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Pacientes que antes corriam o risco de enfrentarem a terrível experiência da amputação podem ter maior qualidade de vida e manter o membro afetado com a técnica cirúrgica de reconstrução óssea

Nos últimos 10 anos, houve um incremento de 20% na gravidade dos traumas causados por acidentes de trânsito, segundo o Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, órgão ligado à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. Os acidentes com motocicletas são os grandes responsáveis. Em dez anos o número de pacientes com politraumas (fratura com comprometimento de algum outro órgão) aumentou de 13% para 21%, pacientes com mais de uma fratura passaram de 26% para 31% e pacientes com fraturas multifragmentadas o número subiu para 7%.

No mundo todo, houve um salto nos gráficos de acidentes de trânsito, principalmente relacionados à motocicletas, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2009 foram 1, 3 milhões de mortes por acidentes de trânsito em 178 países do mundo. E em 2020, se nada for feito, estima-se que teremos 1,9 milhões de mortes por acidentes de trânsito. Sabe-se que entre 30 e 50 milhões de pessoas sobrevivem com traumatismos e feridas. Os acidentes com motocicletas são a primeira causa de morte para jovens entre 15 e 29 anos.

Este quadro levou a Organização das Nações Unidas a criar a Década de Ação pela Segurança no Trânsito – 2011/2020. Recente estudo da American Academy of Orthophaedic Surgeons (AAOS) investigou o quanto os acidentes provocados por motocicletas são perigosos. Descobriu-se que os motociclistas norte americanos possuem 37 vezes mais chances de morrer, por milha viajada, do que estando em um automóvel. Grande parte do problema nos EUA, e que também é parte das causas dos acidentes com motos no Brasil, está relacionado ao pouco uso do capacete, o que acaba provocando mais traumas cranianos severos e alta mortalidade. As lesões músculo-esqueléticas mais prevalentes são as fraturas nas extremidades e na coluna vertebral.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, em menos de dez anos o número de acidentes com motociclistas triplicou. E, a cada seis meses, deixa mais de 100 mil pessoas inválidas. O aumento do número de motociclistas nas ruas que corresponde a uma frota de mais de 16 milhões de motocicletas aliado à necessidade de viabilização de políticas mais consistentes de tráfego, fiscalização e educação para o trânsito são fatores relevantes para este quadro.

TRATAMENTO – Na medicina, à luz dos avanços científicos, também advindos da observação das circunstâncias da atualidade, a sub-especialidade da Ortopedia denominada Reconstrução e Alongamento Ósseo, tornou-se hoje, uma alternativa para pacientes que antes recebiam indicação de amputação dos membros inferiores e superiores.

A reconstrução óssea, através da delicada e precisa técnica de colocação de fixadores externos vem oferecer a possibilidade de um recomeço para muitos pacientes que poderiam passar pela difícil experiência da perda de um membro de seu corpo e consequente perda de sua qualidade de vida, cujos reflexos atingem toda a família.

A cirurgia consiste, após sedação, na instalação do fixador externo – uma estrutura metálica cilíndrica ou linear, ligada por fios e pinos rosqueados, inseridos no osso, o qual, após secção, permite o alongamento ou transporte ósseo. Na recuperação, o paciente tem, em média, evolução de dois meses, para os casos mais simples, há um ano para casos mais complexos.

As indicações para a reconstrução óssea não se restringem somente aos acidentes e traumas, como também às infecções ósseas, deformidades congênitas e doenças degenerativas como a artrose.

Segundo Ayres F. Rodrigues, diretor técnico responsável pelo Instituto Fixative de Reconstrução e Alongamento Ósseo, “há ainda, um grande desconhecimento sobre as possibilidades oferecidas por esta técnica cirúrgica, que pode ser decisiva para a qualidade de vida do paciente. Faltam informações básicas inclusive para pacientes que já usaram o fixador ou que fazem uso dele, atualmente. Recebo inúmeras perguntas em meu blog de pessoas com dúvidas sobre o uso do fixador externo. No Instituto Fixative, o paciente recebe, na primeira visita, um informativo com orientações básicas sobre o que é Reconstrução e Alongamento Ósseo, o que são fixadores externos, indicações clínicas e sobre o pós-operatório. Na nossa concepção ele tem que ser assistido antes, durante e depois do tratamento”, diz ele.

As mudanças são possíveis, se num futuro próximo, as ações convergirem e priorizarem o bem estar e qualidade de vida do indivíduo nas grandes cidades.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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Passo Firme – 05.08.2012
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O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (8) uma série de cuidados a serem tomados durante a realização das tradicionais festas juninas. De acordo com a pasta, o número de acidentes que resultam em queimaduras aumenta significativamente nesta época do ano em razão do uso de fogos de artifício e de fogueiras.

O alerta vale, sobretudo, para casos que envolvem crianças e que podem variar de queimaduras leves a gravíssimas, capazes de provocar a perda dos dedos das mãos ou mesmo de músculos.

A orientação é evitar fogos de artifício e, no caso de uso, não permitir que crianças manuseiem o produto. Outra medida de prevenção é não estourar foguetes próximo a residências, além de sempre utilizar equipamentos de proteção, já que o contato direto com a mão aumenta o risco de o rojão provocar uma amputação.

Em casos de acidente e quando a queimadura já tiver ocorrido, o ministério orienta que a vítima seja levada imediatamente ao serviço de saúde mais próximo. Não se deve estourar as bolhas que se formam nem passar cremes, pomadas ou qualquer tipo de solução caseira no ferimento.

Fonte: Agência Brasil

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Passo Firme – 08.06.2012
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O aumento do número de acidentes nas ruas durante o Carnaval levou a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) do Rio de Janeiro a programar para este domingo (12) a segunda edição da campanha de alerta à população “Folia sem Trauma. Não Faça Deste o Seu Último Carnaval”. O evento ocorrerá no calçadão central de Copacabana, no período das 9h às 14h.

O vice-presidente da Sbot, Vincenzo Giordano Neto, destacou, em entrevista à Agência Brasil, que o principal objetivo é chamar a atenção das pessoas para o fato de que mesmo durante épocas festivas, como o carnaval, Natal e réveillon, a atenção tem que ser a maior possível em relação ao trânsito.

“A gente  tende a ser um pouco mais dispersivo, para não dizer  negligente, quando essas épocas mais festivas chegam”, disse. E os acidentes continuam ocorrendo, lotando as emergências dos hospitais. “Na verdade, elas lotam mais até do que no dia a dia normal, em que as pessoas estão indo para o trabalho”.

Giordano informou que devido ao sucesso da campanha feita pela asssociação no ano passado, com o apoio das secretarias Municipal e Estadual de Saúde do Rio, a campanha foi encampada pela Sbot nacional e pelas entidades regionais.

Será feito um alerta à população de que não existe momento certo para ocorrer um acidente. “Basta estar na rua”.  Este ano, a campanha traz uma inovação, que é a montagem de um circuito interativo, onde as pessoas terão a oportunidade de acompanhar as consequências da condução de veículos por motoristas alcoolizados, por exemplo. “A gente quer informar, mas de uma forma que leve a um moderado estado de choque de quem estiver participando da campanha”.

Em várias estações que serão montadas, os participantes poderão acompanhar desde o momento em que visualizam o acidente, passando pelo resgate do acidentado, sua admissão hospitalar, até o tratamento do paciente e possíveis sequelas. “Mostra a competência do atendimento e, ao mesmo tempo, a complexidade a que esse paciente está exposto depois que se envolveu em uma aparente simples colisão ou queda de moto. E vai até o final”.

O público receberá informações adicionais por meio de vídeos de campanhas mundiais que mostram, por exemplo, o impacto que o passageiro do banco de trás, sem cinto de segurança, pode ter em acidentes de colisão frontal,  quando é projetado para a frente e bate, “já com o peso de um elefante”, contra o condutor ou o carona do veículo.

Giordano disse ainda que os acidentes envolvendo automóveis contribuem para cerca de 15% do aumento na realização de cirurgias ortopédicas de urgência e emergência nos hospitais das redes públicas municipal e estadual nos feriados. “Porque o trauma, hoje, é endêmico no mundo”.

Ele explicou que na população economicamente ativa, que abrange desde o adolescente de 15 anos até o adulto abaixo de 40, o trauma de todas as lesões correlacionadas a isso constitui a principal causa de óbito e invalidez, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). “E a coisa é estratosférica se a gente projetar para 2040”.

Segundo o ortopedista, o trauma é tão endêmico que a expectativa é que vai haver, em poucos anos, dificuldade para internar pacientes de cirurgias eletivas, como a de prótese de joelho, porque os leitos estarão ocupados por pacientes do trauma.

Ele acredita que as campanhas farão com que a população entre em contato com esses dados “e, de uma forma levemente chocante, entenda que bater de carro nem sempre causa somente aquele arranhãozinho. Pode causar lesão muito mais grave”.

Fonte: Agência Brasil

Passo Firme – 12.02.2012
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Com as festas juninas, muito comum no Nordeste do país nesta época do ano, aumenta o perigo de acidentes com fogos de artifício. A brincadeira perigosa causa queimaduras, amputações, lesões na visão e audição e até a morte. As pessoas mais atingidas têm idades entre 20 e 49 anos – 39% dos óbitos registrados entre 1996 e 2009. Entre as crianças de 0 a 14 anos, o percentual de óbitos foi de 23%.

Segundo dados do Ministério da Saúde, de 2008 a abril de 2011, 1.382 pessoas foram internados para tratamento de queimaduras por acidentes com fogos de artifício, com destaque para os estados da Bahia (296 hospitalizações), São Paulo (289) e Minas Gerais (165). No Espírito Santo, foram 18 internações, no mesmo período. Em média, são registradas mais de 100 internações durante o período de festas juninas, que têm início nas quermesses de maio e vão até julho, dependendo da região. No ano passado, 168 pessoas foram internadas neste período.

Entre 1996 e 2009, 122 pessoas foram vítimas fatais de acidentes por queima de fogos, em todo o país. Neste período, a região Nordeste apresentou 48 óbitos, perfazendo 39% dos casos registrados em todo o país no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Em seguida, aparecem as regiões Sudeste, com 41 óbitos (34% dos casos) e Sul, com 21 óbitos (17%). Já o Centro-Oeste e o Norte registraram, juntos, 12 óbitos, equivalentes a 10% dos casos.

CUIDADOS – “Todo cuidado é pouco quando se trata de fogos de artifício”, alerta Marta Silva, coordenadora da área técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. O ideal é evitar manuseá-los, mas caso tenha que fazê-lo, siga sempre as instruções do fabricante, como jamais carregar bombinhas nos bolsos e nunca acender próximo ao rosto.

Também é importante evitar associar a brincadeira com fogos ao uso de bebida alcoólica. Para não transformar a festa junina em uma tragédia, jamais deve se dar qualquer tipo de fogos de artifícios para menores de 18 anos e evite que as crianças estejam expostas aos riscos das explosões”, alerta a especialista.

Em caso de acidente, as pessoas devem lavar o ferimento com água corrente, evitar tocar na área queimada e não usar nenhuma substância sobre a lesão – como manteiga, creme dental, clara de ovo e pomadas. Procure o serviço de saúde mais próximo, para atendimento médico adequado. Para saber se existe alguma unidade de saúde de referência no atendimento de queimados na sua cidade, entre em contato com a Secretaria de Saúde do seu estado ou município.

Veja na reportagem do Hoje em Dia quem são as principais vítimas e como prevenir acidentes.

Com informações: Portal R7 e Ministério da Saúde / Foto: ATarde

Passo Firme – 16.06.2011
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