista Júlia Bandeira, foi ao ar neste sábado (31).

Com informações do Globo Esporte / Fotos: Divulgação

Passo Firme – 31.12.2011
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Com investimentos de R$ 7,5 bi e participação técnica de associações ligadas aos setores de ortopedia técnica e tecnologia assistiva, o programa vai amputados e demais pessoas com algum tipo de deficiência no país, melhorando o acesso destes cidadãos aos direitos básicos.

No último dia 17 de novembro, o Brasil iniciou uma nova fase para as mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência (IBGE 2010) e as cerca de sete mil empresas do setor. Foi lançado pela presidente Dilma Rousseff o Plano Nacional da Pessoa com Deficiência, também conhecido como Viver sem Limite. O programa, que prevê diversas metas para o setor até 2014, pretende beneficiar amputados e demais pessoas com mobilidade reduzida, através da participação técnica da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec), Associação Brasileira de Tecnologia Assistiva (Abteca) e Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef), além outras entidades ligadas ao setor, nas comissões do Plano Nacional, como o Comitê de Ajudas Técnicas.

A iniciativa integra ações de 15 órgãos federais, sob a coordenação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e tem como meta orçamentária investir R$ 7,5 bilhões até 2014. Os investimentos serão feitos para atender quatro diferentes eixos: educação, acessibilidade, saúde e inclusão social. Para que os recursos destinados pelo programa tenham o melhor aproveitamento possível, o Governo Federal conta com o envolvimento das entidades privadas, representadas em boa parte pelas três associações, como orientadoras das necessidades da indústria e dos consumidores dos produtos de tecnologia assistiva.

BENEFÍCIOS – De acordo com o presidente da Abridef, Rodrigo Rosso, o envolvimento da indústria dentro do Plano Nacional norteará o desenvolvimento de uma série de benefícios em escala, por conta do conhecimento e experiência da iniciativa privada dentro do setor, know-how que permitirá a melhora de condições de formação de mão de obra qualificada até o consumidor final. “A proposta causará uma verdadeira revolução na vida das pessoas com deficiência e para as empresas do setor” afirma, explicando que várias reformas serão feitas e vários fomentos serão disponibilizados à indústria nacional e ao mercado, dando condições para as indústrias produzirem mais e com mais qualidade tecnológica. “As lojas por sua vez venderão mais produtos e de melhor qualidade, com facilidade na comercialização”, analisa.

Para que a fomentação da indústria seja aplicada, o Plano Nacional da Pessoa com Deficiência prevê uma linha de crédito que visa o desenvolvimento de tecnologia das empresas fabricantes e prestadoras de serviços para pessoas com deficiência, em parceria com universidades do Brasil, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Outra ação que incentivará economicamente o desenvolvimento do novo programa do Governo Federal é a abertura de microcrédito para as pessoas que necessitam de tecnologia assistiva, intermediados pelo Banco do Brasil. Nessa diretriz, qualquer pessoa que tenha até 10 salários mínimos poderá pedir financiamento para a compra de produtos, com taxas de 0,64% ao mês, carência de 180 dias e prazo de 60 meses para pagar.

ORTOPEDIA TÉCNICA – Para o presidente da Abotec, Joaquim Cunha, o programa do Governo poderá trazer uma série de benefícios para os consumidores e a indústria de ortopedia técnica. “Com a possibilidade de obter microcrédito, as pessoas que possuem necessidade de tecnologia assistiva poderão ter livre escolha de procurar qual é o melhor produto, dentro daquilo que ela busca. A iniciativa vai gerar competitividade entre as empresas, estimulando a qualificação”, explica.

Dentro do escopo do Plano Nacional, a meta é chegar até 2014 com um número bem maior de profissionais qualificados para a prestação de serviços que possam atender a indústria e as pessoas com deficiência. Nesse processo estão inclusos a criação de 19 Centros de Formação Técnica de Profissionais, cerca de 660 protesistas e ortesistas, além de 45 Centros de Referência de Reabilitação (intelectual, visual, física e auditiva).

Há anos a Abotec vem promovendo cursos técnicos de capacitação para ortesistas e protesista, por isso reconhece a importância da qualificação de profissionais do setor. “Sabemos dessa necessidade, porque quando se fala de Tecnologia Assistiva, nos referimos aos serviços e produtos especializados e, principalmente, personalizados. Por isso, é de extrema importância a capacitação dessas pessoas que os assistem e que produzem os equipamentos que vão auxiliá-los. Mas, o mais importante é que a política voltada para esse atendimento e assistência venha a priorizar a qualidade e não o atendimento em massa”, comenta Cunha.

MERCADO DE TRABALHO – Com relação às atividades profissionais, será estimulado o ingresso da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, com a garantia do retorno ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), no caso de desemprego, e a possibilidade de acúmulo do benefício com a renda do contrato de aprendizagem. Além disso, por meio do Programa BPC Trabalho, beneficiários serão acompanhados e orientados, com o objetivo de incluí-los no mercado de trabalho.

REPRESENTATIVIDADE – A força e a representatividade da Abotec, Abridef e a Abteca no desenvolvimento de ações às pessoas com deficiência fez com que as entidades fossem convidadas pelos órgãos do Governo Federal, por meio dos ministérios de Ciência e Tecnologia e dos Direitos Humanos, a participar do Plano Nacional, apoio esse oficializado no último dia 8 de novembro, com a entrega do documento de intenções assinado pelas três entidades. Juntas as instituições representam diretamente cerca de 400 empresas do segmento.

A Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec) é uma entidade que se preocupa com o desenvolvimento técnico-científico da Ortopedia Técnica do Brasil. Atua há 23 anos no aprimoramento de profissionais com treinamento técnico e humanístico para o melhor resultado em reabilitações físicas e no atendimento às pessoas com deficiência física.

A Associação Brasileira das Indústrias de Revendedores de Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef) foi fundada em 2010 com o objetivo de equilibrar o mercado com produtos e serviços condizentes com as normas técnicas, garantindo a segurança do consumidor final. A entidade conta hoje com mais de 30 associados que atuam nas categorias acessibilidade, serviços, plataformas e elevadores, cadeiras de roda, automóveis e outras.   Uma de suas funções é buscar o cumprimento de normas legais e padrões técnicos pertinentes às atividades de cada associado, pretendendo certificar os fabricantes com um selo de qualidade.

A Associação Brasileira de Tecnologia Assistiva (Abteca) tem por missão e objetivo estimular a atuação de organizações privadas, voltadas à promoção da autonomia e independência das pessoas com deficiência, atuando como referência de especificação e qualificação de produtos e serviços destinados à Tecnologia Assistiva.

Fonte: Ascom Abotec

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Os desafios do “Viver sem Limites”

Passo Firme – 30.12.2011
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O medicamento previne tromboses e poderá ser usado em pacientes adultos submetidos à  colocação de prótese de joelho e anca, evitando complicações como a amputação de membros

Já está disponível no Brasil o medicamento Eliquis® (apixabana), aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em julho deste ano. Trata-se de um anticoagulante oral indicado para a prevenção de tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes adultos submetidos à artroplastia electiva, cirurgia de colocação de prótese de joelho e anca.

Fruto de uma parceria entre os laboratórios Bristol-Myers Squibb e Pfizer, o Eliquis® já está aprovado em 27 países europeus, após liberação pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Por ser um medicamento oral, o doente que passou pelas cirurgias ortopédicas não precisará realizar o tratamento com injecções periódicas, que podem causar desconforto e a não adesão à terapêutica.

O anticoagulante age de forma rápida no organismo (3 a 4 horas após a ingestão do comprimido) e pode ser iniciado entre 12 a 24 horas depois da cirurgia. A sua dose possibilita um intervalo de tempo adequado para que o médico observe e estabilize os pacientes pós-cirúrgicos.

Segundo dados da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a incidência de TEV no Brasil é de 0,6 casos para cada mil habitantes e compreende duas manifestações: a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre quando há a formação de coágulos nas veias profundas dos membros inferiores ou pelve; e a embolia pulmonar (EP), que surge quando os coágulos se desprendem dos membros inferiores, caem na circulação e migram para os pulmões, podendo levar ao bloqueio parcial ou total das artérias, chegando até a casos de morte.

Fonte: RCM Pharma

Passo Firme – 28.12.2011
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Paciente do sexo masculino, entre 20 e 30 anos, foi submetido a transplante de ambas as pernas em julho deste ano e – acreditem – já consegue dar passos dentro de piscina.

O jovem que foi submetido a uma pioneira e inédita cirurgia de transplante de ambas as pernas num hospital de Valência, em Espanha, já dá passos na piscina e, dentro em breve, vai começar a andar em barras paralelas. A confirmação foi feita à agência espanhola EFE pelo cirurgião Pedro Cavadas (foto).

A operação ocorreu em julho deste ano no hospital La Fe de Valência e três semanas depois o jovem recebeu alta. Desde então, o transplantado iniciou uma série de exercícios de reabilitação e até ao momento não sofreu nenhuma complicação relevante.

De acordo com o médico Pedro Cavadas, ainda que faltem muitos meses até que possa caminhar sem ajuda, de forma autónoma, “tudo ocorre conforme o prognosticado” e o paciente está muito contente. O transplante bilateral de pernas envolveu cinquenta profissionais de saúde durante muitas horas de intervenção. O mesmo cirurgião tinha feito, em agosto de 2009, o primeiro transplante do mundo de rosto, incluindo mandíbula e língua a um homem de 43 anos.

Fonte: Agência EFE / Site Tvnet

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Primeiro transplante duplo de pernas no mundo é realizado na Espanha
Jovem que recebeu transplante duplo de pernas poderá caminhar em alguns meses
Vida X Transplantes – Placar 0 X 0

Passo Firme – 27.12.2011
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