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Os 15 anos da mais tradicional publicação brasileira especializada em pessoas com deficiência foram comemorados com um coquetel e uma solenidade (foto) que reuniram mais de 650 pessoas no Memorial da América Latina, em São Paulo, no último dia 24 de outubro. Entre os presentes colaboradores, amigos, leitores, assinantes, parceiros e anunciantes, que lembraram a trajetória da publicação, desde o primeiro número, quando quase ninguém acreditava que ela pudesse ter sucesso.

Na época, o público composto pelas pessoas com algum tipo de deficiência era praticamente “invisível” aos olhos da mídia e da sociedade em geral, o que tem mudado nos dias atuais, mesmo que a passos lentos. Hoje, com 88 números publicados, ininterruptamente, desde seu lançamento em 1997, a revista tem tiragem de 20 mil exemplares e chega a assinantes em todo Brasil e mais de 15 países.

A festa foi aberta com a execução ao piano do Hino Nacional brasileiro por Júlio César de Souza, ex-jogador de futebol – Corinthians e Seleção Brasileira – que ficou surdo, ao lado do ex-narrador esportivo Osmar Santos. Em seguida, a cantora e compositora Celelê e suas alunas, Daniela, que tem Síndorme de Down e Yolanda, com deficiência visual, cantaram o “hino da pessoa com deficiência”, a música “Igual a você”, de sua autoria.

HOMENAGENS – No ponto alto da noite, uma homenagem a muitos que participaram da vida da Revista Reação em seus 15 anos de vida. Mais de 90 pessoas receberam uma placa comemorativa de honra ao mérito: “Juntos, estamos ajudando a mudar o Brasil e transformando uma nação. Com nosso trabalho, estamos construindo o futuro e um mundo melhor, em busca de uma sociedade plena e inclusiva”, dizia parte do texto da placa.

Entre os muitos agradecimentos dos homenageados, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, resumiu a importância da revista, lembrando que ele também está há 15 anos no CPB: “quando comecei, me socorri muito nas páginas da Reação, porque eu tinha uma história no esporte, mas faltava um conhecimento maior sobre as pessoas com deficiência e a revista me ajudou muito”.

‘DIVISOR DE ÁGUAS’ – Os presentes também puderam ver uma exposição de quadros pintados pelo ex-narrador esportivo Osmar Santos e de peças do escultor Toso, que tem como temática diferentes tipos de deficiências, além de conhecerem o trailer do filme “Colegas”, vencedor do Festival de Cinema de Gramado, que traz como protagonistas três atores com Síndrome de Down. A comemoração foi encerrada com um show do humorista cego Geraldo Magela.

“A festa, reunindo tanta gente, tantos amigos queridos e parceiros destes 15 anos, traduz o que a Revista Reação representa para o setor. Com muita honra, podemos afirmar que a publicação foi um divisor de águas no universo da pessoa com deficiência, e responsável por muito do respeito e reconhecimento conquistado por essa considerável parcela da população brasileira. A credibilidade que a publicação conquistou no decorrer dos anos, é fruto do trabalho sério, ético e do amor empregado em cada edição”, afirma Rodrigo Rosso, fundador e editor da Revista Reação.

Fonte: Assessoria

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Passo Firme – 29.10.2012
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Revista Reação comemora seus 15 anos de publicação com grande festa em São Paulo

A Revista Nacional de Reabilitação (foto), conhecida simplesmente como Revista Reação, acaba de completar 15 anos de publicação. O aniversário será marcado por uma festa que vai ser realizada no Memorial da América Latina, em São Paulo, na próxima quarta-feira (24). Editada pela C & G 12 Comunicação e Marketing, a Reação tem uma trajetória de empenho na defesa dos interesses do setor, espelhando as principais lutas e conquistas das pessoas com deficiência.

Em 1997, quando a revista começou a ser editada, as pessoas com deficiência eram praticamente invisíveis aos olhos da sociedade. Muita coisa mudou desde aquela época. Educação, saúde, trabalho, esporte, sexualidade, direito, inclusão e acessibilidade, são alguns dos temas que a revista acompanha a cada bimestre. O que permanece, desde a fundação, é a maneira pela qual a questão é tratada, sem paternalismo nem sensacionalismo, com dignidade e respeito.

Nos 88 números editados até agora, a revista quis marcar uma posição: “Tenho consciência que a revista contribuiu, e muito, para que a sociedade e o mercado começassem a ver as pessoas com deficiência como cidadãos e consumidores”, afirma o editor Rodrigo Rosso.

Com tiragem de 20 mil exemplares e leitores em 15 países, a revista chega diretamente na casa dos assinantes, já que não tem venda em banca, tendo se tornado uma referência na imprensa brasileira ao tratar especificamente desse segmento da população: pessoas com deficiências físicas, auditivas, visuais, intelectuais e múltiplas, mobilidade reduzida, seus familiares e profissionais do setor.

A FESTA – Na confraternização do próximo dia 24 haverá show com o humorista cego Geraldo Magela; exposição de telas pintadas por Osmar Santos e de esculturas de Toso, com temática sobre deficiências; projeção do trailer do filme “Colegas”, vencedor do Festival de Gramado, estrelado por atores com Síndrome de Down; o ex-jogador da Selação Brasileira e do Corinthians, Júlio César de Souza, hoje surdo, tocará o Hino Nacional ao piano e a cantora e compositora Celelê apresentará o Hino da Pessoa com Deficiência.

O ponto alto da noite será a homenagem a cerca de 90 personalidades e empresas que se destacaram no setor. Receberão placas comemorativas o assinante número 1 da Revista Reação, Klaus Baumrgart; o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira; o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), Moisés Bauer; a secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Batistella; as deputadas federais Mara Gabrilli e Rosinha da Adefal; o deputado federal Otávio Leite, a deputada estadual Célia Leão e o deputado Rafael Silva; o cartunista Ricardo Ferraz, o Maestro João Carlos Martins e o jornalista Jairo Marques, entre outros.

Haverá, ainda, uma exposição das capas das revistas publicadas até agora e um coquetel de confraternização.

Serviço:

Quem: Revista Reação
O quê: Aniversário de 15 anos
Quando: Quarta-feira, dia 24/10, às 19h30
Onde: Memorial da América Latina – Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – portão 12 – São Paulo/SP. Obs.: entrada mediante confirmação de presença em contato@revistareacao.com.br

Passo Firme – 20.10.2012
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Enquanto o mundo celebra as extraordinárias conquistas dos atletas paralímpicos nos Jogos de Londres, pessoas com deficiências em todo o mundo enfrentam desafios cada vez mais sérios na luta por espaço no mercado de trabalho. As limitações físicas, aliadas ao preconceito e ignorância, ficam ainda mais difíceis de superar em tempos de recessão econômica.

Muitos acreditam que a tecnologia – que auxiliou tantos atletas durante as Paralimpíadas – tem um papel importante em permitir que o portador de necessidades especiais se destaque também fora do Parque Olímpico, realizando seu potencial nas mais diversas profissões. A BBC ouviu alguns dos profissionais que trabalham para isso.

REVOLUÇÃO BIÔNICA – Um dos líderes na batalha para que a tecnologia abra os caminhos do mundo aos portadores de deficiências é o americano Hugh Herr (foto), professor do Media Lab do MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos. Ele acredita que os avanços da tecnologia biônica podem liberar o potencial de uma força de trabalho que, até agora, vinha sendo subutilizada. “Eu prevejo uma revolução de biônicos”, diz Herr. “Estamos entrando em uma era biônica, onde começamos a ver tecnologia que é sofisticada o suficiente para imitar funções fisiológicas importantes”, acrescenta.

Como diretor da companhia iWalk – que fabrica próteses robóticas que imitam as funções de membros do corpo humano – Herr trabalha com biônicos diariamente. Além disso, o professor personifica a revolução que prevê. Durante uma mal sucedida expedição de alpinismo em 1982, Herr sofreu ulcerações tão graves provocadas pelo frio que suas pernas tiveram de ser amputadas abaixo dos joelhos. Hoje, graças aos produtos que ele próprio desenvolveu, Herr continua a praticar alpinismo.

As próteses biônicas que produz são tão avançadas que não apenas imitam as funções de uma perna humana normal – elas são, em vários aspectos, superiores. E estão disponíveis comercialmente em outros 50 centros espalhados pelos Estados Unidos. Um cliente da iWalk, um trabalhador de uma fábrica em Ohio, conseguiu voltar ao trabalho apenas duas semanas após ter suas novas pernas ajustadas.

“Podemos colocar as pessoas de volta no trabalho, o que é (uma conquista) imensa. Só isso custaria ao Estado milhões de dólares”, explica Herr. Na opinião dele, quando uma pessoa manca, há efeitos colaterais, como dor nas costas e nas juntas. E eles tendem a aumentar com o passar dos anos. “Tivemos pacientes cuja dor foi cortada pela metade, ou em 75%, o que é bastante.”

COMBATENDO O ESTIGMA – Para alguns, no entanto, não se trata de retornar ao antigo emprego e, sim, de conseguir um trabalho. Barbara Otto (foto) é diretora da ONG Think Beyond the Label (Pense além do rótulo, em tradução livre), que tenta auxiliar empresas a contratar pessoas com necessidades especiais. “Estamos entrando em uma era biônica, onde começamos a ver tecnologia que é sofisticada o suficiente para imitar funções fisiológicas importantes”, avalia.

A ONG criou um portal digital que funciona como uma rede social, permitindo que empregadores e força de trabalho façam contato e organiza feiras online onde empresas e candidatos a empregos podem se encontrar. “A grande vantagem dessas feiras profissionais online é que não há necessidade de que as empresas viajem, e não há a necessidade de que as pessoas com deficiências viajem para um determinado local. Isso acaba com quaisquer inibições que um empregador possa ter, ou que uma pessoa portadora de deficiência possa ter, ao entrar em contato.”, explica.

Bárbara acredita que empresas têm muito a ganhar ao empregar pessoas com necessidades especiais. “Sempre digo, se você quiser contratar alguém que pense diferente, empregue uma pessoa com alguma deficiência. Quando buscamos inovações em design, tecnologia ou em usos de softwares, pessoas com deficiências são sempre capazes de oferecer essa inovação que faltava porque precisam inovar na sua vida diária”, afirma.

CRÍTICAS – Outra importante frente de batalha na luta para colocar pessoas com deficiências no mercado profissional é garantir a eles o acesso ao local de trabalho. “A tecnologia terá um papel central nesse processo”, disse Alan Roulstone, professor de inclusão da Northumbria University, no norte da Inglaterra. Ele acredita que a grande estrela nesse palco são as tecnologias de navegação adaptadass para uso em prédios de escritórios.

“Tendo em vista a maneira como a telefonia e as tecnologias de GPS estão se desenvolvendo, acho que é apenas uma questão de tempo para que você tenha apps para celulares que permitam que pessoas com deficiências visuais, declínio cognitivo ou dislexia naveguem pelo ambiente.”

Alguns observam com cautela a emergência de tecnologias capazes de nos levar além das fronteiras da natureza – particularmente no caso dos biônicos, que podem ser usados para aumentar as capacidades do corpo humano.

No entanto, essas questões não preocupam Hugh Herr, do MIT Media Lab. “Existe tanta dor e sofrimento no mundo hoje por causa de corpos que não funcionam muito bem. A narrativa dominante é construir uma sociedade onde essa dor e sofrimento sejam reduzidos. As pessoas, em geral, não acham que isso não seja ético, mas eu não consigo ver um problema em irmos além do que a natureza pretendia. Nós já fazemos isso, com celulares, bicicletas, carros e aviões.”

Fonte: BBC Brasil

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Passo Firme – 14.09.2012
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Há menos de seis meses para os Jogos de Londres, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) divulgou em seu site oficial uma matéria informando quais países conquistaram o direito de participar das Paralimpíadas de 2012 nos esportes coletivos. Atrás apenas da anfitriã Grã-Bretanha, que tem direito a representantes competindo em todas as modalidades, o Brasil é o país que terá maior a participação.

Os Jogos Paralímpicos de Londres acontecerão entre os dias 29 de agosto e 9 de setembro e das nove modalidades coletivas, o Brasil estará presente em sete. As modalidades do Futebol de 5 (deficientes visuais), Futebol de 7 (paralisados cerebrais), Goalball Masculino e Feminino, Basquete em Cadeira de Rodas Feminino e Vôlei Sentado Masculino e Feminino terão equipes brasileiras em busca do lugar mais alto do pódio. Apenas o Rúgbi e o Basquete em Cadeira de Rodas Masculino não serão representados.

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, destaca que o fato demonstra o alto nível e a força do Esporte Paralímpico do Brasil, além de ser fruto de um planejamento técnico realizado em longo prazo. “Não buscamos apenas o ganho de medalhas, mas também o crescimento e consolidação do esporte adaptado no País. Estamos no caminho certo. O Brasil é forte candidato à vitória em quase todos os esportes coletivos”, afirma Parsons.

Ainda segundo o presidente do CPB, a Seleção Brasileira de Futebol de 5, bicampeã mundial e paralímpica, faz do Brasil uma das potências da modalidade, além de favorita ao ouro. “No Vôlei, a equipe masculina tem reais chances de medalha e as meninas conquistaram pela primeira vez o direito de participar de uma Paralimpíada.  O Goalball fez bonito no Parapan de Guadalajara. No masculino conquistamos o ouro e no feminino a prata, perdendo para os Estados Unidos, atual campeão paralímpico. Nosso Futebol de 7 sempre briga por pódio e tem boas chances”, analisa Parsons.

As conquistas das vagas vão ao encontro com o planejamento técnico do CPB, que analisou o crescimento do Brasil no cenário paralímpico de Barcelona-1992 até hoje. Em relação às conquistas de medalhas de ouro, o País teve um crescimento de 433% nos últimos Jogos.

O diretor do Departamento Técnico, Edilson Alves da Rocha Tubiba, avalia que a forte presença brasileira nos Jogos de Londres é um dos objetivos já alcançados pelo Comitê. “Ao nos classificarmos em sete das nove vagas, percebemos que o planejamento vem sendo bem executado. Isso prova que caminhamos em direção a nossa meta: ficar entre as 10 maiores potências paradesportivas do planeta.”, conclui.

Confira os classificados em esportes coletivos:

Futebol de 5
Brasil, China, França, Espanha, Grã-Bretanha, Argentina, Irã e Turquia

Futebol de 7
Brasil, Ucrânia, Irã, Grã-Bretanha, Rússia, Holanda, Argentina e EUA

Goalball
Masculino: Brasil, Homens: Finlândia, Turquia, Bélgica, Canadá, Lituânia, China, Irã, Suécia, Argélia, Grã-Bretanha e Coréia

Feminino: Brasil, Canadá, EUA, Suécia, China, Finlândia, Grã-Bretanha, Dinamarca, Austrália e Japão

Basquete em cadeira de rodas
Masculino: África do Sul, Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha, Polônia, Turquia, Itália, Japão, Austrália, Canadá, EUA e Colômbia

Feminino: Brasil, Alemanha, Holanda, Grã-Bretanha, França, Austrália, China, EUA, Canadá e México

Rúgbi
Bélgica, Suécia, França, Grã-Bretanha, Canadá, EUA, Austrália e Japão

Vôlei sentado
Masculino: Brasil, Irã, Bósnia e Herzegovina, Egito, Grã-Bretanha, Rússia, Ruanda, Alemanha, Marrocos e China

Feminino: Brasil, China, EUA, Ucrânia, Grã-Bretanha, Países Baixos, Eslovénia e Japão

Fonte: CPB e FinalSports

Passo Firme – 27.03.2012
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