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Há menos de seis meses para os Jogos de Londres, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) divulgou em seu site oficial uma matéria informando quais países conquistaram o direito de participar das Paralimpíadas de 2012 nos esportes coletivos. Atrás apenas da anfitriã Grã-Bretanha, que tem direito a representantes competindo em todas as modalidades, o Brasil é o país que terá maior a participação.

Os Jogos Paralímpicos de Londres acontecerão entre os dias 29 de agosto e 9 de setembro e das nove modalidades coletivas, o Brasil estará presente em sete. As modalidades do Futebol de 5 (deficientes visuais), Futebol de 7 (paralisados cerebrais), Goalball Masculino e Feminino, Basquete em Cadeira de Rodas Feminino e Vôlei Sentado Masculino e Feminino terão equipes brasileiras em busca do lugar mais alto do pódio. Apenas o Rúgbi e o Basquete em Cadeira de Rodas Masculino não serão representados.

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, destaca que o fato demonstra o alto nível e a força do Esporte Paralímpico do Brasil, além de ser fruto de um planejamento técnico realizado em longo prazo. “Não buscamos apenas o ganho de medalhas, mas também o crescimento e consolidação do esporte adaptado no País. Estamos no caminho certo. O Brasil é forte candidato à vitória em quase todos os esportes coletivos”, afirma Parsons.

Ainda segundo o presidente do CPB, a Seleção Brasileira de Futebol de 5, bicampeã mundial e paralímpica, faz do Brasil uma das potências da modalidade, além de favorita ao ouro. “No Vôlei, a equipe masculina tem reais chances de medalha e as meninas conquistaram pela primeira vez o direito de participar de uma Paralimpíada.  O Goalball fez bonito no Parapan de Guadalajara. No masculino conquistamos o ouro e no feminino a prata, perdendo para os Estados Unidos, atual campeão paralímpico. Nosso Futebol de 7 sempre briga por pódio e tem boas chances”, analisa Parsons.

As conquistas das vagas vão ao encontro com o planejamento técnico do CPB, que analisou o crescimento do Brasil no cenário paralímpico de Barcelona-1992 até hoje. Em relação às conquistas de medalhas de ouro, o País teve um crescimento de 433% nos últimos Jogos.

O diretor do Departamento Técnico, Edilson Alves da Rocha Tubiba, avalia que a forte presença brasileira nos Jogos de Londres é um dos objetivos já alcançados pelo Comitê. “Ao nos classificarmos em sete das nove vagas, percebemos que o planejamento vem sendo bem executado. Isso prova que caminhamos em direção a nossa meta: ficar entre as 10 maiores potências paradesportivas do planeta.”, conclui.

Confira os classificados em esportes coletivos:

Futebol de 5
Brasil, China, França, Espanha, Grã-Bretanha, Argentina, Irã e Turquia

Futebol de 7
Brasil, Ucrânia, Irã, Grã-Bretanha, Rússia, Holanda, Argentina e EUA

Goalball
Masculino: Brasil, Homens: Finlândia, Turquia, Bélgica, Canadá, Lituânia, China, Irã, Suécia, Argélia, Grã-Bretanha e Coréia

Feminino: Brasil, Canadá, EUA, Suécia, China, Finlândia, Grã-Bretanha, Dinamarca, Austrália e Japão

Basquete em cadeira de rodas
Masculino: África do Sul, Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha, Polônia, Turquia, Itália, Japão, Austrália, Canadá, EUA e Colômbia

Feminino: Brasil, Alemanha, Holanda, Grã-Bretanha, França, Austrália, China, EUA, Canadá e México

Rúgbi
Bélgica, Suécia, França, Grã-Bretanha, Canadá, EUA, Austrália e Japão

Vôlei sentado
Masculino: Brasil, Irã, Bósnia e Herzegovina, Egito, Grã-Bretanha, Rússia, Ruanda, Alemanha, Marrocos e China

Feminino: Brasil, China, EUA, Ucrânia, Grã-Bretanha, Países Baixos, Eslovénia e Japão

Fonte: CPB e FinalSports

Passo Firme – 27.03.2012
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O programa visa preparar atletas brasileiros com algum tipo de deficiência para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. O nadador Clodoaldo Silva é um dos contemplados pelo programa de apoio

A partir desta quarta-feira, os principais atletas paralímpicos do Brasil contarão com incentivos promovidos pelo Rio de Janeiro e pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) para o dia-a-dia: bolsa em dinheiro, material esportivo, estrutura para treinamento e suplementos. Esses itens fazem parte do programa de apoio chamado Time Paralímpico, que será lançado no Parque Aquático Maria Lenk.

O objetivo é ajudar na evolução do esporte paralímpico especialmente com foco nos Jogos de 2016, que serão sediados pela capital fluminense. Comparecerão ao evento o prefeito do Rio, Eduardo Paes, a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Georgette Vidor, e o presidente do CPB, Andrew Parsons.

“Essa iniciativa certamente dará melhores condições a esse grupo de atletas para sua preparação final para Londres 2012 e todo o ciclo que levará ao Rio 2016. É muito importante que a cidade anfitriã das Paralimpíadas em 2016 tenha seus atletas participando com destaque na maior competição do planeta”, apontou o dirigente do CPB.

A iniciativa também vai contemplar atletas-guia, que competem junto a corredores cegos. Entre os destaques selecionados para o projeto estão o nadador Clodoaldo Silva e a atleta Roseane dos Santos. Ao todo, serão 21 integrantes. “Esse projeto vai dar o apoio financeiro e estrutural para que esses meninos façam um trabalho ainda melhor”, exaltou Georgette Vidor.

Confira a lista dos integrantes do Time Rio

Caio Amorim Muniz de Oliveira – Natação
Camille Rodrigues Ferreira Cruz – Natação
Clodoaldo Francisco da Silva – Natação
Diogo Cardoso da Silva – Atletismo
Diogo Ualisson Jeronimo da Silva – Atletismo
Fábio Dias de Oliveira Silva – Atletismo (atleta-guia)
Felipe De Souza Gomes – Atletismo
Jhulia Karol dos Santos – Atletismo
Jonathan de Souza Santos – Atletismo
Jorge Luiz Silva de Souza – Atletismo
Justino Barbosa dos Santos – Atletismo (atleta-guia)
Karla Ferreira Cardoso – Judô
Laércio Alves Martins – Atletismo (atleta-guia)
Lucas Prado -Atletismo
Marivana Oliveira da Nóbrega – Atletismo
Paula Nascimento Carrijo Bento – Atletismo
Phelipe Andrews Melo Rodrigues – Natação
Roberto Julian Santos da Silva – Judô
Roseane Ferreira dos Santos – Atletismo
Viviane Ferreira Soares – Atletismo
Wilians Silva de Araújo – Judô

Fonte: Portal Terra

Passo Firme – 24.01.2012
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A quarta edição do Jogos Parapan-Americanos foi inaugurada no último sábado (12), na cidade de Guadalajara, em uma cerimônia com uma mensagem de inclusão e respeito às pessoas com deficiência. O estádio de atletismo foi o cenário para o espetáculo prestigiado por cerca de 5 mil pessoas, entre eles, 1.500 atletas de 24 países participantes na competição.

Antes de iniciar observou-se um minuto de silêncio em memória do ministro do governo do México, Francisco Blake Mora. Às 19h locais (22h de Brasília), o hino nacional mexicano foi tocado juntamente com o hasteamento da bandeira do México e deu lugar ao desfile de atletas e juízes, cuja alegria e entusiasmo tomou conta das arquibancadas.

O presidente dos Jogos Parapan-Americanos, Imelda Guzman, saudou os atletas para esta competição chamada de “jogos de solidariedade e esperança”. Entretidos por músicas populares da música “mariachi” e danças folclóricas, 100 casais, alguns em cadeiras de rodas, deram o toque mexicano para a festa.

A tocha foi iluminada por Maria de Los Angeles Ortiz, campeã mundial paraolímpica de arremesso de peso, que recebeu a tocha de Lenia Ruvalcaba, judoca, medalha de prata nos Jogos Paraolímpicos de Pequim 2008.

Neste domingo (14) começaram as competições em sete dos 13 esportes. Natação e ciclismo rota tiveram sua primeira final ontem mesmo, com 15 medalhas em disputa. Além da competição na natação, tênis de cadeira de rodas e basquete, atletismo, boccia, futebol de 5, ciclismo, goalball, judô, halterofilismo, tiro com arco sentado mesa, ténis e voleibol, todas elas classificatórias para os Jogos Paraolímpicos.

Fonte: Terra

Passo Firme – 14.11.2011
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Competidores usarão a mesma vila pan-americana que foi construída para o Pan

Os Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara serão realizados com 1,5 mil atletas de 26 nações em 13 esportes, informou nesta quinta-feira (10) o vice-diretor da competição que terá início neste sábado (12), Jorge Rojo. Os chefes das delegações dos países começarão a chegar em Guadalajara neste sábado para acertarem os detalhes finais da inscrição de seus competidores e para definir os lugares que ocuparão na Vila.

Esse é o segundo Parapan em que os atletas ocuparão a mesma vila pan-americana que foi construída para o Pan, encerrado no domingo retrasado. No Rio de Janeiro, em 2007, também aconteceu isso. Antes de abrir as portas na última segunda-feira (7) para receber as primeiras delegações, o local passou por trabalhos de limpeza e pintura, bem como adequações nas rampas de acesso, lugares preferenciais e serviços que serão oferecidos nas sedes e na vila.

“Fizemos as remodelações necessárias para dar a acessibilidade correta em todos os serviços”, afirmou o diretor. Nos 12 complexos esportivos existirão oficinas para adequação e manutenção de cadeiras de rodas, bicicletas e próteses utilizadas pelos competidores. Também serão utilizados veículos especiais adaptados com rampas de acesso para transferir os deficientes, assim como 37 caminhonetes que transportarão até 100 cadeiras de rodas e equipes especiais necessárias para as competições.

Fonte: Portal 2014

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Tudo pronto para o Parapan de Guadalajara
Brasil quer repetir o primeiro lugar no quadro de medalhas

Passo Firme – 07.11.2011
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De malas prontas para os Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, entre os dias 12 e 22 de novembro, os 213 atletas brasileiros que competem no evento têm uma importante missão: repetir o primeiro lugar no quadro geral de medalhas, conquistado na última edição dos jogos paraolímpicos, no Rio 2007. Eles disputarão medalhas e títulos em 13 modalidades: Atletismo, Basquete em Cadeira de Rodas, Bocha, Ciclismo, Futebol de 5, Goalball, Judô, Halterofilismo, Natação, Tênis de Mesa, Tênis em Cadeira de Rodas, Tiro com Arco e Vôlei Sentado

Potência no continente, o Brasil tem bons indicativos de que a campanha de concretizará. No Parapan do Rio, o Brasil conquistou 228 medalhas, sendo 83 de ouro, 67 pratas e 77 bronzes. Na primeira edição dos Jogos, na Cidade do México 1999, o país conquistou 180 medalhas (92 de ouro, 55 de prata e 33 de bronze), alcançando o segundo lugar geral. Em 2003, em Mar del Plata, repetiu o vice com 164 (80 ouros, 53 pratas e 31 bronzes).

Além disso, na Paraolímpiada de Pequim, o Brasil ficou em nono no quadro de medalhas, com um crescimento vertiginoso em relação às edições passadas – foi 14º em Atenas 2004 e 24º em Sydney 2000. Resultados recentes também mostram um cenário positivo. O para-atletismo brasileiro ficou em terceiro lugar geral no Campeonato Mundial, atrás somente de Rússia e China. Esportes como ciclismo, tênis de mesa, judô e natação também são destaques.

O Parapan será classificatório para os Jogos Paraolímpicos de Londres 2012 em algumas modalidades, como é o caso do Basquete (Canadá e Estados Unidos já têm vaga), do Goalball, do Halterofilismo (vencedor de cada categoria de peso), Tênis de Mesa (o campeão de cada categoria) e Vôlei Sentado (somente o campeão conquista vaga). No Tiro com Arco e no Tênis em Cadeira de Rodas, a pontuação no Parapan vale para o ranking internacional, qualificatório para as Paraolimpíadas.

Você acredita que o Brasil vai conseguir repetir o feito histórico do Parapan Rio2007? Dê sua opinião!

 

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Conheça duas promessas da natação brasileira no Parapan de Guadalajara

Passo Firme – 04.11.2011 (Com informações de Terra e FinalSports)
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Os jogos Pan-Americanos de Guadalajara terminam na próxima segunda-feira (30), mas isso não é motivo para desgrudar os olhos do esporte brasileiro. No dia 12 já começa o Parapan, no qual competem atletas do mundo inteiro com deficiências físicas. A delegação do Brasil vai levar 200 competidores ao México, entre os quais estão Caio Amorim, de 18 anos, e Phelipe Rodrigues, de 21, (ambos na foto ao lado), duas promessas da nossa natação.

Ganhador de duas medalhas de prata nos Jogos Paralímpicos de Pequim, Phelipe começou a nadar aos 5 anos, para fazer fisioterapia, na sua cidade natal, Recife. Só que o rapaz, que tem má formação congênita no pé direito, foi criando gosto pelo esporte e, aos 14 anos, quando se mudou para João Pessoa com os pais, entrou para o time do estado.

“Até essa idade, eu usava a natação como forma de lazer. Sempre treinei junto com pessoas que não têm deficiência e isso me ajudou a conseguir bons resultados, porque precisava me esforçar mais que todos”, conta Phelipe, que compete na categoria S10. Hoje, a duas semanas do Parapan, ele treina de manhã e de tarde. À noite, ainda faz faculdade de Educação Física. “O desafio dessa competição vai ser a altitude. A cidade fica a 1.500 metros de altura e o ar, lá, é rarefeito. É preciso ter ainda mais fôlego”, explica o atleta, que, há um ano, mora na Vila do Pan, no Rio.

Caio também começou no esporte com 5 anos, pelo mesmo motivo de Phelipe: recomendação médica. O garoto tem o movimento das pernas comprometidos, mas na piscina usa principalmente os braços e o tronco para alcançar seus ótimos tempos. A entrada do mundo dos campeonatos se deu aos 8 anos, quando ele competia com atletas sem deficiência. Mas foi só durante os últimos Jogos Paraolímpicos, em 2008, que ele decidiu se dedicar para valer.

“Ver pessoas com deficiências parecidas com a minha competindo me fez pensar que eu também poderia chegar lá”, comenta Caio, que nasceu em Saquarema, mas mora no Rio. Apesar de treinar em dois períodos e ainda ter uma rotina pesada de musculação, o nadador encontra tempo para cursar Educação Física. O esforço não tira o otimismo de Caio com relação ao esporte, pois ele percebe que os para-atletas tem ganhado cada vez mais atenção.

“Conversando com nadadores mais velhos, percebo que, dos jogos de Barcelona, em 1992, para cá, a situação do esporte paraolímpico melhorou 100%. A cada ano aparece mais investimento, tanto que, hoje, consigo me sustentar só com a grana do natação. Que garoto de 18 anos pode dizer isso? É um privilégio!”, diz Caio, que recebe um salário de R$ 5 mil por mês.

Competindo na categoria S8, Caio foi campeão do Mundial Júnior do ano passado, mas já está de olho nas Olimpíadas de 2012, em Londres. Tanto ele quanto Phelipe receberam o apoio do projeto Nadando Contra a Corrente, do Instituto Superar, que investe na formação de atletas paraolímpicos, fornecendo treinadores, alimentação, transporte e todo tipo de assistência a crianças com deficiência que desejam praticar o esporte.

Fonte: Revista Megazine

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Por que os para-atletas ganham mais medalhas

Passo Firme – 1º.11.2011
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De quinta-feira (27) até este sábado (29), a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas, foi palco do II Congresso Paraolímpico Brasileiro, com a participação de mais de 800 congressistas, profissionais, pesquisadores e estudantes com atuação no esporte adaptado.  Promovido pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) através da Academia Paraolímpica Brasileira (APB), o evento contou com a parceria da UFU, a Universidade de Campinas e Universidade Federal de São Paulo.

Na noite de abertura do congresso, os participantes viram uma prévia do que seriam os dois dias do evento e acompanharam uma apresentação musical do Grupo Catira e Viola de Nois, dois grupos de música tradicional de Migas Gerais. Com salas cheias, estudantes, profissionais da área de saúde, professores e técnicos puderam conhecer de perto mais de 10 modalidades do esporte adaptado. Em seguida ocorreram palestras sobre avaliação física, classificação funcional, formação de jovens atletas; lesões e reabilitações no esporte; administração e organização e treinamento de alto rendimento.

Além disso, especialistas expuseram detalhes sobre iniciação no esporte paraolímpico; natação; atletismo; basquete em cadeiras de rodas; tênis de mesa; goalball; bocha; Fut 5; Fut 7; esporte para pessoas com deficiência intelectual e judô para cegos. Mini-cursos mostraram como ocorre a classificação funcional, desenvolvimento do esporte e o aperfeiçoamento e iniciação de treinamento para pessoas com deficiência. Além disso, ocorreram clínicas de modalidades. No Fut 5, Ramon Pereira vendou os alunos e demonstrou como os atletas cegos tem a percepção da quadra. Penta campeão paraolímpico, o técnico canadense Tim Frick explicou na quadra, regras e jogadas técnicas do basquete em cadeira de rodas.

“Temos a preocupação em qualificar os profissionais do esporte adaptado brasileiro. O congresso serviu de um espaço de debate e aperfeiçoamento”, afirmou o presidente do CPB, Andrew Parsons. Já para o presidente do II Congresso Paraolímpico Brasileiro, Alberto Martins, a conferência serviu de “pontapé inicial de um dos maiores eventos científicos do esporte paraolímpico mundial”. Cerca de 150 trabalhos aprovados e mil pedidos de inscrições para o evento, o congresso se consolidou com uma excelente magnitude. “Este foi o maior evento, em nível mundial, de pesquisa e esporte adaptado”, concluiu o professor Alberto Martins.

O diretor executivo do Comitê Paraolímpico Internacional, Xavier González, demonstrou satisfação em participar do evento: “O Brasil vem se firmando como uma das potências do esporte paraolímpico. Isso é fruto de trabalho. Fico satisfeito em ver o CPB capacitar seus profissionais”, afirmou.

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Passo Firme – 30.10.2011 (Com informações do CPB)
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Vontade de superação e organização técnica ajudam a explicar a supremacia dos brasileiros com deficiência

Nas últimas edições dos Jogos Paraolímpicos e dos Parapan-Americanos, a performance dos para-atletas brasileiros superou o desempenho dos esportistas sem deficiência. Na Olimpíada de Pequim, em 2008, o País conquistou 15 medalhas, terminando como o 23º colocado entre as nações competidoras. Já nos Jogos Paraolímpicos disputados na sequência, o Brasil trouxe para casa 47 medalhas, cravando a nona posição na classificação geral, à frente de países como Itália, Espanha e Alemanha, que tradicionalmente superam o Brasil nos jogos regulares. Campeão dos Jogos Parapan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, o País figura entre os favoritos para a edição deste ano, em novembro, em Guadalajara, México. A consolidação do Brasil como uma potência paraesportiva é positiva, mas levanta questões. Se os investimentos das empresas ainda estão concentrados nos esportes tradicionais, como explicar a alta performance de nossos para-atletas?

Para Andrew Parsons, presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), o bom desempenho é resultado de um intenso trabalho de planejamento técnico, que determina com rigor a utilização do orçamento do comitê, estimado em R$ 42 milhões para 2011, menos da metade do orçamento de potências paraolímpicas como Estados Unidos e Canadá. “Investimos pelo menos 10% desse valor na detecção de novos talentos, que podem ser representados tanto por jovens atletas quanto por pessoas mais maduras, que adquiriram alguma deficiência depois de adultas”, diz Parsons. “Porém, não acho justo comparar a performance dos paraesportistas com os atletas regulares. Prefiro dizer que nossos concorrentes são os comitês paraolímpicos de outros países e não o COB (Comitê Olímpico Brasileiro).” O fato é que o COB recebe muito mais recursos do que o CPB. De acordo com a lei Agnelo/Piva, sancionada em 2001, 2% da arrecadação bruta das loterias da Caixa Econômica Federal deve ser destinada ao esporte nacional. Deste total, 85% ficam com o COB e 15% vão para o CPB. “Mas também temos um convênio com o Ministério dos Esportes, que representa cerca de R$ 8 milhões por ano”, completa Parsons.

Maior medalhista paraolímpico brasileiro, o nadador Daniel Dias também evita comparar a atuação de seus pares com os atletas regulares, mas admite que ainda faltam investimentos nas modalidades paraesportivas no Brasil. “Os para-atletas representam bem o País, mas muitas empresas não querem apostar nesse nicho”, afirma. “O que elas não percebem é que os paraesportistas também dão retorno financeiro. Não é uma questão de ajudar os deficientes porque somos coitadinhos.” Dias não possui as mãos e os pés devido a uma má-formação congênita. Em sua primeira paraolimpíada, em Pequim, conquistou nove medalhas. Prova da força de vontade que move os para-atletas e que justificaria o alto desempenho, na opinião de Paulo Brancatti, professor de educação física do campus de Presidente Prudente da Universidade Estadual Paulista (Unesp). “Os para-atletas são muito dedicados porque veem o esporte como uma oportunidade de vencer na vida”, diz. “Com as atividades físicas, superam seus limites e reafirmam seu valor. Por isso, têm tanta vontade de ganhar.” Vontade que deve continuar impulsionando o crescimento paraesportivo do Brasil.

Fonte: IstoÉ Independente

Passo Firme – 08.07.2011
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