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Situada em Teresina, capital do Piauí, a oficina ortopédica credenciada ao SUS já realizou mais de 16 mil atendimentos apenas este ano

Em funcionamento desde 2008, o parque industrial da oficina ortopédica (foto) do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), hoje, é modelo em fabricação de produtos ortopédicos para todo o país. É de lá que saem aparelhos que devolvem autonomia para muitos piauienses. A oficina confecciona, sob medida, desde palmilhas e sapatos ortopédicos a próteses e órteses, de acordo com a demanda de pacientes internos, particulares e do Sistema Único de Saúde (SUS).

Recomendado pelo Ministério da Saúde como referência para o resto do país, a estrutura e a qualidade do trabalho desenvolvido na oficina ortopédica do Ceir já despertou o interesse de representantes de vários Estados brasileiros, como Espírito Santo e Rio Grande do Norte. Em outubro último, uma delegação de médicos da Alemanha, em visita ao local, chegou a afirmar que a infraestrutura oferecida pelo centro atende até mesmo aos padrões internacionais de excelência no que tange a tratamentos de reabilitação.

Além da qualidade dos produtos, o Ceir é destaque em atendimento. Só em 2011, foram mais de 11 mil atendimentos em todo o Estado, na área de oficina ortopédica. Até setembro deste ano, o número aumentou 30% em relação a 2011. Isso significa que em 2012, mais de 16 mil atendimentos foram realizados sob prescrição médica através de solicitação junto à Central do SUS, em Teresina, ou Secretaria de Saúde, nos municípios do interior do Estado.

“O parque industrial da oficina ortopédica conta com equipamentos de alta tecnologia e de última geração, o que permite a produção de órteses e próteses mais leves e confortáveis, possibilitando melhores condições de uso”, explica o coordenador da oficina ortopédica Paulo André Ramos.

HISTÓRIAS DE SUCESSO – Além de produzir órteses e próteses, a oficina ortopédica é responsável pela concessão de cadeira de rodas, muletas, bengalas e andador, que auxiliam na locomoção de pacientes, como o pequeno Eluízio Soares, de oito anos. A mãe, Leandra Soares, conta que há mais de dois anos Eluízio se locomove sob o auxílio da órtese, recebida gratuitamente através do SUS.

“Antes, meu filho caia muito, porque ele tem os pés abertos desde que nasceu, mas com a órtese eu o vejo andar pra lá e pra cá como uma criança sem tantas limitações”, diz a dona de casa Leandra Soares. “Se não fosse o Ceir, eu não teria condições de comprar, porque o aparelho é muito caro”, ressalta.

De acordo com Paulo André Ramos, os produtos são confeccionados sob moldes específicos, conforme a necessidade de cada paciente. “Confeccionamos de forma personalizada, de modo que proporcione maior independência e conforto para o paciente”, explica o coordenador, destacando que o recebimento do equipamento se dá em até oito dias após tirar os moldes.

“Com o uso da prótese melhora 100%, a gente até supera o trauma”, relata Francisco Leonardo Pereira. De paciente a funcionário, Leonardo, de 27 anos, foi beneficiado por uma prótese do Ceir em 2009, quando precisou substituir o pé esquerdo perdido em um acidente de carro. O jovem, hoje, auxilia na produção de equipamentos ortopédicos, que beneficiarão outras pessoas em todo o Estado.

Como é o caso do aposentado Airton José Conde (foto), que já recebeu órteses e cadeira de rodas. “O tratamento do Ceir é essencial para reabilitação. Além de receber os equipamentos para melhorar nosso dia-a-dia, conto com o apoio e preparo de uma equipe médica multiprofissional”, destaca o aposentado portador da Síndrome de Guillain-Barré, que causa dormência em todo o corpo, por isso a necessidade de auxílio para a locomoção.

Fonte: CEIR

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Centro nordestino é considerado referência internacional em reabilitação

Passo Firme – 16.11.2012
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Delegação de médicos alemães conheceu a estrutura, o trabalho e os projetos do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), localizado no Estado do Piauí, e o considerou referência internacional na área de reabilitação.

Na última sexta-feira (5), uma delegação de médicos do Hospital de Trauma de Berlim (UKB), na Alemanha, conheceu a estrutura, o trabalho e os projetos do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), situado em Teresina, capital do Piauí. A visita aconteceu com o objetivo de firmar parceria de cooperação entre as duas instituições, por meio de intercambio entre profissionais e estudantes da área de saúde e reabilitação.

A delegação, composta de setes profissionais do UKB, em sua maioria médicos, foi acompanhada pelo presidente da Associação Reabilitar, o neurocirurgião Benjamim Pessoa Vale, que explicou todo o modelo de gestão do Ceir, apresentou as instalações do Centro e explanou sobre os planos de expansão da instituição, como o Hospital de Reabilitação do Ceir.

“O Ceir não somente atinge o padrão de referência nacional, mas internacional. Aqui está sendo desenvolvido um trabalho excelente”, comentou o Diretor Chefe do Hospital de Trauma de Berlim, Axel Ekkernkamp.

O secretário de Saúde do Estado, Ernani Maia, explicou que os dois países manterão apoio mutuo. “Através de convênio, nós iremos levar profissional e estudantes a Berlim e, também, recebê-los aqui no Estado. Será uma troca de conhecimentos entre o Piauí e a Alemanha. Esse convênio acontecerá com o apoio do Ceir e de outras instituições da área de pesquisa, saúde e reabilitação” esclarece.

A comitiva alemã foi acompanhada ainda pelo superintendente executivo do Ceir, Francisco Alencar e pelo o Superintendente Multiprofissional do Ceir, Aderson Luz.

Fonte: Portal do Governo do Piauí

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Passo Firme – 10.10.2011
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Terapia envolve atividades que estimulam a criatividade e auto-estima do paciente

Pintar quadros, enfeitar caixas, desenhar, cobrir, colar, modelar. São com essas atividades que o setor de arte reabilitação do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), em Teresina-PI, auxilia no tratamento de reabilitação de pacientes com deficiência física. O tratamento envolve atividades que desenvolvem a criatividade e auto-estima do paciente.

Para Marta Diana (foto), 69 anos, que faz reabilitação no Ceir há pouco mais de um mês, depois de um Acidente Vascular Cerebral ocorrido em 2011, a terapia é uma forma de alivio e bem estar. “Nunca tinha pintado, mas quando chego ao Ceir e começo a terapia me sinto muito bem. É realmente um alivio”, esclarece.

Mãe de seis filhos e avó de treze netos, Marta conta que já sente melhoras com o tratamento. Os movimentos de membros superiores e inferiores, que foram prejudicados com o AVC, já ganham mais força e desenvolvimento depois do tratamento.

BAZAR – A jovem senhora é também uma das dezenas de pacientes que terá quadros expostos durante o I BazArt do Ceir. O evento, que acontece nesta quarta-feira (19), visa proporcionar que mais pessoas conheçam o trabalho da arte reabilitação, além de comercializar as telas feitas durante a terapia.

“O nosso acervo de telas é grande e queremos que mais pessoas conheçam as potencialidades dos nossos pacientes. É também mais uma maneira de trabalhar a auto-estima deles”, explica a terapeuta do setor de arte reabilitação Emanoella Sato, acrescentando que o dinheiro arrecadado com o bazar será revertido para melhorias no setor de arte reabilitação.

Fonte: Viagora Piauí

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Passo Firme – 17.09.2012
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Sandra Wegner*

Um ou mais membros se foram. Entre os jovens, mais comumente por acidente de trânsito, principalmente de moto, ou por acidente de trabalho (ex: choque elétrico de alta tensão). Entre os idosos, é mais frequente por problema vascular, geralmente diabetes. É também uma sequela de doença meningocócica. Câncer de ossos também é causa entre os jovens. São amputações adquiridas, com prevalência majoritária dos membros inferiores. Por extensão de conceito, incluem ausências de membros congênitas. Não importa, as consequências e a forma de reabilitar são as mesmas.

Temos o problema: o corpo ficou assimétrico. O centro de gravidade mudou um pouco de lugar – deslocou-se levemente para o lado onde sobrou mais massa corporal. O corpo se desequilibra – é como se o amputado passasse a carregar uma bolsa de compras daquele lado, não apenas por poucos minutos, porém permanentemente. Aquela inclinação para contrabalançar o desequilíbrio é procedida 24h e pode desalinhar a coluna e outras partes corporais. É necessário fortalecer a musculatura adequada para ela reagir contra esta inclinação e manter o corpo ereto e alinhado.

A percepção do corpo no ambiente espacial também mudou. A relação com objetos e corpos próximos ficou diferente, o “golpe de vista” para não esbarrarmos deve ser retreinado. Fora a imagem corporal, a visão do corpo, sua aparência diferente… Estranhamos a nós mesmos, temos medo da reação dos outros a este nosso corpo com nova forma.

O retreinamento do equilíbrio com a nova distribuição de forma e massa corporal é o campo de atuação por excelência da água. Normalmente, já ficamos instáveis na água, portanto nada de mais em ter surgido um elemento adicional de desequilíbrio – a amputação. Todo um conjunto de músculos é treinado para impedir que o corpo flutuando de costas gire, outro conjunto é treinado para propiciar a passagem da posição de costas para a posição em pé, outro conjunto é treinado para manter o paciente ereto e equilibrado.

A amputação requer a atuação de outros músculos que aqueles atuantes antes da amputação, porém a maneira de proceder a esta ativação e fortalecimento muscular é similar. Ademais, os centros de equilíbrio cerebrais recebem estímulos diferenciados, “chamando” por comandos de reequilíbrio diferentes dos habituais em virtude da falta do membro amputado. Ocorre um processo de reaprendizagem motora.

A maior liberdade de movimento na água contribui à autoestima. Na piscina, muletas, bengalas, próteses são desnecessárias. A flutuação e a pressão hidrostática atuam como elementos de sustentação. O convívio com outros é estimulante.

Técnicas de relaxamento passivo que embalam e são acolhedoras e aconchegantes soltam músculos tensos com a responsabilidade de compensar a falta de sustentação decorrente da ausência do membro e também aliviam mentes preocupadas com a nova situação de vida, com a autoimagem prejudicada, com o relacionamento com os outros. Depois de atividades aquáticas, o mundo se modifica, fica mais cor de rosa, com certeza. Agora, a todo vapor para enfrentá-lo!

Fonte: Globo Esporte / Eu Atleta

* Sandra Wegner é professora de Educação Física (UERJ) e Fisioterapeuta (IBMR), com formação internacional em Fisioterapia Aquática (Hidroterapia) com o Dr. Johan Lambeck. Mestre em Educação Especial (Uerj). Sócia-diretora da Hidrovida Atividades Aquáticas no Rio de Janeiro. Site: www.hidrovida.com.br

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Hidroginástica como terapia de reabilitação física

Passo Firme – 13.07.2012
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Um exercício que não oferece tanto desgaste físico e não tem qualquer restrição de idade ou sexo. Essas são algumas das características [e vantagens] da prática da hidroginástica, usada atualmente por muitos centros de reabilitação como mais uma modalidade da reabilitação de amputados e demais pessoas com deficiência física. A finalidade da hidroginástica é melhorar o condicionamento, agilidade e flexibilidade do paciente, atuando também como forma preventiva de evitar futuras patologias.

De acordo com Slania Bastos, reabilitadora física do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), situado em Teresina-Pi, a modalidade começou a fazer parte do quadro de terapias do Centro para oferecer aos pacientes mais uma modalidade de tratamento. “É uma opção a mais para os pacientes que, dentro das piscinas, trabalham exercícios para potencializar os movimentos, treinar equilíbrio, dentre outras contribuições. Não existe restrição de idade para a hidroginástica”, explica.

Combinação das palavras gregas hydor (água) e etherapéia (tratamento), a palavra hidroterapia tem grande prestígio como forma alternativa de prevenção e tratamento para pacientes com algum tipo de deficiência. Quando usada como terapia, a técnica deve ser conduzida preferencialmente um fisioterapeuta, que fará a junção de dos exercícios aquáticos com a terapia mais indicada para tratar a patologia.

Francisca Maria, 48 anos, há dois anos teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que deixou sequelas na parte motora da jovem senhora. Ela iniciou o tratamento há dois anos e, apesar das conquistas serem paulatinas, afirma que as terapias contribuem muito em sua melhora diária e a hidroginástica tem se destacado entre as terapias. “Sinto-me melhor depois do tratamento, hoje já consigo caminhar e ser mais independente”, explica.

Já a companheira de terapia Ivanildes Mendes, 58 anos, também foi acometida por um AVC e confirma que a hidroginástica é uma terapia que contribui em todos os fatores para o tratamento e completa que a água a faz sentir-se melhor e mais livre.

Com informações de Ceir

Passo Firme – 03.07.2012
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