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Grupo alemão anuncia investimentos no Brasil e nadador Daniel Dias como embaixador mundial da marca para os Jogos do Rio em 2016

Faltando quatro anos para os jogos de 2016, o Rio de Janeiro já sentiu, na última quarta-feira (14), um pouco do clima olímpico e paralímpico na cidade. O Grupo Ottobock anunciou Daniel Dias (foto), o super medalhista da natação, como embaixador da marca para o evento de 2016, e ainda reforçando os laços com o Brasil, o grupo alemão comemora a ampliação de sua atuação no país.

Estrela do dia, Daniel Dias, maior medalhista paralímpico da história do Brasil – 10 ouros, quatro pratas e um bronze – era só sorrisos com o anúncio da parceria com a Ottobock. O nadador esclareceu a importância dos novos equipamentos para sua vida, mesmo sem usá-los dentro da piscina.

“Apesar de não competir com próteses, estas me ajudam nas tarefas do dia-a-dia, na academia, durante o pilates. A evolução das próteses tornou minha vida mais confortável, melhorei minha postura, economizo minha energia ao caminhar e em outras atividades e, consequentemente, melhorei meus resultados na piscina”, disse Daniel. O futuro do esporte paraolímpico também esteve presente no evento, com a visita de jovens atletas do projeto Nadando Contra a Corrente, do Instituto Superar, de incentivo à natação paraolímpica.

Edson Dantas (foto), tricampeão da Maratona de Nova York na sua categoria, é um exemplo de como a evolução das próteses caminha junto com a melhora de rendimento dos atletas. A melhoria entre os tempos que ele alcançou na Maratona de Nova York na edição de 2002, quando não contava com os equipamentos da Ottobock, e 2008, já patrocinado pela empresa, foi de mais de uma hora.

“É uma empresa que pensa em qualidade de vida, na reabilitação de pessoas e, sucessivamente, a pessoa cresce e acaba por se tornar um grande atleta. Sempre gostei de jogar capoeira, futebol, sambar. Com a Ottobock, tudo isso melhorou absurdamente”, afirmou Edson. “Talvez, se não fosse ela, eu não seria um atleta hoje.”

MODELOS INOVADORES – ‘Um joelho que pensa’, assim pode ser definido o Genium (foto), primeiro ‘joelho biônico’ da marca. Criado a partir da experiência da Ottobock de quase um século construindo próteses e de um complexo e sofisticado sistema sensorial, o Genium fornece ao usuário uma maior estabilidade durante o ato de caminhar. Em outras palavras, andar se tornar um processo mais intuitivo, e obstáculos proporcionados pelo terreno não necessitam ser contornados, por se tornarem mais facilmente superados.

A prótese de mão Michelangelo (foto), por sua vez, consiste em uma prótese de mão da mais elevada tecnologia e feita estruturas que imitam a mão humana com uma leve cobertura que a deixa com um visual ainda mais natural. O princípio de funcionamento está relacionado aos impulsos elétricos gerados pelo cérebro imediatamente anterior ao ato de utilizar as mãos. Com a Michelangelo, o usuário, a partir do mesmo princípio, ganha uma liberdade de movimento manual não encontrada no mercado.

INVESTIMENTOS – Em 2013, a empresa inaugura sua primeira fábrica na América Latina, em Valinhos (SP), com um investimento inicial de € 1,5 milhão. A unidade produzirá os joelhos mais vendidos no Brasil e outros componentes de próteses. Em uma escala mundial, a Ottobock representa 50% do mercado de próteses e estima um faturamento de € 1 bilhão em 2012.

Na América Latina, a multinacional alemã atende 75% do mercado, com uma receita de 30 milhões de euros. No Brasil a Ottobock conquistou 65% do mercado, movimentando 15 milhões de euros. Mundialmente, a Ottobock é líder de mercado, com 11 fábricas pelo mundo (nove na Europa, uma nos Estados Unidos e uma na Ásia) e a próxima será aqui no Brasil.

A Ottobock, através de tecnologia inovadora e de alta qualidade, se posiciona como líder mundial no fornecimento de soluções para restauração de mobilidade humana. O alcance da companhia, fundada em 1919 por Otto Bock, avô do atual CEO do Grupo, Hans George Näder, inclui próteses, equipamentos ortopédicos, cadeiras de rodas, entre outros. Através destes, a Otto Bock promove maiores conforto, confiança e liberdade físicas aos usuários.

Fonte: Portal Fator

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Passo Firme – 15.11.2012
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Alan aproveitou ainda para relembrar a conquista no Estádio Olímpico, com 70 mil pessoas e diante do até então favorito Oscar Pistorius

Alan Fonteles (foto), medalhista de ouro nos 200m nos Jogos Paralímpicos de Londres, está em Madri para participar da 3ª edição da semana do esporte inclusivo. O jovem de 20 anos aproveitou a visita à capital espanhola para conhecer as instalações do Real Madrid, um dos maiores clubes de futebol do mundo.

“Sempre sonhei em conhecer os jogadores do Real Madrid, foi uma grande emoção para mim estar com o Kaká, Casillas e Cristiano Ronaldo. Pude conversar um pouco com o José Mourinho, que é um grande técnico. Aprendi mais sobre futebol, adorei a experiência”, contou.

Alan aproveitou ainda para relembrar a conquista no Estádio Olímpico, com 70 mil pessoas e diante do até então favorito Oscar Pistorius. Além disso, o campeão comentou sobre os próximos passos após a inédita medalha de ouro em Londres e revelou um desejo especial.

“Foi a realização de um sonho após quatro anos de treinos intensos e muito sacrifício. Meu foco agora é o Mundial de 2013 e os Jogos do Rio em 2016, onde estarei em casa. Não penso ainda em competir com atletas sem deficiência, apesar de querer desafiar o Usain Bolt (foto). Ele é meu ídolo e também uma referência no esporte, me espelho muito nele”, afirmou.

DESAFIO – Durante a 3ª edição da semana do esporte inclusivo, a estação de metrô de Nuevos Ministerios foi palco do “Desafio de Oliveira”. Um telão de 15 metros, com uma imagem gravada de Alan Fonteles em velocidade real, exibia a projeção do atleta para os espectadores. Algumas pessoas que estavam no evento tentaram, sem sucesso, seguir o campeão paralímpico.

Fonte: CPB

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Passo Firme – 25.10.2012
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Projetos do pé Triton e da mão biônica Michelangelo, ambos da Ottobock, convencem júri especializado em duas categorias

Dois produtos Ottobock, a maior fabricante de produtos ortopédicos do mundo, conquistou o júri do Design Award 2013 da Alemanha. Os 30 especialistas em design no comitê selecionaram o pé protético Triton 1C60 e a Mão Michelangelo entre quase 1500 indicações e concedeu-lhes prêmio do Conselho para o projeto.

O pé protético Triton 1C60 ganhou o Prêmio Alemão de Design 2013, na categoria de espaço de trabalho. Já a Michelangelo, prótese de mão mioeletricamente controlada, ganhou um prêmio especial – menção especial para a qualidade excelente design.

Os critérios de avaliação incluem a qualidade do desenho do produto, inovação, valor da marca, funcionalidade, ergonomia e compatibilidade ambiental. “Produtos atraentes e serviços são necessários para se destacar da multidão”, disse o jurado Roland Heiler. “O desempenho geral é o que faz um produto ou projeto ser premiado. Ele tem que atender aos altos padrões do Prêmio Alemão de Design em muitos aspectos.” Em 2013, o prêmio será dado em um total de 10 categorias.

A cerimônia de premiação e abertura da exposição Prêmio Alemão de Design 2013 será realizada em 15 de fevereiro de 2013, durante a Feira Mundial de 2013, em Frankfurt. A cerimônia de premiação é um dos eventos de design mais importantes do ano, com mais de 1.000 convidados do mundo da política, negócios, design e imprensa.

Fonte: Ottobock USA

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Passo Firme – 24.10.2012
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Apesar de ter vencido Oscar Pistorius na final dos 200m da classe T44 dos Jogos Paralímpicos de Londres, o brasileiro Alan Fonteles (foto) não tem intenção de disputar as Olimpíadas, como o sul-africano fez em 2012. Por outro lado, deseja atuar no Troféu Brasil de Atletismo. “Não tenho nenhuma intenção de competir entre os olímpicos, como Pistorius fez. Meu negócio é Paralimpíada”, afirmou o atleta que também disputa os 100m e os 400m.

“Posso correr os 200m abaixo de 21s (seu melhor é 21s45). Eu tenho muito a melhorar: em Londres ganhei o ouro, mas minha largada foi péssima. Quando chegar a um tempo próximo de 20s7 ou 20s8, entro na briga para disputar o Troféu”. O quinto melhor brasileiro na prova este ano é Aílson Feitosa, que cravou 20s62, marca próxima da que o paralímpico mira.

Há um motivo para tamanha obsessão de Alan pelo Troféu, que ainda não tem data confirmada para 2013. As primeiras lembranças do atletismo são justamente de provas da competição, mais notadamente de seu ídolo, o ex-velocista Robson Caetano – medalhista olímpico de bronze em Seul-1988 e Atlanta-1996. “Não é questão de provar nada para ninguém. É sonho de criança”, declarou.

A vitória na Paralimpíada ganhou mais repercussão após declarações injustas de Pistorius e mudou a vida do brasileiro. Enquanto curte férias em seu estado natal, patrocinadores estão no encalço, autoridades o buscam para homenagens e pessoas o abordam nas ruas. Alan curte tudo isso.

Confira a entrevista com Alan Fonteles:

Você disse que pode melhorar bastante nos 200m. E o que mira em outras provas?
Alan: Eu avalio muito minhas corridas com meu técnico (Amauri Veríssimo). Sempre peço para alguém filmar, para avaliar biomecânica e corrigir erros. Tenho muita margem de melhora nos 200m e sobretudo nos 400m. É treinar e aí consigo fazer estragos. Posso corrê-los em 45s.

Por que não tentar vaga em Olimpíada, como fez Pistorius?
Alan: Não é meu foco. Pode acontecer? Não sei. Mas quero só participar do Troféu Brasil. É sonho.

Pistorius fez críticas à regra de altura das próteses logo após sua vitória nos 200m? Ainda magoa?
Alan: Para mim, o Pistorius é página virada. Ele era um ídolo, mas guardei mágoa dele. Não sou robô, sou ser humano. Não tenho nada contra ele, mas fiquei triste por ele não ter me cumprimentado. Foi um ídolo que passou.

Hoje, quase um mês depois, consegue entender por que ele agiu daquela maneira?
Alan: Acabei vendo o outro lado dele. Considerava-o amigo, mas ele quis mexer com meu psicológico, tirar o foco da minha vitória.

Fonte: Terra

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Deficiência física: as limitações estão no pensamento

Passo Firme – 1º.10.2012
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Os brasileiros e o mundo vibraram com a vitória de Alan Fonteles (foto) nas Paralimpíadas de Londres 2012. Ele superou o seu próprio “ídolo”, o sul-africano Oscar Pistorius, na prova dos 200 metros, categoria T44, e alcançou a medalha de ouro em apenas 21s45 de competição. Mais do que vencer as pseudo limitações que a vida lhe impôs, Alan ensinou a todo mundo que as dificuldades estão dentro de cada um. Não existem barreiras quando se tem determinação. Não há obstáculos diante da realização de sonhos. Assim como Alan, outras pessoas também são exemplos de superação por alcançar ideais que aos olhos da discriminação são impossíveis de serem realizados e por serem os melhores naquilo que se propuseram a fazer.

Os sonhos podem ser simples e também podem ser complexos. Eles podem traduzir um desejo singelo de uma bailarina da cidade de Ourém, nordeste paraense, que espera – um dia – se apresentar no Teatro da Paz, em Belém. Podem refletir o projeto de um professor surdo que luta para publicar um livro, construir uma escola bilíngue e que ainda contagia ao público quando se apresenta no palco. Os sonhos dos deficientes físicos também podem não ser de grandes feitos, mas apenas de mostrar ao seu semelhante a igualdade e as diferenças no coração de cada ser humano.

Todos estes sonhos se remetem a uma característica comum que é a motivação. Motivação esta que faz bailarina Tayane Santana (foto), 24, se dedicar ao balé e superar as dificuldades de fazer passos e coreografias com apenas uma perna. No ano passado, a bailarina se destacou durante o Festival Internacional de Dança da Amazônia (Fida), onde conheceu a sua “ídolo” Ana Botafogo. Este ano, ela pretende brilhar novamente com o espetáculo “Alice e suas flores”. “O balé é uma fonte de superação para mim”, disse.

A sua ligação com a dança teve início há seis anos quando se mudou para a capital paraense para se tratar de um tumor ósseo no joelho esquerdo, que se originou em consequência de uma queda durante a sua infância. Por causa da enfermidade, perdeu a perna, mas não a vontade de viver e alcançar seus ideais.

Graças ao apoio da Associação de Voluntariado de Apoio a Oncologia (Avao), Tayane começou a ter aulas de balé e já se apresentou em diversos espetáculos. “Eu comecei a dançar como forma de terapia, porque eu estava em depressão pelo meu problema. Hoje, o balé faz parte da minha vida e me proporcionou a experiência maravilhosa de encontrar e conhecer a Ana Botafogo (bailarina)”, exaltou ao celebrar a realização de um sonho.

Questionada se sente limitada a dançar, Tayane responde de imediato que não. “As limitações não vem de mim, vem dos outros”, considerou. “Mesmo sendo do balé eu danço tudo e gosto de dançar”, afirmou. A jovem cursa o quinto semestre em Serviço Social na Universidade Federal do Pará (UFPA), e diz que se sente realizada em vários aspectos. Espera agora conseguir realizar seu próximo sonho que é se apresentar no palco do Teatro da Paz.

“Superação é responsabilidade com compromisso e caráter”

A afirmação acima é do professor Kleber Couto, 41, que é surdo e atualmente ministra aula para mais de 150 alunos, dentre ouvintes e também surdos. Ele dedica a sua vida ao seu trabalho e as artes, onde coordena o grupo de teatro intitulado de “Os palhaços surdos”. O professor está na luta para conseguir publicar um livro confeccionado por ele próprio – pelo qual ensina, de maneira regional, a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). O feito ainda não foi alcançado porque nenhuma editora se prontificou em publicar a bibliografia.

Kleber nasceu surdo e relata que teve uma infância difícil, onde não conseguia alcançar a inclusão social porque seus amigos não conseguiam compreender a linguagem de sinais e corporal que usava para se comunicar. Aos 15 anos de idade queria ser comissário de bordo, mas este sonho foi arrancado porque disseram para ele que era preciso conseguir falar para trabalhar nesse ramo.

Por meio da Libras, o professor disse que já pensou em ser ator global porque teve a oportunidade de conhecer o ator paraense Cacá Carvalho. Este sonho também lhe foi retirado porque disseram que para trabalhar em TV ele precisava ter voz. A sua realização veio anos depois, em 1997, quando concluiu o Ensino Médio onde se formou em magistério. “Eu nunca imaginei que um dia pudesse ser professor! Ninguém acreditava em mim”, comentou.

Questionado se hoje se sente realizado, ele esboça uma expressão de alegria e confirma que sim, e colocou que por ser professor conseguiu obter respeito por parte das pessoas que não o compreendiam. “Estou mais feliz ainda por ter fundado o grupo de palhaços surdos”, acrescentou. “Esta realização me deixou mais perto do teatro e de uma carreira de ator”.

Para o professor, o preconceito das pessoas não atrapalha a alegria dele de fazer com amor o seu trabalho com jovens e crianças, ouvintes e surdos, e também de sorrirem com a “palhaçada” que faz. “A discriminação continua, ela sempre vai existir e nunca acabar. Quando vou ao shopping, por exemplo, as vendedoras me olham estranhos. Algumas até riem da forma que me comunico”, reclamou. Porém isto não lhe desanima, pelo contrário, lhe dá coragem para seguir a diante com o seu projeto de publicar um livro com imagens e figuras de elementos regionais que traduzam a linguagem de sinais.

Deficiência nasce junto com os mais fortes

De ascensorista para recepcionista, Roseneire Campos, 38, alcançou a sua realização profissional e afirma que tem orgulho de ser quem é e o que faz. Para ela, o deficiente é uma pessoa forte, escolhida por Deus para enfrentar os obstáculos que a vida impõe. Aos nove meses de idade, Roseneire caiu da rede e em consequência sofreu uma paralisia que afetou o desenvolvimento da perna esquerda. “A deficiência só aparece quando eu ando”, frisou.

“Passei a infância toda no hospital, aprendi a andar quando já estava com 10 anos de idade. Nas escola, os colegas faziam piadas e foi difícil”, se emocionou Roseneire. As lágrimas que escorriam não foram pela lembrança de um tempo difícil e sim pela vitória de ter alcançado diversas realizações. “Eu lembro que quando comecei a trabalhar no shopping, foi como ascensorista no elevador e uma colega comentou que eu ia ficar ali por muito tempo. O que ela quis dizer é que eu jamais poderia sair daquela função e hoje sou recepcionista e ela continua no mesmo cargo”, relatou. Ela trabalha em um shopping center na BR-316 há quatro anos.

Na nova função que lhe foi atribuída, Roseneire é respeitada e querida pelas colegas de trabalho que dizem que aprendem diariamente com ela. “Nós (deficientes) não somos diferentes e algumas pessoas insistem dizer que somos. Somos, na verdade, pessoas de luzes que nascemos para enfrentar obstáculos”, disse a recepcionista.

Pessoalmente e profissionalmente ela se sente realizada, até mesmo porque aprendeu a lidar com o preconceito na escola e considera que hoje não enfrenta mais esse problema no trabalho porque sabe como lidar com as indiferenças. “Nós não somos frágeis, somos fortes”, desfechou Roseneira ao frisar o segredo da superação que é acreditar em si próprio e buscar os seus ideais. “Quando a gente acredita em nosso potencial, não há limitações e nem barreiras que nos impeça de sermos felizes”, resumiu.

Fonte: Diário do Pará

Passo Firme – 16.09.2012
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A Cerimônia de Encerramento dos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 foi realizada na tarde deste domingo (9) no Estádio Olímpico de Londres e foi transmitida no Brasil pelos canais SporTV.

Fonte: SporTV

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Brasil fecha os jogos com brilho na piscina e nas pistas

Passo Firme – 10.09.2012
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Com 21 medalhas de ouro, país faz sua melhor campanha em Paralimpíadas; confira os destaques da competição, que chegou ao fim neste domingo

A alquimia nem sempre é a mais óbvia. Cada medalha de ouro dos Jogos Paralímpicos de Londres, assim como as olímpicas, é feita com apenas 1,34% de ouro, 92,5% de prata, 6,16% de cobre – e 100% de um esforço sobre-humano. O Brasil colheu 21 delas ao longo de 11 dias de competição na terra da Rainha e volta para casa com a campanha mais vitoriosa de sua história. A meta de ficar em sétimo lugar no quadro geral está cumprida, com 43 medalhas no total – 14 pratas e oito bronzes. O hábito de subir no pódio todo dia deve-se muito à natação e ao atletismo, mas não despreza a bocha, o futebol de 5, a esgrima, o judô e o goalball. Tem metal nobre à vontade para todos.

Com seis ouros de Daniel Dias e três de Andre Brasil, a natação volta de Londres como esporte brasieiro mais vitorioso – sem contar quatro pratas e um bronze. As 14 medalhas no total só perdem para o atletismo, que ganhou 18, sendo sete douradas. Os outros títulos paralímpicos do país vieram na bocha, em dose tripla, no futebol de 5 e na esgrima. Após superar Pequim 2008 (47 medalhas, 16 ouros), a meta agora é o milagre da multiplicação dos números para fazer mais bonito ainda dentro de casa, daqui a quatro anos, nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro. Enquanto o novo ciclo começa, confira os destaques da edição 2012.

Daniel Dias, uma usina de ouros

A piscina do Centro Aquático de Londres ficou pequena para ele. Nas seis provas individuais que disputou nas Paralimpíadas de 2012, Daniel Dias não quis saber de variar: faturou o ouro em todas. Foi o melhor do mundo nos 50m peito SB4 e em cinco provas da categoria S5: 50m borboleta, 50m costas, 50m livre, 100m livre e 200m livre. Com 15 medalhas em duas edições dos Jogos, sendo dez ouros, ele superou o nadador Clodoaldo Silva e a corredora Ádria Santos como maior medalhista paralímpico da história do país. O mais assustador é saber que a história ainda não acabou. Aos 24 anos, Daniel está apenas abrindo mais um ciclo olímpico, que vai terminar no Rio em 2016.

Alan Fonteles, o paraense de 20 anos que derrubou a lenda

Era noite de domingo em Londres, e Oscar Pistorius, a maior estrela dos Jogos, corria sozinho para o ouro nos 200m rasos T44. Quase sozinho. Com uma arrancada espetacular na reta final, um paraense de 20 anos correu como nunca e desbancou a lenda para ganhar um ouro histórico. E assim o mundo foi apresentado a Alan Fonteles. As próteses que impulsionaram sua reação foram alvos de críticas de Pistorius. E Pistorius foi alvo de críticas do planeta inteiro, que ameaçou vê-lo como mau perdedor. No dia seguinte, o sul-africano pediu desculpas, e tudo voltou ao normal: nas outras três provas, chegou à frente do brasileiro e fechou sua campanha com dois ouros e uma prata.

Terezinha Guilhermina e a maior lição de todas

Se há quem veja no atleta-guia apenas um coadjuvante nas competições de atletismo, Terezinha Guilhermina discorda. E mostrou isso para um Estádio Olímpico lotado. Já na parte final da prova de 400m T12, o guia Guilherme Santana tropeçou e foi ao chão. A cega mais rápida do mundo ainda tinha chances de pódio, mas optou pela solidariedade. Jogou-se na pista e lá ficou, até Guilherme levantar para os dois cruzarem juntos a linha de chegada em último lugar. O ato nobre foi recompensado no dia seguinte, quando a dupla ganhou o ouro e quebrou o recorde mundial nos 100m T11. Foi o segundo ouro de Terezinha, que também venceu nos 200m.

O futebol que tem o hábito de trazer medalhas de ouro

A derrota de Neymar & Cia para o México na final das Olimpíadas ainda estava fresca na memória quando a seleção brasileira de futebol de 5 abriu sua campanha nas Paralimpíadas. A busca do ouro não era exatamente uma pressão, estava mais para rotina, já que a luta era pelo tricampeonato. E assim foi. Com uma vitória por 2 a 0 sobre a França – algoz nos campos – aequipe verde-amarela garantiu o título. Festa principalmente para Marquinhos, Bill e o goleiro Fábio, que também estavam nas campanhas de Atenas 2004 e Pequim 2008.

Brasil, o país da bocha

Nas Olimpíadas, nem tem. Pouco popular no Brasil, a bocha verde-amarela surpreendeu o torcedor em Londres. Com três ouros e um bronze, foi o terceiro esporte mais laureado do país na campanha em Londres. A trajetória vitoriosa começou com Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos, que conquistaram o bicampeonato nas duplas. Depois, Dirceu repetiu a dose no individual, e Maciel Santos completou a trinca de ouros – Eliseu ainda ganhou um bronze.

Entre os gringos, o show dos super-humanos

Como era de se esperar, Oscar Pistorius atraiu todos os holofotes com os ouros nos 400m T44 e no revezamento 4x100m. Mas a maior coleção de ouros nas Paralimpíadas ficou com a australiana Jacqueline Freney. A rainha paralímpica da natação venceu todas as oito provas que disputou na piscina do Centro Aquático. No tênis de cadeira de rodas, o fenômeno atendia pelo nome de Esther Vergeer. A musa holandesa faturou mais um ouro e não perde uma partida desde 2003. No tênis de mesa, a polonesa Natalia Partyka venceu a disputa na classe 10. E lembra Pistorius por também competir nas Olimpíadas – tem duas participações.

Por fim, não dá para passar pelos Jogos de Londres sem citar a incrível história de Alessandro Zanardi. O italiano, que já foi piloto de Fórmula 1, sofreu um acidente grave aos 34 anos e teve de amputar as duas pernas. Sem esquecer a velocidade, abraçou o ciclismo paralímpico e brilhou ao conquistar dois ouros: na categoria H4 do contra-relógio e na prova de estrada. Para um evento de âmbito mundial marcado pela superação, difícil imaginar exemplo melhor.

Confira todas as medalhas do Brasil nas Paralimpíadas de Londres, dia a dia:

30 de setembro
Andre Brasil – prata nos 200m medley SM10
Daniel Dias – ouro nos 50m livre S5
Michele Ferreira – bronze no judô categoria até 52kg

31 de agosto
Lúcia Teixeira – prata no judô categoria até 57kg
Daniele Bernardes – bronze no judô categoria até 63kg
Andre Brasil ouro nos 50m livre S10
1º de setembro
Andre Brasil – ouro nos 100m borboleta S10
Antônio Tenório – bronze no judô da categoria até 100kg
Daniel Dias – ouro nos 200m livre da S5 de natação
2 de setembro
Yohansson Nascimento – ouro nos 200m T46
Alan Fonteles – ouro nos 200m T44
Terezinha Guilhermina e Jerusa Geber – ouro e prata nos 200m T11
3 de setembro
Odair Santos – prata nos 1.500m T11
4 de setembro
Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos – ouro na classe BC4 na disputa de pares mistos
Andre Brasil – prata nos 100m costas S10
Daniel Dias – ouro nos 100m peito SB4
Yohansson Nascimento – prata nos 400m T46
Felipe Gomes e Daniel Silva – ouro e prata nos 200m T11
Jonathan Santos – bronze no lançamento de disco F40
5 de setembro
Jovane Guissone – ouro na categoria B da esgrima
Terezinha, Jerusa Santos e Jhulia Santos – ouro, prata e bronze nos 100m rasos T11
6 de setembro
Edênia Garcia – prata nos 50m costas S4 da natação
Daniel Dias – ouro nos 50m costas da natação
Andre Brasil e Phelipe Rodrigues – ouro e prata nos 100m livre S10 da natação
7 de setembro
Daniel Dias – ouro nos 50m borboleta da natação
Joana Silva – bronze nos 50m borboleta na natação
Goalball – prata no masculino
Lucas Prado – prata nos 400m T11

8 de setembro
Shirlene Coelho – ouro no lançamento de dardo F37/38
Eliseu dos Santos – bronze na bocha BC4
Maciel Santos – ouro na bocha BC2
Brasil – ouro no futebol de 5 (tricampeonato)
Daniel Dias – ouro 100m livre S5 na natação
Dirceu Pinto – ouro na bocha BC4 (bicampeonato)
Lucas Prado e Felipe Gomes – prata e bronze nos 100m rasos T11
Claudiney Batista – prata no lançamento de dardo F57/58

9 de setembro
Tito Sena – ouro na maratona T46

Fonte: Globo Esporte

Passo Firme – 09.09.2012
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Leve, compacta e resistente, a nova prótese compreende a articulação do novo joelho 3S80 Sport, pé de carbono Sprinter 1E90 e do recém-desenvolvido Adaptador de Pé Sport 4R204. A prótese, que poderá ser usada para prática de esportes por pessoas com até 100 kg, tem previsão de chegada ao Brasil ainda indefinida!

A fabricante de próteses Ottobock vai lançar a “3S80 Sport” (foto) – primeira prótese de perna para amputados acima de joelho com articulação e adaptação de pé desenvolvidas especificamente para atletas amadores ou para quem procura simplesmente desfrutar de um estilo de vida mais ativo. Isso será possível graças a mais recente tecnologia em sistema hidráulico de rotação utilizada para dar impulso e estabilidade em uma grande variedade de terrenos.

O joelho 3S80 Sport foi projetado para suportar a alta pressão imposta durante o funcionamento. Os sistemas de hidráulica e rotação foram otimizados para a prática de esportes: a articulação amortece os movimentos de extensão e flexão na fase de balanço, de tal forma que um padrão de movimento dinâmico é ativado mesmo com taxas mais elevadas de passada durante a corrida. O bloqueio operado manualmente na articulação do joelho novo facilita uma postura segura que pode ser de uso durante o aquecimento e alongamento.

O pé de mola de carbono 1E90 Sprinter oferece um retorno de energia elevado, tornando-o ideal para correr. Versões diferentes de rigidez da mola estão disponíveis para atender todo tipo de peso do corpo e experiência em execução.

Já o adaptador de pé 4R204 foi recém-desenvolvido pela Ottobock para juntar a articulação do joelho ao pé. A guia de encaixe acompanha a prótese, permitindo ao protesista alinhar e regular a prótese com precisão, de acordo com o indivíduo. Exercícios de corrida e um guia do usuário passo a passo também são fornecidos.

Veja abaixo o vídeo promocional do 3S80:

“A ‘3S80 Sport’ é adequada para diversos tipos de terreno e ideal para uso na esteira, na academia ou caminhadas através de trilhas na mata”, afirma Philip Yates, diretor da Ottobock Reino Unido “Esperamos um aumento de pessoas interessadas em novos esportes após a Paralimpíada e este novo joelho é uma grande solução para amputados acima do joelho com estilo de vida ativo”, explica Philip, acrescentando que o 3S80 Sport pode ser usado também para outros esportes que envolvem corrida, tais como salto em distância, salto em altura e dardo.

Fonte: Ottobock Reino Unido

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Passo Firme – 05.09.2012
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Corredor brasileiro Alan Fonteles despeja fúria na reta final da prova e ignora o favoritismo do sul-africano, que havia criticado suas próteses nas eliminatórias da classe T44

No meio do caminho, o ouro parecia impossível. Oscar Pistorius corria lá na frente, sem sentir nos ombros o peso do favoritismo nos 200m rasos T44. Várias passadas atrás dele, um brasileiro de 20 anos ainda não tinha desistido da ideia de ser o estraga-prazeres no Estádio Olímpico de Londres. Alan Fonteles acelerou. Agigantou-se e desbancou o rival famoso diante de um público atônito. Com uma arrancada espetacular na reta final, o velocista paraense despejou sua fúria nas próteses de fibra de carbono, criticadas por Pistorius na véspera. E arrancou uma medalha de ouro histórica para o Brasil nas Paralimpíadas.

Alan cruzou a linha de chegada com o tempo de 21s45, à frente dos 21s52 do sul-africano (veja o vídeo). O bronze ficou com o americano Blake Leeper, que fez 22s46. Com o ouro garantido, Alan nem chegou a abrir o sorriso. Com a fisionomia séria, foi cumprimentando os rivais, um a um. E o abraço tímido de Pistorius mostrou que o adversário não estava nem um pouco satisfeito com o resultado.

Pistorius terá mais três oportunidades de tentar uma revanche contra Alan. Os dois também dividirão as raias do Estádio Olímpico de Londres nos 100m e 400m T44 e no revezamento 4x100m T42/T46.

O clima de rivalidade nos 200m foi acirrado por Pistorius após as eliminatórias do sábado (1º), quando o corredor sul-africano criticou as próteses que o brasileiro estava usando para competir em Londres. O “Blade Runner” chegou a sugerir que Alan poderia ser beneficiado com as novas próteses. O treinador da equipe brasileira de atletismo, Ciro Winckler, confirmou que o paraense está mais alto, com 1.81m, contra 1.76m no Mundial da Nova Zelândia, no ano passado. Na ocasião, Alan ficou com o bronze nos 100m T44 e Pistorius foi prata. Mas, apesar das críticas de Pistorius, a mudança é permitida pelas regras do Comitê Paralímpico Internacional.

‘ENTREI PARA HISTÓRIA DO MOVIMENTO PARALÍMPICO’ – De sorriso aberto, Alan Fonteles (à esq. na foto) encarou um batalhão de jornalistas para comentar o feito que surpreendeu e calou todo o Estádio Olímpico. Enrolado a bandeira do Brasil, o jovem de 20 anos agradeceu o apoio do compatriotas recebido pela internet e mostrou ter consciência da grandeza de seu feito. “Estou muito feliz. Com certeza não vou dormir tão cedo. Recebi muitas mensagens de apoio, de força. Quero agradecer a todos. Quero também dizer para minha família que eu vim aqui, fiz o meu melhor, e entrei para história do movimento paralímpico”, disse.

O campeão deixou clara a decepção com as declarações de Oscar Pistorius, na véspera da decisão, que colocou em dúvida seu desempenho na semifinal. “Não tenho o que falar. Estou dentro das regras. Isso que eu tenho que dizer. Não preciso falar para ninguém se devo estar pequeno ou grande. A pessoa que se incomodou com isso… Eu não posso fazer nada”, ratificou.

Fã de Oscar Pistorius, a quem sempre apontou como inspiração, o paraense disse ainda que tudo que foi dito o motivou ainda mais para prova deste domingo, apesar de também tê-lo entristecido. “Me motivou. Ele queria jogar a responsabilidade para cima de mim de qualquer forma. Já tinha sido assim na coletiva (terça-feira passada). Para falar a verdade, fiquei um pouco triste com tudo que ele disse depois da semifinal. Mas isso para mim não importa. Vim para correr e fazer o meu melhor. Não vou ligar para o que atleta diz ou deixa de dizer. Entrei na pista para fazer essa história.”, concluiu.

MORDE E ASSOPRA – Visivelmente frustrado com o que tinha acontecido minutos antes na pista do Estádio Olímpico, Oscar Pistorius cogitou esquivar-se da imprensa. Após conceder a entrevista obrigatória ao canal detentor dos direitos de transmissão, seguiu para o vestiário sob a alegação de que trocaria as próteses de corrida pelas de passeio, até que minutos depois funcionários da organização chegaram com o recado de que o sul-africano não retornaria. Diante dos protestos, ele apareceu e voltou a colocar em dúvida os méritos de Alan Fonteles.

“Estou decepcionado. Fiz uma prova fantástica. Não acho que foi injusto, Alan jogou com as regras, mas ele nunca tinha corrido na casa dos 21 segundos. Isso é um fato. Ele fazia com dificuldade 23 há menos de um ano. Então, acho que devemos olhar apenas para os fatos do passado. Alan está jogando muito com as regras, é justo e ele fez uma grande prova. Parabéns pelo ouro”.

O sul-africano esclareceu que seus questionamentos não são a respeito da tecnologia utilizada por Alan – tema que ele tanto combateu para que pudesse disputar os Jogos Olímpicos –, mas o aumento de cinco centímetros do Mundial da Nova Zelândia, em 2011, para as Paralimpíadas.

“Não acho isso (ter sido injusto). Todos temos a mesma tecnologia, não há diferença neste sentido. Minha restrição é apenas por eles (Alan e Blake Leeper, bronze) se tornarem maiores nos últimos meses. Isso que temos que olhar. Alan é um grande atleta, tem tudo para se manter no topo. É um grande garoto, um grande atleta, mas nunca tinha corrido na casa dos 21”, frisou.

Pistorius se mostrou surpreso também com a recuperação de Alan nos 100m finais da prova. Após sair da curva em desvantagem, o paraense calou o Estádio Olímpico com um sprint sensacional. “Fiquei feliz com o meu tempo. Eu estava invicto, nunca tinha perdido uma prova de 200m rasos na carreira. Nunca tinha visto alguém virar uma prova no fim após estar oito metros atrás. Nunca na minha vida. Obviamente estou chateado, mas eu tentei”, disse.

Em todas as respostas, no entanto, o maior nome dos Jogos de Londres ficou em cima do muro. Ao mesmo tempo em que criticava e colocava em dúvida os méritos do brasileiro, amenizava com elogios e declarações de quem Alan está dentro das regras. Questionado pelo Globoesporte.com objetivamente se creditava a derrota mais ao aumento das próteses do que ao talento do brasileiro, no entanto, ele se irritou e se calou. “Muito obrigado a todos”, disse, encerrando a entrevista.

QUEM É O MENINO QUE VENCEU PISTORIUS? – Alan Fonteles teve as duas pernas amputadas com apenas 21 dias de vida, em consequência de uma série de manifestações graves causadas por uma infecção intestinal. Em Marabá (PA), sua cidade natal, Alan passou a se interessar por atletismo quando tinha apenas oito anos. A vontade de correr era tão grande que o garoto começou a treinar com as mesmas próteses de madeira que usava para andar, totalmente inadequadas à prática esportiva.

Mas Alan persistiu e, pouco depois de ganhar o primeiro par de próteses de fibra de carbono, chegou à primeira Paralimpíada, em Pequim. Com apenas 16 anos, o paraense ficou em sétimo nos 200m T44 (com 24s21) e viu o ídolo Pistorius levar o ouro com um recorde paralímpico (21s67). A medalha de prata no revezamento 4x100m, no entanto, já indicava que Alan estava apenas começando uma promissora carreira nas pistas mundiais.

Fonte: Globo Esportes

Passo Firme – 03.09.2012
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A empresa alemã é a fornecedora oficial de serviços técnicos em protética, ortótica e cadeiras de rodas das Paralimpíadas de Londres

A Ottobock, fabricante alemã de próteses, equipamentos e tecnologia ortopédica, e o Comitê Paralímpico Internacional assinaram, nesta sexta-feira (31), em Londres, um termo de cooperação para as Paralimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. O documento estende a condição da Ottobock de fornecedora oficial de serviços técnicos em protética, ortótica e cadeiras de rodas das Paralimpíadas de Londres (que terminam no próximo dia 9), para os Jogos que acontecerão dentro de quatro anos.

A empresa começou sua parceira com as Paralimpíadas, provendo serviços técnicos, nos Jogos de Seul, em 1988, e desde então fez cerca de 10 mil consertos em equipamentos ou próteses dos atletas durante as competições.

O presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Philip Craven, ressaltou que a companhia alemã é uma parceira de grande importância para a entidade, e que, através da parceria, “ela disponibiliza uma riqueza de experiência e conhecimento que beneficia todo o Movimento Paralímpico. Nós estamos ansiosos para trabalhar com a Ottobock em 2016, nos primeiros Jogos Paralímpicos da América do Sul”.

O CEO da Ottobock, Hans Georg Näder, destacou o fato de os atletas terem um impacto como modelos muito além dos esportes, e acrescentou que a empresa, com seu know-how técnico e o entusiasmo de toda sua equipe ao redor do mundo, quer “continuar a escrever a história de sucesso do Movimento Paralímpico”.

O Movimento Paralímpico atual começou em 1948, com os Jogos de Mandeville, organizados pelo médico Ludwig Guttmann na localidade a 75 quilômetros de Londres – os jogos atuais celebram a sua “volta para casa”, a Inglaterra.

Fonte: Brasil Alemanha News

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Passo Firme – 1º.09.2012
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