Com as festas juninas, muito comum no Nordeste do país nesta época do ano, aumenta o perigo de acidentes com fogos de artifício. A brincadeira perigosa causa queimaduras, amputações, lesões na visão e audição e até a morte. As pessoas mais atingidas têm idades entre 20 e 49 anos – 39% dos óbitos registrados entre 1996 e 2009. Entre as crianças de 0 a 14 anos, o percentual de óbitos foi de 23%.
Segundo dados do Ministério da Saúde, de 2008 a abril de 2011, 1.382 pessoas foram internados para tratamento de queimaduras por acidentes com fogos de artifício, com destaque para os estados da Bahia (296 hospitalizações), São Paulo (289) e Minas Gerais (165). No Espírito Santo, foram 18 internações, no mesmo período. Em média, são registradas mais de 100 internações durante o período de festas juninas, que têm início nas quermesses de maio e vão até julho, dependendo da região. No ano passado, 168 pessoas foram internadas neste período.
Entre 1996 e 2009, 122 pessoas foram vítimas fatais de acidentes por queima de fogos, em todo o país. Neste período, a região Nordeste apresentou 48 óbitos, perfazendo 39% dos casos registrados em todo o país no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Em seguida, aparecem as regiões Sudeste, com 41 óbitos (34% dos casos) e Sul, com 21 óbitos (17%). Já o Centro-Oeste e o Norte registraram, juntos, 12 óbitos, equivalentes a 10% dos casos.
CUIDADOS – “Todo cuidado é pouco quando se trata de fogos de artifício”, alerta Marta Silva, coordenadora da área técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. O ideal é evitar manuseá-los, mas caso tenha que fazê-lo, siga sempre as instruções do fabricante, como jamais carregar bombinhas nos bolsos e nunca acender próximo ao rosto.
Também é importante evitar associar a brincadeira com fogos ao uso de bebida alcoólica. Para não transformar a festa junina em uma tragédia, jamais deve se dar qualquer tipo de fogos de artifícios para menores de 18 anos e evite que as crianças estejam expostas aos riscos das explosões”, alerta a especialista.
Em caso de acidente, as pessoas devem lavar o ferimento com água corrente, evitar tocar na área queimada e não usar nenhuma substância sobre a lesão – como manteiga, creme dental, clara de ovo e pomadas. Procure o serviço de saúde mais próximo, para atendimento médico adequado. Para saber se existe alguma unidade de saúde de referência no atendimento de queimados na sua cidade, entre em contato com a Secretaria de Saúde do seu estado ou município.
Veja na reportagem do Hoje em Dia quem são as principais vítimas e como prevenir acidentes.
Com informações: Portal R7 e Ministério da Saúde / Foto: ATarde
Passo Firme – 16.06.2011
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