Posts com Tag ‘“blade runner”’

O atleta sul-africano Oscar Pistorius, amputado de ambas as pernas, foi autorizado pela Federação Internacional de Atletismo (IAA) a correr em qualquer um dos percursos da estafeta sul-africana dos 4×400 metros nos Jogos Olímpicos de Londres.

Nos Mundiais de Daegu (Coreia do Sul) em 2011, Pistorius correu, mas foi obrigado a ser o primeiro dos sul-africanos a fazer os 400 metros porque, nessa ocasião, a Federação de atletismo da África do Sul quis impedir problemas com outros atletas.

O que está mesmo certo é que Pistorius será o primeiro atleta amputado a participar nuns Jogos Olímpicos. Vai correr em apenas uma prova, precisamente a estafeta dos 4×400 metros, visto que não conseguiu mínimos para os 400 metros individuais.

Fonte: A Bola

Leia também:

“Pistorius não é o primeiro amputado em olimpíadas”
E quem ousou dizer que ele não iria?

Passo Firme – 12.07.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

Na edição desta sexta-feira (6), o jornal italiano Gazzeta dello Sport mostra que o sul-africano Oscar Pistorius não será o primeiro atleta amputado a disputar os Jogos Olímpicos. De acordo com o diário, houve dois atletas que participaram antes dele: o americano George Eyser, na olimpíada de 1904, em Saint Louis, e o húngaro Oliver Halassy, nos Jogos de 1928, 1932 e 1936.

George Eyser (foto) teve parte de sua perna esquerda amputada quando um trem lhe atropelou. Após o acidente, o ginasta passou a usar uma prótese de madeira. Ele ficou conhecido nos Jogos de Saint Louis, quando ganhou seis medalhas em único dia, incluindo três ouros nas competições de ginástica artística.

De acordo com site The Olympic Fanatic, em 1904, Eyser e sua equipe de Concórdia Turnverein, também de Saint Louis, competiu nos Jogos. Depois de um péssimo desempenho nas primeiras apresentações, Eyser soltaria de volta para ganhar seis medalhas olímpicas em um único dia: três de ouro (barras paralelas, salto de cavalo longo, e 25 metros de escalada de corda); duas de prata (cavalo com alças e quatros eventos all-around); e uma de bronze (barra horizontal). Ele também ajudou a Concordia Turnverein terminar no respeitável quarto lugar na competição por equipes.

Oliver Halassy (o quinto na foto ao lado) sofreu um acidente de carro na infância e teve parte de sua perna esquerda amputada. Ele foi jogador de pólo aquático e ganhou a medalha de ouro nos Jogos de Amsterdã, em 1928, quando jogou todas as quatro partidas e fez três gols. Em 1932, nos Jogos de Los Angeles, fez três jogos e não marcou nenhum gol, mas conquistou a seu segundo ouro.

Em 1936, na Olimpíada de Berlim, Halassy jogou sete partidas e conquistou a medalha de prata. Além do pólo aquático, o húngaro participou de alguns eventos de natação, porém não obteve o mesmo sucesso. Na foto ao lado, a equipe húngara que ganhou a medalha de ouro em Berlim Jogos Olímpicos de 1936. Oliver é o quinto, da esquerda para a direita.

Assim, Oscar Pistorius (foto), que fará parte da equipe de atletismo da África do Sul nos jogos de Londres, será apenas o primeiro biamputado da história dos jogos olímpicos. O atleta conseguiu o índice para correr os 400 m e foi convidado pela Confederação sul-africana a correr o revezamento 4×400 m pela equipe de seu país.

Com informações: Terra / Gazzeta dello Sport e The Olympic Fanatic

Leia também:

E quem ousou dizer que ele não iria?

Passo Firme – 06.07.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

O corredor sul-africano Oscar Pistorius (foto) vai ser o primeiro atleta biamputado a competir nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, depois de ter sido incluído nesta quarta-feira (4) nos 400m dos homens individuais e no revezamento 4x400m. A chamada de Pistorius, que compete com duas próteses nas pernas semi-amputadas, surge dias depois de o atleta, que soma vários títulos paralímpicos, ter falhado a qualificação olímpica para os 400 metros.

“Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. Estarei em Londres para os Jogos Olímpicos e para os Paralímpicos. Obrigado a todos os que me ajudaram a tornar no atleta que sou hoje. Deus, família e amigos, os meus adversários e apoiantes. Todos deram uma ajuda”, escreveu Pistorius na sua conta oficial no twitter.

Conhecido como “Blade Runner”, Pistorius já fez parte da equipe sul-africana que conquistou a medalha de prata nos Mundiais de atletismo disputado em 2011, em Daegu, na Coreia do Sul, apesar de não ter corrido a final. Foi o primeiro atleta amputado a disputar um Mundial.

Oscar Pistorius, que sofreu a amputação de ambas as pernas aos 11 meses e que corre com umas próteses em fibra de carbono, viu o Comitê Olímpico Internacional rejeitar a sua participação nos Jogos Pequim2008, alegadamente pelo fato de as suas próteses lhe conferirem vantagem sobre outros atletas.

Depois de ter recorrido para o Tribunal Arbitral do Desporto, o atleta acabou por ser autorizado a participar, mas não conseguiu obter mínimos.

Pistorius, de 25 anos, tem três títulos paralímpicos com o ouro alcançado nas provas de 100, 200 e 400 metros em Pequim2008. O velocista deverá defender os títulos paralímpicos em Londres2012, e competir ainda na equipe 4×100 metros.

Fonte: Expresso

Leia também:

Pistorius já tem uma medalha. Falta-lhe o lugar no pódio

Passo Firme – 05.07.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

Mulheres que usam salto alto e avestruzes têm contribuído, sem querer, com o avanço científico ao mostrar aos cientistas como desenhar uma perna protética mais adaptada ao caminhar, revela um estudo que será publicado nesta quarta-feira (9), em Londres. As melhores próteses para amputados acima dos joelhos e para robôs humanóides não funcionariam como uma perna humana, afirmam os cientistas, mas como um avestruz ou os membros sintéticos usados pelo velocista sul-africano Oscar Pistorius.

“Agora parece que fazer pés protéticos, pelo menos para caminhar, copiando demais os pés humanos pode ser um equívoco”, disse à AFP o autor do estudo, Jim Usherwood, da escola Real de Veterinária de Londres. “Se você quer fazer um bom pé protético, mas não se importa com a aparência, deve colocar a estrutura motora, neste caso, o tornozelo, na parte mais superior da perna”, disse Jim Usherwood. Mais acima, o tornozelo “pode fornecer força sem fazer o pé ficar pesado e difícil de lançar para frente e para trás”, acrescentou.

O ESTUDO – Usherwood e sua equipe descobriram que a forma humana de caminhar – pisando no calcanhar, ‘saltando’ para a perna estacionária e depois usando os dedos para empurrar, foi a mais econômica em vista da forma dos nossos pés – um desenho que, de alguma forma, não faz sentido. Este método de caminhada é “muito incomum” fora da família dos hominídeos, formada por símios e humanos. Outros animais bípedes, como os avestruzes (foto), não têm calcanhares que tocam o chão, mas tendões extensivos que atuam como molas.

O desenho do pé humano evoluiu para acomodar nossas necessidades remotas de sobrevivência, tanto para caminhar quanto para correr com rapidez, e permanece inalterado mesmo depois de termos perdido a necessidade de correr para caçar presas ou fugir de predadores, segundo o estudo que será publicado no periódico Royal Society Interface.

Os cientistas observaram que as mulheres que usam salto precisam balançar as nádegas para se manter no padrão pisa-salta-empurra. “O pé humano normal e a postura calcanhar-sola-dedos têm a vantagem de reduzir a carga sobre os músculos que dão impulso (panturrilha) e as estruturas que absorvem o impacto (tíbia)”, destacou em um comunicado.

“Este é um benefício, uma vez que os músculos usam energia em contraposição à força. Mas os músculos motores, não. Sendo assim, os protéticos e a robótica não devem copiar o pé humano”, acrescentou. O estudo concluiu que “pés menos similares aos humanos permitiriam os benefícios de um caminhar humano mais natural, no qual os passos são dados com relativa rapidez, permitindo passos relativamente curtos em velocidades de caminhada altas”.

PISTORIUS – Apelidado de ‘Blade Runner’, Oscar Pistorius (foto), amputado das duas pernas aos 11 meses de vida, tem sido o centro de uma polêmica, recebendo críticas segundo as quais suas pernas protéticas de fibra de carbono lhe dariam uma vantagem sobre atletas com membros inferiores em competições mistas. Aos 26 anos, o velocista é recordista mundial nos 100m, 200m e 400m rasos para amputados na classe T 44. Mesmo biamputado, ele sempre esteve envolvido no esporte, tendo competido em rúgbi, polo aquático e tênis. Assim, ganhou fama internacional quando tentou se classificar para as Olimpíadas de 2008, em Pequim.

Ele teve que enfrentar uma proibição da Federação Internacional de Atletismo (IAAF,  na sigla em inglês) de competir em provas que não fossem paralímpicas, já que que suas próteses de fibra de carbono tinham sido consideradas uma vantagem injusta pela entidade. O caso  foi levado ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), e o sul-africano foi inocentado em 2008. Mas o processo legal o atrapalhou, e ele não chegou nem perto do tempo de qualificação para Pequim. Em 2011, foi definitivamente liberado para participar de grandes competições convencionais com atletas não paralímpicos. No Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, foi prata por disputar a semifinal no revezamento 4 x 400m, além de ser semifinalista nos 400m rasos.

Com informações: Agência AFP

Passo Firme – 09.05.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

O sonho de Oscar Pistorius está bem próximo de se tornar realidade. Após ser o primeiro deficiente físico a disputar um Mundial de Atletismo, o sul-africano conseguiu pela segunda vez o índice necessário para disputar as Olimpíadas – uma exigência da Federação Sul-Africana de Atletismo para convocar um atleta. Neste sábado, em Gauteng North, o atleta biamputado percorreu a distância em 45s20, um décimo mais baixo do que a marca mínima para ir a Londres, e agora aguarda a confirmação da Federação de que ele é o dono de uma das vagas do país.

“Estou extremamente feliz por ter corrido o tempo de classificação olímpica. É um grande momento para mim e tentarei dar meu melhor. A prova era boa e as condições eram perfeitas. Podia sentir em cada passo que o meu plano estava a caminho, me sentia forte e, quando cruzei a linha, foi um momento mágico para mim”, disse.

Aos 26 anos, Pistorius é recordista mundial nos 100m, 200m e 400m rasos para amputados na classe T 44. Ele teve as duas pernas amputadas quando tinha apenas 11 meses de idade, mas sempre esteve envolvido no esporte, tendo competido em rúgbi, polo aquático e tênis. O “Blade Runner”, como ficou conhecido, ganhou fama internacional quando tentou se classificar para as Olimpíadas de 2008, em Pequim. Ele teve que enfrentar uma proibição da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf,  na sigla em inglês) de competir em provas que não fossem paralímpicas, já que que suas próteses de fibra de carbono tinham sido consideradas uma vantagem injusta pela entidade.

O caso  foi levado ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), e o sul-africano foi inocentado em 2008. Mas o processo legal o atrapalhou, e ele não chegou nem perto do tempo de qualificação para Pequim. Em 2011, foi definitivamente liberado para participar de grandes competições convencionais com atletas não paralímpicos. No Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, foi prata por disputar a semifinal no revezamento 4 x 400m, além de ser semifinalista nos 400m rasos.

Nos Jogos Paralímpicos, Pistorius possui cinco medalhas, sendo quatro de ouro. Este ano, recebeu o Prêmio Laureus, o “Oscar” do esporte.

Fonte: Globo Esporte / Reuters

Passo Firme – 20.03.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook

O sonho de Oscar Pistorius está bem próximo de se tornar realidade. Após ser o primeiro deficiente físico a disputar um Mundial de Atletismo, o sul-africano conseguiu pela segunda vez o índice necessário para disputar as Olimpíadas – uma exigência da Federação Sul-Africana de Atletismo para convocar um atleta. Neste sábado, em Gauteng North, o atleta biamputado percorreu a distância em 45s20, um décimo mais baixo do que a marca mínima para ir a Londres, e agora aguarda a confirmação da Federação de que ele é o dono de uma das vagas do país.

“Estou extremamente feliz por ter corrido o tempo de classificação olímpica. É um grande momento para mim e tentarei dar meu melhor. A prova era boa e as condições eram perfeitas. Podia sentir em cada passo que o meu plano estava a caminho, me sentia forte e, quando cruzei a linha, foi um momento mágico para mim”, disse.

Aos 26 anos, Pistorius é recordista mundial nos 100m, 200m e 400m rasos para amputados na classe T 44. Ele teve as duas pernas amputadas quando tinha apenas 11 meses de idade, mas sempre esteve envolvido no esporte, tendo competido em rúgbi, polo aquático e tênis. O “Blade Runner”, como ficou conhecido, ganhou fama internacional quando tentou se classificar para as Olimpíadas de 2008, em Pequim. Ele teve que enfrentar uma proibição da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf,  na sigla em inglês) de competir em provas que não fossem paralímpicas, já que que suas próteses de fibra de carbono tinham sido consideradas uma vantagem injusta pela entidade.

O caso  foi levado ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), e o sul-africano foi inocentado em 2008. Mas o processo legal o atrapalhou, e ele não chegou nem perto do tempo de qualificação para Pequim. Em 2011, foi definitivamente liberado para participar de grandes competições convencionais com atletas não paralímpicos. No Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, foi prata por disputar a semifinal no revezamento 4 x 400m, além de ser semifinalista nos 400m rasos.

Nos Jogos Paralímpicos, Pistorius possui cinco medalhas, sendo quatro de ouro. Este ano, recebeu o Prêmio Laureus, o “Oscar” do esporte.

Fonte: Globo Esporte / Reuters

Passo Firme – 20.03.2012
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook

Stefanie Reid (foto) e Jonnie Peakcock têm o mesmo objetivo: chegar às Paraolimpíadas de Londres, em 2012, e conquistar uma medalha. Ela perdeu parte da perna ao ser atropelada por uma lancha, aos 16 anos. Ele teve a perna amputada devido a uma meningite, aos cinco anos. Ambos têm em comum a superação e a ajuda da alta tecnologia para aumentar a explosão e a velocidade em que correm.

Oito anos depois do acidente, Stefanie corre nos 100m e 200m rasos na equipe inglesa. Já acostumada com a prótese que usa na perna direita, ela relembra o acidente e o motivo pelo qual foi amputada. “Quando vi a lancha vindo, pensei em mergulhar por baixo para escapar da hélice, e que ficaria bem. Só que eu estava de salva-vidas. Eu fui pega na hélice, que rasgou minha lombar e meus glúteos, e eu também tive um corte no meio do meu pé. A razão do meu pé ter sido amputado é que o cirurgião sabia que eu era atlética e que eu teria muito mais atividade com uma perna artificial do que com o pé que, mesmo recuperado ao máximo, teria apenas 60% da funcionalidade”, afirma.

Terminando a preparação em Manchester para competir na Copa do Mundo Paraolímpica, o último teste antes das Olimpíadas, a atleta foi ao instituto de pesquisa da universidade para analisar o efeito que a lâmina de corrida tem em sua performance através de um sistema que permite rastrear o movimento. “Podemos avaliar dados como velocidade e aceleração, a rapidez com que as articulações abrem e fecham. Podemos prever a atuação de algumas dessas forças, e então vemos como aprimorar o desempenho técnico”, explica o cientista do esporte Conor Osborough.

A lâmina de corrida (foto), feita de fibra de carbono, custa o mesmo que um carro e dura apenas dois anos. Sua complexidade vai muito além da aparência. No início da corrida, a lâmina é passiva e não produz energias. Diferente do pé intacto, que cria energias para o movimento. Quando o atleta ganha impulso e se aproxima da velocidade máxima, a situação se inverte. A prótese trabalha mais ativamente, funcionando como um trampolim: absorve a energia de impacto e libera quando empurra o pé. Portanto, as duas pernas são diferentes no funcionamento e o pé produz menos energia do que o retorno da lâmina.

O segredo para que o corpo entenda as diferentes forças em cada perna está no quadril. Os músculos de cada lado se adaptam e aplicam forças diferentes para pernas diferentes. Stefanie já corre há anos e o seu corpo já está acostumado. Jonnie Peakcock (foto abaixo) corre há sete meses e sua técnica ainda está se desenvolvendo. “Nos sete meses em que uso a lâmina, minha técnica mudou drasticamente. Foi difícil controlar no início, pois ela desviava na corrida, dificultando as coisas. Mas é uma questão de técnica, não há duvida de que é bem diferente e melhor”, acredita.

ESPERANÇA PARA 2012 – Com 17 anos, Jonnie é novato no esporte e ainda não tem vaga garantida para Londres. Para ter chances de participar dos Jogos de 2012, ele tem que diminuir o seu tempo em sua estreia pela equipe, na Copa do Mundo Paraolímpica. “Estou tão empolgado que, se não parar de pensar em como isso é fantástico, na hora da prova vou pensar: ‘Meu deus, estou competindo!’ É muito importante e vai me ajudar se eu me acalmar e relaxar um pouco. Poder usar esse uniforme é fantástico, é demais. Eu não gosto de perder. Se eu entrar em uma prova em que tenho chances de vencer, não ficarei feliz se perder!”, exclama.

Jonnie bateu seu próprio tempo e já sonha alto em participar da competição, em 2012. “Nunca serei feliz se não chegar a Londres. Vai levar mais tempo para eu melhorar minha marca, porque eu baixei mais de um segundo no último ano e não vou repetir o feito no próximo ano”, conclui.

Stefanie, já garantida nas Olimpíadas, não quer decepcionar no ano que vem. “Me saio melhor quando não tenho medo de fracassar, e isso é difícil, especialmente, quando as Olimpíadas são no seu país, porque há muito em jogo caso você fracasse”, avalia. Agora é esperar para ver.

Fonte: SporTV

Leia também:

Atleta biamputado gera polêmica ao se classificar para Mundial de Atletismo
Tecnologia de ponta presente em equipamentos para deficientes

Tecnologias que farão de nós ciborgues na próxima década
Chega ao mercado perna biônica com inteligência artificial

A incrível evolução das próteses na medicina moderna
Próteses avançadas diminuem as limitações físicas

Passo Firme – 13.10.2011
Vote no Blog Passo Firme para o TopBlog 2011

Federação de Atletismo da África do Sul confirmou a presença de Oscar Pistorius (foto) no Campeonato do Mundo de Daegu, na Coreia do Sul, entre 27 de agosto e 4 de setembro. Com a decisão, Pistorius será o primeiro atleta amputado a competir num mundial entre atletas sem deficiências físicas, correndo a prova dos 400 metros e talvez o 4×400 metros.

O sul-africano duplamente amputado Oscar Pistorius foi selecionado para correr os 400 metros e o revezamento 4×400 m no Campeonato Mundial de atletismo que começa este mês em Daegu, na Coreia do Sul. Em um comunicado divulgado segunda-feira, a Federação de Atletismo da África do Sul disse que Pistorius, que corre com próteses de fibra de carbono, foi indicado para competir em ambas às disputas.

Pistorius, que tem 24 anos e o apelido de “Blade Runner”, atendeu às exigências das classificatórias ao marcar 45,07s em uma competição em Lignano, na Itália, no mês passado e, assim, será o primeiro amputado que disputará a competição. “Sonhei por tanto tempo competir em um grande campeonato e este é um momento de muito orgulho na minha vida”, afirmou Pistorius em um comunicado. “É uma honra representar meu país em um evento tão prestigioso e espero fazer o meu melhor na competição pela África do Sul.”

O atleta paraolímpico competiu pela primeira vez com atletas regulares em 2007, mas a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) posteriormente modificou suas regras para proibir o uso de “qualquer artefato técnico que incorpore potencializadores, rodas ou outro elemento que dê ao usuário uma vantagem sobre outro atleta que não utilize tal artefato”.

No ano seguinte, o organismo que governa o esporte no mundo apontou que as pesquisas científicas mostraram que Pistorius aproveitava-se de uma vantagem sobre os atletas não-portadores de deficiência e o proibiu das competições que estavam sob suas regras.

A decisão, entretanto, foi anulada pela Corte de Arbitragem para o Esporte, tornando Pistorius elegível para a Olimpíada de Pequim de 2008, embora ele não tenha conseguido se qualificar para a seleção sul-africana. No entanto, o atleta ganhou medalhas de ouro nos 100, 200 e 400 m das Paraolimpíadas.

A decisão de incluir Pistorius na seleção de revezamento provavelmente criará mais polêmica, por causa da possibilidade de uma trombada acidental com os competidores durante a transferência de bastão, em geral um momento caótico que leva a batidas e quedas.

O porta-voz da IAAF, Nick Davis, disse que questões de segurança são um assunto para os delegados técnicos da organização, mas acrescentou que faz sentido Pistorius correr o primeiro trecho, que é feito dentro das linhas. “Seria sensato correr no primeiro trecho porque aí você fica na linha”, disse ele. “Mas a decisão ficará a cargo dos delegados técnicos, eles têm pleno poder.”, concluiu.

A decisão pode ser tomada a qualquer momento antes dos campeonatos.

Fontes: Sites Terra e Diário Digital / Foto: Getty Images

Leia também: Atleta biamputado gera polêmica ao se classificar para Mundial de Atletismo

Passo Firme – 08.08.2011
Vote no Blog Passo Firme para o Top Blog 2011

Velocista sul-africano com próteses dotadas de tecnologia de ponta se classifica para o Mundial de Atletismo de Daegu, na Coreia do Sul, depois de conseguir na Justiça o direito de competir com a elite do atletismo.

O sul-africano Oscar Pistorius (foto) alcançou um feito histórico. Amputado transtibial das duas pernas, ele será o primeiro homem com próteses a competir em um Campeonato Mundial de Atletismo, a ser realizado em Daegu, na Coreia do Sul, entre 27 de agosto e 4 de setembro próximos.

O homem de 24 anos classificou-se para o Mundial nas eliminatórias realizadas na Itália no último dia 19. Correndo ao lado de atletas não deficientes, ele completou os 400 metros rasos em 45,07 segundos, ficando apenas 0,18 segundo abaixo do limite estipulado pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) para conseguir a classificação.

Pistorius considera o Mundial de Atletismo de 2011 apenas uma etapa. Em 2012, ele quer participar dos Jogos Olímpicos em Londres e, três semanas mais tarde, dos Jogos Paraolímpicos. O “blade runner“, como ficou conhecido, corre com a ajuda de duas próteses de fibra de carbono. Ele perdeu os membros inferiores aos 11 meses de idade, devido a uma doença congênita. A amputação das pernas foi feita do joelho para baixo.

Quatro vezes campeão paraolímpico

Aos 17 anos, Pistorius levou ouro na Paraolimpíada de 2004, em Atenas, na prova dos 200 metros rasos. Quatro anos mais tarde, em Pequim, ficou três vezes com o primeiro lugar: nas provas dos 100, 200 e 400 metros rasos.

O sul-africano já queria ter disputado os Jogos Olímpicos de 2008, mas a IAAF não permitiu que ele se candidatasse. Na época, a federação justificou que Pistorius levaria vantagem por causa das pernas mecânicas. Esta havia sido a conclusão de uma análise independente encomendada ao professor de Biomecânica Gert-Peter Brüggemann, da Escola Superior de Educação Física de Colônia.

Na época, a imprensa esportiva alemã polemizou o tema como “tecno-doping”. Pistorius, por seu lado, defendeu-se com o argumento de que as perguntas haviam sido manipuladas para que o Instituto obtivesse as respostas almejadas.

Depois de entrar com uma ação, em maio de 2008, a Corte Arbitral do Esporte, que fica na cidade suíça de Lausanne, revogou a decisão da IAAF e Pistorius conseguiu a autorização para participar de torneios além dos paraolímpicos. Em 2009, ele não conseguiu participar do Mundial em Berlim por causa de um acidente de barco.

Fonte: DW World

Você concorda que o atleta paraolímpico dispute com competidores não deficientes? O fato de usar perna mecânica de fibra de carbono o coloca em vantagem em relação aos demais? Dê sua opinião!

Passo Firme – 24.07.2011
Vote no Blog Passo Firme para o Top Blog 2011